Planet Hemp
Marcelo D2 - vocais
Gustavo Black - vocais
Rafael - guitarra
Formiga - baixo
Bacalhau - bateria
Zé Gonzales - DJ
Apollo 9 - teclado
Certeza, mesmo, o Planet Hemp só tem uma: a firme
intenção de "cutucar a ferida do sistema", por meio da
repetição incessante do bordão que se tornou hino:
"legalize já". Eles não gostam muito de opinar sobre
política, nem sobre religião, mas quando o assunto "erva"
vem à baila, estão cobertos de alegações científicas, na
tentativa de comprovar sua teoria de que a maconha não
faz mal, nem cria dependência. E eles afirmam que,
enquanto o consumo for crime, continuarão a bater nesta
mesma tecla, e em mais uma ou outra.
Desde 1993, a banda vem batalhando o circuito
underground. Aos poucos, foram garimpando
apresentações pelo Rio, São Paulo, Belo Horizonte,
chegando a festivais como o Juntatribo de Campinas e
finalmente chamando a atenção da mídia. A temática da
descriminação da maconha e a aparência não-usual dos
integrantes - roupas largas e rasgadas, de skatista,
cabelos com penteados e despenteados exóticos - já os
impediram de cantar em programas de grande audiência
da TV. Em certos casos, contudo, a recusa parte deles
mesmos: o Planet não canta em playback.
Uma mistura do punk rock de Dead Kennedys com o
hip-hop de Beastie Boys, batida no liquidificador do Rio de
Janeiro. Tendo o Garage Art Club, casa de shows de rock
alternativo, como pano de fundo, um músico conhecido
como Luís Antônio Skunk foi arrebanhando membros para
sua banda. Apareceram Marcelo D2, então vendedor de
camisetas e discos de rock no centro do Rio; um baixista
chamado Formigão e um guitarrista de nome Rafael; e por
último o baterista Bacalhau.
A continuidade da banda esteve seriamente ameaçada no
final de 1994: Skunk morreu em decorrência da AIDS.
Atendendo a pedidos de amigos e da própria mãe do
falecido, a banda botou a cabeça no lugar e o pé na
estrada. Sua popularidade vinha crescendo, e atingiu o
pico com a prisão de todos os integrantes por apologia ao
uso da maconha, num episódio que serviu mais como
espetáculo de mídia do que como motivo de reflexão. De
todo modo, vamos continuar a ver o Planet Hemp
queimando tudo até a última ponta por um bom tempo