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Feliz Ano Novo!!!!! Salve 2002! |
POEMAS MODERNISTAS | POEMAS MODERNISTAS |
A Gramática Os
negros discutiam Vício na fala Para
dizerem milho dizem mio (Oswald de Andrade) Descobrimento Abancado
a escrivaninha em São Paulo Esse homem é brasileiro que nem eu. (Mário de Andrade) Irene no CéuIrene
preta Imagine
Irene entrando no céu: (Manuel Bandeira)
Poema tirado de uma notícia de jornal João
Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro
da Babilônia Bebeu Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado. (Manuel Bandeira) Brasil-Menino Meu pai era gigante, domador de léguas. Quando um dia partiu, a cavalo No seu dragão de pêlo azul que era o Tietê dos Bandeirantes, Lembro-me muito bem de que me disse: olhe, meu filho, Eu vou sururucar por esta porta e um dia voltarei [Trazendo umas duzentas léguas de caminho [E umas dezenas de onças arrastadas pelo [rabo a pingar sangue do focinho!
E dito e feito! Lá se foi dando impurrôes no mato dos barrancos Por entre alas de jacarés e de pássaros brancos.
Quando veio o Natal meu pai estava longe, Em luta com os bichos peludos, com os gatos grandões [de cabeça listada e com as mulas-de-sete-cabeças [que moram no fundo das árvores espessas.
No planalto batia um sino perguntando: ele não vem? Ele não vem?
Um outro sino de voz grossa respondia: não...e [não, dizendo nããõ e não.
II
E eu me lembrei de procurar um par de botas Das que meu pai usava e pôr o par de botas Atrás da porta do sertão que resmungava entocaiado no arvoredo. Como fazia frio aquela noite! Fiquei com tanto medo...Um gato corrumiau Passeava pelos vãos de telha-vã... Mas chegou a manhã, linda como um tesouro! E eu fui achar, com o coração aos pulos de alegria, As duas botas de couro Abarrotadas de ouro!
III
Passou mais um ano e meu pai não voltou. Boteis meus sapatões atrás da porta novamente E no outro dia Fui encontrar meus sapatões abarrotados de esmeraldas!
Minha vovó, uma velhinha portuguesa com cabelo de [garoa e xale azul-xadrez me garantia: _ Foi o papa Noel que trouxe. Até que um dia fiz que não mais vi; acordei da ilusão. Meu pai era um gigante, caçador de léguas, Um feroz domador de onças pretas, Terror do mato, assombração das borboletas Mas tinha um grande coração
Por fim cresci. Hoje sou gente grande. Sou comissário de café. Tenho viadutos encantados. Minha cidade é esse túmulo colorido que ao passa Levando as fábricas pelas rédeas pretas de fumaça! (Cassiano Ricardo)
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Mário
de Andrade Moça linda bem tratada Um amor. Grã-fino
de despudor, Um coió. Mulher
gordaça, filó Paciência... Plutocrata
*sem consciência,
O Capoeira _
qué apanha sordado? (Oswald de Andrade) Estrela da Manhã Eu
quero a estrela da manhã Ela
desapareceu ia nua Um homem
que aceita tudo Fui
assassino e suicida Girafas
de duas cabeças Pecai com
os fuzileiros navais Com o
leproso de Pouso Alto Coisas de
uma ternura tão simples (Manuel Bandeira) Já pensou em ajudar os movimentos de proteção à Natureza? Se sim, e ainda não fez, click abaixo e plante uma árvore na Mata Atlântica.
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