Luísa
casara-se com o engenheiro Jorge, apesar de não amá-lo. Tendo que
viajar para o Alentejo, Jorge deixa a esposa em Lisboa, sozinha,
entregue a uma vida de tédio, pois Luísa não tem nenhuma ocupação.
Um dia, recebe a visita de seu primo Basílio, antigo namorado, recém-chegado
do Brasil. Tornam-se amantes em pouco tempo, encontrando-se freqüentemente
em um quarto alugado especialmente para esse fim amoroso. Logo a
criada Juliana descobre o relacionamento e intercepta a correspondência
da patroa, escondendo as cartas comprometedoras de Luísa a Basílio.
A criada passa a fazer chantagem com a patroa, e Luísa, desesperada,
propõe a Basílio que fujam. Este não aceita a proposta da amante e
parte sozinho para Paris. À mercê da empregada, Luísa torna-se
pouco a pouco uma verdadeira presa nas mãos de Juliana: é obrigada a
fazer o serviço doméstico em lugar da criada e sua situação fica
insustentável. Jorge retorna do Alentejo e estranha bastante a situação
da esposa. Luísa, desesperada, procura o amigo Sebastião e pede-lhe
ajuda. Sebastião pressiona Juliana e recupera as cartas
comprometedoras. A criada morre. Luísa fica doente em seguida. Um dia
recebe uma carta de Basílio, que Jorge lê e toma conhecimento das
relações entre a esposa e o primo. Quase convalescente, a moça tem
uma recaída, delirando e entrando em estado irrecuperável. Termina
por falecer.