TECNOLOGIA FURTIVA E POUCO OBSERVÁVEL

Mais de 25 anos após o uso de mísseis anti-navio em combates navais e poucas marinhas e poucos navios de superfície estão preparadas para integrar furtividade no mar. Décadas de paz ou falta de oposição de operações militares navais tem mascarado a grande assinatura e excessiva vulnerabilidade dos navios de guerra atuais, que não tem uma cidadela cercada de blindagem que possa defender contra armas anti-navio.

O nível de proteção balística dos cruzadores da IIGM, seriam, hoje, inadequados a não ser que  eles possuíssem 250mm de blindagem de aço para se defender de uma cabeça de guerra anti-blindagem de um míssil supersônico a Mach 2+, e acima de 1000mm de blindagem de aço para se defender de uma cabeça de guerra de carga moldada de um míssil Styx, enquanto a espessura das camadas de aço na maioria dos navios de guerra atuais é geralmente menor que 30mm.

Mesmo os grande porta-aviões e couraçados são bastante vulneráveis a estas avançadas armas anti-navios. A limitada e leve proteção interna passiva contra fragmentos colocada ao redor dos espaços vitais em algumas fragatas, destróiers e cruzadores fornecem benefícios negligenciaveis contra um míssil pequeno como o Hellfire, se apontado com precisão.

Hoje, é uma dolorosa verdade que a proteção passiva dos esguios e rápidos navios de superfície tem uma capacidade muito limitada contra a maioria dos mísseis anti-navio. Consequentemente, para a corrente geração de pequenos navios de guerra carregados de armas e sensores é inaceitável para permitir que uma arma inimiga penetre suas defesas ativas e passivas.

Operacionalmente, a furtividade tem se tornado o único e mais importante característica contribuindo para a sobrevivência do navio, devido a necessidade do engajamento necessitar primeiro da detecção, classificação e rastreio, e devido a sua grande e facilmente classificada assinatura que fazem o uso de despistadores e contramedidas virtualmente impraticáveis.

Todos os navios de guerra deveriam ser projetados para operar com um mínimo de emissões ativas e controlar suas assinaturas de radar, térmicas, acústicas, visual e magnéticas, assim como gerar o mínimo de esteira. Ainda hoje não existe um navio de superfície que possui todos estes requisitos em uma velocidade moderadamente alta. Para os futuros combatentes de superfície, o balanceamento da assinatura e controle de emissões será um dos objetivos do projeto.

Todas as assinaturas e emissões devem ser direcionadas de tal modo que nenhuma singularidade comprometa a eficiência operacional. A atual dependência da maioria das marinhas em emissões ativas e de comunicações facilmente detectáveis é exclusiva com as operações e projetos de furtividade. Isto significa que as plataformas de superfície devem se tornar mais dependentes em dados fornecidos por plataformas remotas, que transmitiriam os dados por data link e com o uso de sensores passivos ou de baixa probabilidade de detecção(LPI). O alcance em que os navios de superfície podem ser detectados, classificados e rastreados certamente não deverá exceder o alcance de suas próprias defesas ativas.

Os níveis de assinatura e emissões dos navios de guerra atuais dão a iniciativa aos ataque dos mísseis anti-navio. Qualquer defesa pode ser sobrepujada por um ataque pré-planejado. Mas a furtividade, combinada com mobilidade, faz tais ataques pré-planejados, excepcionalmente difíceis, particularmente quando operando além do horizonte.

Uma recente ênfase no campo das armas reafirma a noção que "você só pode atingir o que pode ser visto". Um contato que permanece indetectado até a fase terminal leva a maior probabilidade de sucesso de completar a sua missão. Daqui por diante, os futuros sistemas de armas e as plataformas que os transportam terão que reduzir significativamente sua característica de serem destinguidas(e detectados). As classes de armas assim produzidas são chamadas de pouco observáveis(LO em inglês) e fazem uso das últimas técnicas e materiais para reduzir suas características de assinatura-tecnologia furtiva. Devido a tecnologia furtiva ter seu foco primário em evitar a detecção de radar ele está incluído aqui mas a detecção IR/EO também. As assinaturas acústicas e magnéticas são estudadas nos seus capítulos de ASW e guerra de minas, respectivamente. Este capitulo trata de furtividade em aeronaves e navios pois tem os mesmos princípios.

REDUÇÃO DA ASSINATURA

A redução da assinatura deve ser integrada com outros aspectos do projeto do navio, incluíndo a cobertura e localização das armas e sensores. Meios balanceados acessam requerimentos de furtividade relativos ao impacto militar no alcance da plataforma/sensor de ameaça, a própria classificabilidade do navio e a na eficiência das contramedidas e despistadores do próprio navio. O desempenho da ameaça e impactos no ambiente devem ser discutidos realisticamente. Por exemplo, uma navio com pequena assinatura irá criar um buraco negro que pode ser facilmente detectado contra o retorno do mar e não há nenhum valor na detecção da distância do radar do navio a valores em que pode ser adquirido por outros sensores, incluindo o olho humano.

As técnicas para modificar a seção transversal do radar(RCS) de navios, aeronave e submarinos existem desde a IIGM. O RCS é função da frequência, tamanho do alvo, forma, aspecto e composição do alvo. A redução do RCS pode ser feito de várias formas:
 

  •  Mudança da forma do alvo: a configuração do alvo deve ser modificada de acordo com os princípios da geometria ótica tais como uma grande reflexão é desviada para uma região sem importância do espaço(e não de volta para o radar). O projetista deve evitar superfícies planas, cilíndricas, parabólicas ou cônicas em direção normal a direção do radar iluminador. Estas formas tendem a concentrar a energia e fornecem um grande retorno de radar. O projeto do alvo deve incluir o uso de superfícies curvadas duplamente que resultam em uma pequena seção transversal de radar. Por outro lado, em muitos casos estes princípios estão em conflito com outros requerimentos de engenharia importantes para o projeto da forma do navio ou aeronave, resultando num aumento do custo e desenvolvimento lento. Cantos angulares refletores devem ser evitados e se possível a superestrutura deve ser dividida para evitar um só centro de alvo (centróide).