OS ROMANCES QUE NINGUÉM
DEVE MORRER SEM LER
Fonte: Revista Época Ano III nº 148 de 19 de março de 2001.

 

Os 19 + da História

O vermelho e o negro - Stendhal
Guerra e Paz - Leon Tolstói
Ulisses - James Joyce
Em busca do tempo perdido - Marcel Proust
Crime e castigo - Dostoievski
Madame Bovary - Gustave Flaubert
A montanha mágica - Thomas Mann
Grande Sertão: veredas - Guimarães Rosa
O processo - Franz Kafka
Moby Dick - Herman Melville
O homem sem qualidades - Robert Musil
Eugênia Grandet - Honoré de Balzac
O primo basílio - Eça de Queirós
Dom Casmurro - Machado de Assis
David Copperfield - Charles Dickens
Os miseráveis - Victor Hugo
Ao farol - Virgínia Woolf
Grandes esperanças - Charles Dickens
Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis

SINOPSES

1. O vermelho e o negro, de Stendhal

Nessa obra, Marie-Henri Beyle, o Sthendal, fala de sua vida influenciada pela ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder na França. A obra narra a história de Julien Sorel, filho de umcaprpinteiro.

2. Guerra e Paz, de Leon Tolstói

As guerras napoleônicas agem fortemente nas vidas dos muitos personagens desse livro, moldando-os.

3. Ulisses

A narrativa desse livro dá-se num único dia: 16 de junho de 1904. O livro tem apenas dois personagens principais, Stephen Dedalus e Leopold Bloom, os quais vivem uma vidinha corriqueira. A importância do livro está em que ele é considerado o os primórdios das narrativas contemporâneas. "Pus no livro tantos enigmas e quebra-cabeças que os estudiosos se manterão ocupados durante séculos, discutindo a respeito do que eu quis dizer, e esta é a única maneira de garantir nossa imortalidade."

4. Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust

São sete volumes nos quais, a partir de suas lembranças, o autor constrói uma saga da memória humana.

5. Crime e Castigo, de Fiodor Mikhailovitch Dostoievski (1821-1881)

O livro narra a saga de um jovem estudante que acredita ser de raça superior. Diante disso, mata duas mulheres que acredita serem de raça inferior. O livro é importante pela bem estruturada narrativa policial, reflexões psicológicas profundas e também por ter influenciado escritores como Albert Camus e Jean-Paul Sartre.

6. Madame Bovary, de Gustave Flaubert

Considerado o primeiro romance realista da história da Literatura Universal

7. A montanha mágica, de Thomas Mann (1875-1955)

A história retrata com precisão comovente a futilidade da civilização européia antes da Primeira Guerra Mundial. Protagoniza o livro um estudante que procura mostrar seus conhecimentos humanistas e a iniciação amorosa em contato com outros pacientes da instituição.

8. Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa (1908-1967)

O narador é um ex-jagunço, Riobaldo Tagarana, que conta sua história a um ouvinte. A importância do livro está em que Guimarães Rosa criou uma linguagem e um mundo próprios, brasileiros e universais.

9. O processo, de Franz Kafka (1883-1924)

O romance mostra a peregrinação de Joseph K., um homem de vida medíocre e limitada. No dia de seu 30º aniversário acorda na condição de réu - embora ninguém saiba por qual crime. A importância do livro está no fato de que ele apresenta uma antevisão da derrocada do humanismo ocidental.

10. Moby Dick, de Herman Melville (1819-1891)

Narra a obsessiva jornada do solítário Capitão Acab, comandante do baleeiro Pequod, na caça à baleia branca que devorara sua perna. É uma das maiores aventuras da literatura em todos os tempos.

11. O homem sem qualidades, de Robert Musil (1880-1942)

Robert Musil não faz apenas um retrato isolado da Áustria do período. Consegue detalhar, com elegância e tino político, o que ocorria na Europa com os regimes totalitários da Alemanha e Itália.

12. Eugênia Grandet, de Honoré de Balzac (1799-1850)

Balzac foi um dos grandes retratistas da burguesia francesa do século XIX. Possuía extrema habilidade para criar personagens.

13. O Primo Basílio, de Eça de Queirós (1845-1900)

A ação gira em torno de Luísa, a mulher fútil de Jorge, que devora folhetins românticos. Inspirada pelas leituras, ela trai o marido com Basílio, primo e conquistador barato. O livro é um ataque ao Romantismo e o modelo clássico do "romance de tese". Os personagens são desenvolvidos para provar as idéias do autor a respeito da influência do meio físico e social sobre a formação do caráter dos indivíduos.

14. Dom Casmurro, de Machado de Assis (1900)

É uma das mais profundas análises literárias do ciúme, desenvolvida em linguagem de eclipses e alusões. O livro trata da memórias de um velho solitário, Bento de Albuquerque Santiago, o Bentinho, que faz uma autopsicanálise para questionar a fidelidade da esposa falecida. Ele desconfia que Capitu, uma mulher com "olhos de cigana, oblíqua e dissimulada", era amante do amigo Escobar.

15. Davis Copperfield, de Charles Dickens (1812-1870)

David Copperfield é uma das mais perfeitas traduções do sofrimento humano. O livro foi baseado nas próprias desventuras do autor. Dickens já era famoso quando escreveu a obra. Muitos personagens saíram direto de sua infância, como Mary Beadnell, inspirada na primeira paixão do autor.

16. Os miseráveis, de Victor Hugo (1802-1885)

Victor Hugo criou um estilo mesclando frases melódicas coma pensamentos grandiosos. O livro conta a história de Jean Valjean, condenado a 19 anos de prisão por roubar um pedaço de pão. Depois de ser libertado, esconde o seu passado.

17. Ao farol, de Virginia Woolf (1882-1941)

A escritora quebrou as convenções tanto na forma de escrever o romance - dando voz aos pensamentos da protagonista - como na maneira clara de expor as emoções. A autora falando do próprio livro, classificou-o de "impressionista".

18. Grandes esperanças, de Charles Dickens (1861)

Os leitores aguardavam com ansiedade cada novo capítulo publicado nos jormais. Dickens recebia centenas de cartas com comentários sobre as histórias. Sua popularidade foi tão grande que chegou a ser recebido pela rainha Vitória pouco antes de morrer. A obra trata com humanidade as mudanças decorrentes da Revolução Industrial.

19. Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis

O livro é uma reunião de fragmentos autobiográficos do defunto Brás Cubas. Homem materialista, ambicioso e frustrado, escreve para alcançar a imortalidade. Por adotar o estilo de narrativa oral, o autor ditou a história à mulher, a portuguesa Carolina. A obra é o marco zero do Realismo brasileiro, com roupagem cômico-fantástica. Inaugura a segunda fase de MACHADO DE ASSIS, de valorização da sátira e da filosofia. Outros pontos fortes: a descrição psicológica dos personagens e o deboche da miséria humana.

OBS: Tudo que encontra-se nessa página tem como fonte bibliográfica a revista ÉPOCA Ano III nº 148 de 19 de março de 200.

OPS: O que aqui foi apresentado é uma rápida explanação dos originais encontrados na revista. Tomei a liberdade de alterar alguns textos devido a extensão, sem contudo alterar o âmago central das informações que a referida revista publicou. Se quiser ler as reportagens originais, vá a uma jornaleiro e...claro, compre a revista. Muito boa!