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LEVE
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SALIM, O COLEGA DAS CRIANÇAS |
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O Leve Leite de Maluf está na justiça por superfaturamento e fez a alegria de produtores de leite da Europa e do Mercosul. O candidato Paulo Salim Maluf sacode a bandeira do Programa Leve Leite como uma das suas bem sucedidas ações na área social, criada no ultimo ano à frente da prefeitura paulistana, em 1996. Usando a tática de Goebbels, teórico da comunicação de Adolf Hitler durante a 2ª Guerra Mundial, repete até a exaustão uma mentira para transformá-la em verdade. Utilizando repetidos refrões, a campanha de Maluf ao governo do Estado de São Paulo pretende estender o Leve Leite a todos estudantes do Estado. Seria ótimo se não fosse danoso ao bolso do contribuinte e à já combalida atividade agrícola do Estado e do Brasil. Vamos aos fatos. O Diário Oficial do Município de SP publicou no dia 31 de agosto de 1995, isso mesmo 1995, o decreto nº 35.458, que instituía o "Plano de Saúde Preventiva do Escolar - Programa Presente!", que determinava a distribuição de 2 quilos de leite em pó, por mês, por criança da rede escolar municipal que tivesse 90% de freqüência escolar. Esse decreto ficou engavetado quase um ano. No início da campanha eleitoral para a prefeitura de São Paulo, exatamente no dia 2 de Agosto de 1996 foi publicado o edital de concorrência para a aquisição mensal de 350.000 quilos de leite em pó para o cumprimento do programa, que mudou de nome para Leve Leite. Na verdade só no dia 6 de Novembro de 1996 o diário Oficial publicou a retificação do nome do programa, mas a campanha política já havia adotado o apelido. Nesse meio tempo, surgia na imprensa a primeira denúncia contra o programa publicada no Diário Popular do dia 17 de agosto de 1996. Na coluna Diário Econômico, a associação dos Distribuidores de Leite B entrava com uma representação junto à Secretaria Municipal de Abastecimento (SEMAB) pela compra exagerada de 350.000 quilos de leite em pó e outros 1,5 milhão de leite longa vida para distribuição aos 850 mil alunos da rede municipal. Pelos cálculos do procurador da associação, Vinicius Paulino, "a compra é inoportuna, devido ao período eleitoral, e à quantidade de leite também exagerada", pois a reidratação do leite em pó significava 3,5 milhões de litros e mais 1,5 milhão de longa vida somavam 5 milhões de litros de leite por mês, quase 6 litros por criança, por mês. Embutida na denúncia estava a origem dos dois tipos de leite. O longa vida vinha do Mercosul e o em pó da Comunidade Européia. Ou seja, Paulo Maluf, a título de promover um benefício, colaborava na verdade com produtores estrangeiros, e uma empresa de Belo Horizonte, a Nutril, que promovia a importação do leite em pó. A origem do leite (Mercosul e Comunidade européia) não caracterizou um delito, mas o descaso do ex-prefeito com a pecuária paulista e brasileira. Maluf optou favorecer produtores estrangeiros em detrimento do nacional. Este é o verdadeiro perfil de um político que tem preocupação com o social. |