COMANDO E CONTROLE

"To achieve victory we must as far as possible make the enemy blind and deaf by sealing his eyes and ears, and drive his commanders to distraction by creating confusion in their minds"
Mao Tse-Tung, 1893-1976 on Distracted War

INTRODUÇÃO

Os sistemas de armas e métodos que os fazem funcionar são meios simples ou processos que servem como objetos de aumentar a capacidade do ser humano. Por exemplo, um sensor eletromagnético pode aumentar os sentidos de visão e audição de um indivíduo, as armas aumentam a habilidade de um indivíduo para causar danos, um sistemas de direção de combate expande a capacidade de decisão de uma pessoa, e assim por diante. Como centro fundamental de todo sistema de armas, não importa o quão remota, no centro do sistema de combate ou sistema de direção de combate está um ser humano engajado no uso deste sistema ou grupo de sistemas.

DEFINIÇÕES

Comando e controle é o fundamento sobre o qual  o planejamento e execução das operações navais são construídas - de operações de paz até guerra convencional, de crises regionais a guerra global. É o instrumento que o comandante naval usa para lidar com as incertezas do combate e para direcionar suas forças para cumprirem sua missão destinada. O C2 naval reflete  o meio de se organizar, treinar e lutar na guerra naval.

O C2 governa todas as outras área de guerra. Para ser efetivo, ele requer que o comandante tenha compreensão da natureza e condução da guerra, liderança, o processo de comando e controle e os sistema de informação que o apoiam. Ë necessário conhecer as vulnerabilidades e fraquezas dos sistemas e processos de C2 próprios e do adversário. O processo de C2 estende-se em todos os níveis de guerra e em todos os tipos de operações militares.

As guerras do futuro tomarão forma em um campo de batalha expandido, caracterizado por ações rápidas, simultâneas e violentas em todas as dimensões - ar, terra, mar, submarinas, espaço, tempo e espectro eletromagnético. As forças navais irão operar em alta velocidade, letalidade e eficiência, concentrando poder de fogo contra as vulnerabilidades do adversário.  Durante a Batalha de Trafalgar em 1805, por exemplo, o Almirante Nelson usava apenas 3 bandeiras táticas para sinalizar e manobrar sua frota. No auge da Operação Tempestade do Deserto, o Gen. Schwarzkopf usava mais de 700.00 chamadas telefônicas e 152.000 mensagens de rádio por dia para coordenar as ações da Coalizão.

O comando inclui a autoridade e responsabilidade de suar efetivamente os recursos disponíveis e para planejar o emprego, organização, direção, coordenação, e controle  de forças militares na busca de cumprir uma missão. Também inclui responsabilidade pela saúde, bem estar, moral e disciplina do pessoal sob comando. O Comando também implica em Liderança - a arte de motivar pessoal em direção a um objetivo comum.

O C2 tem 3 componentes - a organização de C2, Informação e o Apoio de C2. A organização de C2 é a o comandante e a cadeia de comando que conecta o superiores com subordinados. Informação é o cerne de todo o sistema de C2. O Apoio de C2 é a estrutura em que o comandante exerce o C2. Inclui as pessoas, equipamentos e instalações que fornecem informações para o comandante e subordinados. Tem as seguintes funções: vigilância, reconhecimento e aquisição de alvos, processo de informações, Inteligência, decisão e display, comunicações, Guerra Eletrônica, criptologia, Guerra de Comando e Controle e Guerra de Informações

C3
Dados são o material puro de onde informações úteis podem ser retiradas. Isoladamente, os dados não tem significado. Informações são um grupo de dados separados ou ordenados que contém racionalizações. O propósito da informação é o processamento de dados agregados para fornecer conhecimentos ou informações. Estas informações podem ser dados para uso em um alto nível que podem processá-las para produzir um informação mais compreensiva e assim por diante, até servir ao usuário final.

Um sistema de comando, controle e comunicações(C3) é um sistema de informações empregado numa organização militar. É um termo geral que incorpora sistemas de emprego tático e estratégicos. Consequentemente, um sistema de direção de combate, sistema de dados táticos ou sistema de alerta e controle pode ser considerados um sistema C3. As seguintes definições de termos são comumente aceitas no contexto militares.

