Skabadabadoo!
Dia 22/01 aconteceu em São Paulo, no “Hangar 110” a festa de três anos do programa “Skabadabadoo!”, comandado por Bruno “Kaskata” e que vai ao ar toda sexta-feira na radio Brasil 2000, o local (Hangar 110) é de fácil acesso, fica a 100 metros da estação Armênia de metro, e apesar de simples, muito bem idealizado, alem do palco com boa sonorização possui também uma mini ramp pra galera do Skate se divertir. A festa foi bem idealizada e organizada, salvo contratempos proporcionados por um grupo de carecas que se achavam donos do local, a festa foi um sucesso.
Já na abertura muita energia com o show do “Sapo Banjo”, que já tocou por aqui e quem acompanha a coluna já os conhece, basicamente o repertório do CD “Skataplá” com algumas inéditas e alguns covers, a principal diferença do show deles por lá, foi que agora estão acrescidos de um naipe de metais o que deu uma energia totalmente diferente do que eles apresentaram por aqui, com certeza uma ótima banda de “skacore” a galera pulou pra valer apesar do calor infernal que fazia. Na seqüência veio a banda carioca “Kongo” que, com mais de quinze anos de existência fragmentada, retornaram a ativa lançando o CD “Kongo ataca outra vez”, como me disse o tecladista “Papa Nito” 4eles estão meio que na contra mão desta onda de ska, enquanto a garotada esta se identificando com as vertentes mais rápidas do estilo, o Kongo permanece fiel a segunda onda do ritmo, marcada principalmente pelos ingleses da gravadora “2Tone”, apesar deste comentário feito após a apresentação deles; particularmente gostei demais da apresentação e ao contrario do imaginado a galera dançou bastante ao som do Ska oitentista, apesar de visivelmente estarem aguardando algo mais rápido pra pular.
Não demorou a vir, logo após a calmaria veio a tempestade, entra no palco os “Garotos Podres” que já não se apresentava em São Paulo há algum tempo, ninguém ficou parado, todos pulando energicamente ao som de clássicos do “punk oi!”, todos menos um pequeno grupo de carecas que queria estragar a festa partindo para a pancadaria em cima dos que se divertiam, após alguns minutos (que pareceram horas!) de violência gratuita, para meu espanto, acenderam-se as luzes e parou o som, entra um grupo de PMs e... pasmem: tiram todos os carecas arruaceiros do estabelecimento, após o que, apagou-se as luzes e tudo continuou, agora sim só na diversão... (quem já viu a atitude policial aqui do vale nestes casos sabe o porque do meu espanto, aqui simplesmente teria acabado a festa naquele exato momento!). Depois dos “Garotos” (já não tão garotos assim!) foi à vez do “Holly Tree” subir ao palco, quem presenciou o show deles na festa do Gramophone no ano passado não imagina o quanto eles são queridos do público paulistano, a galera não parou um segundo, num grande festival de mosh’s, a galera simplesmente levantou vôo, foi uma das maiores participações do publico no evento (perdendo apenas para a experiente galera do “Garotos Podres”).
Por ultimo veio à banda que eu estava mais aguardando, o “Skuba” totalmente reformulado, com disco novo na praça e tudo mais. Infelizmente a galera se mandou devido ao horário ninguém queria perder o último metro, e o que eu esperava que fosse ser o melhor show da noite acabou sendo meio morno, poucas pessoas continuaram no local, e a galera se esforçou bastante pra levantar o publico restante, quem ficou até o final foi brindado com uma versão da clássica “Rudi, (A message to you!)” dos ingleses “The Specials” (um ótimo exemplo do ska oitentista da “2Tone”) interpretado pelo combinado “Skuba/Kongo” numa aglomeração memorável no pequeno palco.
Ficou na memória os bons momentos da festa: o sapinho feliz na bateria do “Sapo Banjo”, a participação de “Black Allien” no show do “Kongo”, a energia dos “Garotos Podres”, o vôo da galera no “Holly Tree” e este final apoteótico do show do “Skuba” e a retirada dos carecas pela PM que alem de não acabar com a festa, o que seria normal por aqui, proporcionou momentos incríveis de união e agito para a galera que só queria se divertir,..., E conseguiu!