Rage Against The Machine

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Tablaturas

Zack de la Rocha - vocal
Tom Morello - guitarra
Timmy C - baixo
Brad Wilk - bateria

Um som cru, sem sintetizadores, teclados ou samples,
inspirado no punk rock pesado dos anos 70 e na música
universitária dos anos 80. Letras engajadas politicamente
e - mais do que isso - atitudes de protesto e discordância
do sistema. Esse é o Rage Against the Machine em
poucas palavras.
A banda se formou em 1991, assinou contrato com a Epic
Records em 1992 e, no ano seguinte, com o primeiro
álbum, permaneceu nas paradas da Billboard por 89
semanas, embora em modesta posição.
Mas a grande mola propulsora da carreira do Rage Against
The Machine foi o terceiro festival de Lolapalloza, realizado
em 1993 na Filadélfia. Para protestar contra o PMRC
(Parents Music Resource Center), uma organização
americana de censura, os quatro integrantes passaram 25
minutos sem cantar ou tocar nada, com uma fita adesiva
na boca e as iniciais P-M-R-C riscadas no peito - e mais
nada cobrindo o corpo.
O histórico de protesto do Rage demonstra ser de berço.
O pai de Morello lutou na guerrilha de libertação do Quênia
da dominação colonial inglesa; sua mãe é uma das
fundadoras do Parents For Rock and Rap, uma
organização anti-censura; e ele mesmo foi um dos poucos
negros de sua turma em Harvard. Desde o princípio, sabia
que queria ser um músico socialista, para espanto dos
colegas que sonhavam com atividades mais tradicionais,
lucrativas e estáveis.
Zack de la Rocha tinha condição financeira razoável,
nasceu em Long Island, Califórnia, o que não impediu a
burguesia de Irvine, no mesmo estado, de tratá-lo como
mais um "chicano". Essa constante tensão fez com que
ele se aproximasse do hardcore e do hip-hop. Sex Pistols,
Bad Religion, Social Distortion passaram a ser suas
bandas preferidas.
Com influências que vão de Bad Brains a Malcolm X, de
Led Zeppelin a Che Guevara, de Minor Threat a Martin
Luther King Jr., de Public Enemy a The Clash, o Rage
Against the Machine não se contenta somente com o
protesto declarado. Suas posturas políticas são bem
claras, e isso se manifesta na organização de eventos que
promovam as causas defendidas. Exemplos disso são as
mobilizações em torno da condenação do índio americano
Leonard Peltier e do afro-americano Mumia Abu-Jamal,
que alcançaram notoriedade nacional nos EUA e
conseguiram adesão de bandas como Bad Religion e
Beastie Boys.