1 - Comando - É a função exercida por uma autoridade, baseada no conhecimento, para atingir um objetivo ou meta;
2 - Controle - É o processo de verificar e corrigir atividades como os objetivos a serem compridos pelo comando;
3 - Comando e Controle. É o exercício da autoridade e direção por um comandante designado sobre suas forças no comprimento de uma missão; As funções de C2 são realizadas através de um arranjo de pessoal, equipamento, comunicações, computadores, instalações e procedimentos empregados por um comandante no planejamento, direção, coordenação e controle de forças e operações no comprimento de uma missão.
4 -Comunicações - É a habilidade e funções de fornecer as ligações necessárias para exercer comando efetivo entre as unidades de comando táticas e estratégicas;
5 - Inteligência.  É o produto resultante da coleta, processamento, integração, análise, avaliação e interpretação de informações disponíveis relacionadas com áreas ou países estrangeiros; além disso, informações e conhecimento sobre um adversário obtido através de observação, investigação, análise ou compreensão. Fornece análises claras, breves, relevantes e na hora certa das capacidades e intenções de planejamento e condução de operações militares de países estrangeiros. O objetivo geral da inteligência é permitir aos comandantes e forças combatentes conhecer o inimigo e operar de forma mais eficiente.
6 - Vigilância - É a função de observar sistematicamente as áreas aéreas, espaciais, de superfície e submarina, lugares, pessoas e coisas, por meios visuais, auditivos, eletrônicos, fotográficos ou outros meios. Vigilância é um processo contínuo, não orientado para um alvo específico. Em resposta aos requerimentos de forças militares, a vigilância deve ser planejada para fornecer alerta das iniciativas e ameaças inimigas e detectar mudanças das atividades inimigas.
7 - Reconhecimento - É o complemento da vigilância em obter, por meios visuais de observação ou outros meios de detecção, informações específicas sobre a atividade e recursos de um inimigo ou inimigo em potencial; ou em assegurar dados relativos a meteorologia, hidrografia ou características geográficas de uma área em particular. Reconhecimento geralmente tem premência de tempo associado com a tarefa.
8 - Navegação - A função da navegação é fornecer localização e tempo acurado de referência em apoio as operações táticas, operacionais e estratégicas.
9 - Meteorologia - Fornece informações ambientais atualizadas e acuradas, incluindo ambiente espacial e atmosférico, para comandantes planejarem seus objetivos no nível tático, operacional e estratégico. Ela coleta, analisa e fornece dados meteorológico para planejamento e execução de missão. Informações ambientais é integral ao processo de decisão e cronometragem para emprego de forças e planejamento e condução de operações aéreas, terrestres e navais. A meteorologia também influencia a seleção de alvos, rotas, sistemas de armas e táticas de lançamento.
10 - sistemas de armas - É o conjunto integrado de sensores, processadores de dados e armas.
11 - sistema de combate - É a composição dos elementos de uma plataforma e seu pessoal cujas funções incluem a detecção, identificação, acompanhamento, classificação, processamento, avaliação, designação, aquisição e controle do engajamento de ameaças hostis.
Compreende subsistemas menores que pretendem realizar três tarefas básicas:
- Coletar dados táticos, atualmente realizados por um subsistema de organização tática;
- Avaliar/auxiliar a decisão, tarefa modernamente realizada por subsistemas computacionais de apoio a decisão;
- Controlar armamento.
12 - Sistema integrado - É capacidade de reunir todas as informações(eletromagnéticas, acústicas, óticas, térmicas e outras) dos ambientes de guerra naval através de processamento digital, oferecendo um quadro tático completo e respostas rápidas e adequadas.
13 -Estratégia - Define métodos de atingir uma meta(Por que e com o que). É o alvo que determina se, por exemplo,  um ataque aéreo é estratégico ou tático;
14 -Tática - Estritamente definido como métodos de cumprir objetivos em direção as metas estratégicas(como);
Geralmente existem várias táticas que fazem uma única estratégia. A estratégia também pode ser definida pelas melhores táticas a serem empregadas. Entre o nível estratégico e o tático está o nível operacional de guerra que define o que atacar, ordens de ataque e duração, por exemplo.

Portanto, C3 pode ser definido sucintamente como o conhecimento exercido por uma autoridade para cumprir os objetivos ou metas militares.

Um ponto importante a ser considerado é que o C3 é uma função humana. O método pelo qual o comando e controle é realizado é o sistema C3, que serve para aumentar as funções cognitivas do indivíduo engajados em comando e controle. Um sistema complexo de C3 é uma combinação de indivíduos, procedimentos e hardware usados para aumentar a habilidade do indivíduo de desempenhar o comando e controle.

O comandante pode ser o presidente ou o comandante de um canhão naval. A natureza desta missão pode ser estratégica ou tática. Consequentemente, o sistema C3 empregado deve complementar as necessidades do comandante. Como a informação de um indivíduo pode ser o dado de outra, as considerações táticas de um indivíduo podem ser a estratégia de outra. Sistemas C3 normalmente refletirão a complexidade e simplicidade necessária pelas circunstâncias.

Sistemas de Combate
A diminuição do custo dos processadores permitiu a origem de sistemas descentralizados que realizam parte da tarefa total e ligados por barra de dados. Apenas os dados de interesse são colocados em disponibilidade na barra. Isso multiplica sua flexibilidade e capacidade de operação pois uma avaria num módulo representa a perda de um parcela da capacidade total do sistema. Esses sistemas ainda precisam de gerenciamento central para funcionar adequadamente, tanto no hardware quanto no software que funcionam em módulos. Próximo passo é  engajamento cooperativo - os vários navios de um grupo agem como um todos. Os navios passam a ser os módulos de um sistema de combate que é o grupo. Um exemplo seria a defesa anti-aérea. Um navio com maior capacidade AAW e C2 seria o centro de comando da defesa aérea de todo o grupo coordenando as operações deste de caças interceptadores até a divisão dos alvos que atravessaram todas as defesas entre os navios da cobertura interna.

Sistema de Apoio a Decisão - SAD. Dos 3 subsistemas do sistema de combate, 2 são de controle automático e 1 de controle humano. É um sistema computacional interativo que, através de dialogo homem-máquina, proporciona ao decisor acesso a modelos que melhoram seu processo decisório.;
Um exemplo do emprego de SAD seria contra mísseis Sea Skimmer. Eles voam baixo a cerca de 300m/s, emitem a 8km do alvo e são detectado 26s antes do impacto se não houver alerta por fonte externa(data link, AEW, outro navio etc). Os atrasos referentes a transmissão da informação, que decididor pode reagir mais rapidamente? A resposta é um sistema automático com respostas pré-planejadas. No caso de ameaça de mísseis, a partir da identificação da emissão pelo MAGE, são feitas designações ao subsistema de controle de armas de superfície que associa todos os sensores e armamentos e ao sistema de dados táticos que atua nos sistemas de GE(ativos e passivos). O sistema deve integrar sensores do navio(radar, FLIR, MAGE, visual) e externos(de outros navios) com o sistema de armas(mísseis e canhões) e de GE para a destruição ou despistamento do míssil.
O SISCOTA(sistema de controle Tático) é um exemplo de SAD.

Comunicações
O comando e controle não pode ser cumprido sem a existência de comunicações complementares. O comando não pode ser passado de um comandante para os subordinados. O controle seria impossível sem que o retorno fosse feito de alguma forma. O básico de um sistema de controle é a incorporação de uma rede de comunicações confiável. Na realidade, quanto mais remoto o comandante estiver do local de ação mais dependente ele se torna em comunicações rápidas e confiáveis.

A maioria das comunicações de longo alcance são transmitidas eletrônicamente via satélite com backup de HF. A automação é conseguida nos centros de comunicações(CC) e subestações localizadas pelo mundo usando processadores e retransmissores. Estas estações, em terra ou no mar, fornecem eficiência relativa na cobertura global para sistemas estratégicos ou táticos. Os meios de reprodução eletrônica, distribuição e exibição são disponíveis em navios e bases que tem uma grande redução no manuseio das mensagens. Assim como um sistema de direção de combate mostra informações táticas em tempo real, informações orientadas em gerenciamento são acessadas em quase tempo real.
As comunicações  de satélites dos EUA, por exemplo, usam principalmente o espectro UHF, com rede HF secundária e backup.

O Ambiente
O aumento da necessidade de sistemas C3 rápidos esta sendo direcionada pela rapidez com que as armas podem ser empregadas. Esta necessidade esta se tornando exponencial desde a virada do século. O tempo de reação está se comprimindo para conter as armas atacantes desde o início da detecção. No nível de sistemas de combate de unidade, o sistema C3 esta se tornando eficiente em reagir ao pequeno o tempo de reação. Sistemas de Distribuição de Dados Táticos navais (NTDS) tem aparecido para satisfazer os requerimentos de um comandante local. Com a expansão da capacidade destes sistemas, um comandante a distância se tornará mais envolvido no nível tático, especialmente onde o engajamento tem significância estratégica. A proliferação de sistemas de comunicações em altos escalões está resultando em considerações políticas e impactos imediatos nos deslocamentos militares. Neste ambiente é concebível que um piloto de caça em rota para um objetivo tático possa ser redirecionado de seu alvo por uma ordem direta do Chefe de Operações(CHEOPS).

REQUISITOS DE INFORMAÇÕES

Nos ambientes atuais e com todas as outras considerações assumidas como iguais, o comandante que tem a "melhor" informação (tempo e acurácia) ira prevalecer nos conflitos entre forças militares. A frase chave na definição do C2 é "exercício consciente da autoridade". O comandante que comanda sem o benefício da informação necessária as metas ou objetivos, aumenta a probabilidade de falhar em controlar de modo ótimo seus recursos. Onde as metas táticas e estratégicas na naturalmente envolvem as considerações políticas e militares, um comandante no local pode não ter as informações necessárias para aquelas metas.

Como mencionado acima, uma mudança constante no ambiente é a base da estrutura dos sistemas C3. Esta estrutura está incorporando todos os ramos das forças armadas e está centralizando gradualmente o comando e controle no lugar do governo.

Como consequência, o desenvolvimento tecnológico nas armas tem diminuído o tempo para analisar as informações. Num largo espectro, eventos crescentes (políticos e militares) por unidade de tempo tem aumentado o processo de decisão. Um conflito isolado pode rapidamente se tornar um problema internacional.

Estrutura
Os sistemas C3 atuais estão sendo desenvolvidos com as seguintes áreas para apoiar o comandante na tarefa de comando e controle:

1 - Reconhecimento e vigilância;
2 - Observação e informação meteorológica;
3 - Analise de informações;
4 - Guerra eletrônica;
5 - Navegação;
6 - Gerenciamento;
7 - Deslocamento estratégico e tático de armas;
8 - Logística e suprimentos;
9 - Topografia  e mapeamento.

Níveis
Ao descrever a estrutura C3, a prática no passado tem sido de apresentar uma cadeia de hierarquia de comando onde a informação é despachada para cima e para baixo. Devido ao meio com o qual o sistema C3 deve atuar, a hierarquia tradicional é diminuída na prática atual. No seu lugar está envolvida uma rede de comando e controle. Os membros principais da rede seriam o Presidente, CINC da esquadra e Comandantes de GT.

Um número considerável de comandantes intermediários não são relatados. De fato a tendência dos sistemas C3 é na direção de uma redução no número de subordinados no sentido de aumentar a eficiência do sistema. Extrapolando a rede do sistema C3 ainda mais, é aparente que os comandantes das plataformas de armas irão desempenhar um papel importante nas questões estratégicas e táticas. Com as considerações de comando e controle variando de realidades políticas a empregos militares da força, é improvável que os comandantes possuirão todas as habilidades necessárias para um engajamento em C3. A rede na figura sugere que um conceito de equipe interdisciplinar seja necessária.

SISTEMAS DE DIREÇÃO DE COMBATE AUTOMATIZADOS

Em um complexo ambiente de combate multi-ameaça, sistemas de direção de combate automatizados como sistemas de distribuição de dados táticos navais(ex. SISCONTA) tornam possível para um indivíduo tratar com um grande número de alvos e tempos de reações muito curtos na guerra moderna. As funções complexas de C3 necessitam a manutenção de centenas de rastreamentos de navios, aeronaves e armas amigas, neutras e inimigas, enquanto engaja apenas os permitidos pelas regras de engajamentos, o que poderiam ser impossíveis por métodos manuais.

Operações conjuntas entre a marinha, USMC e USAF no golfo de Tonkin nos fins dos anos 60 e início dos 70 subestimaram o potencial do aumento da efetividade que existia quando os sistemas de C3 estava disponíveis para todos os participantes em uma área objetiva empregando meios de troca rápida de dados.

As operações de Tonkin foram as primeiras intenções sérias em interoperabilidade que encontraram algum sucesso. Contudo, a troca de dados tinha que ser comprida via Sistema de Dados Táticos dos USMC em terra em Da Nang.

Quando os sistemas de distribuição de dados em terra, mar e ar atuam em conjunto, seus radares combinados podem cobrir uma área de vários milhares de km2. Pela troca de dados, cada sistema radar pode se beneficiar da cobertura de outro sistema e um comandante tático conjunto pode controlar mais efetivamente o esforço conjunto das forças disponíveis. Então, quando interligadas, a vigilância conjunta de todo o complexo de sistemas deve exceder a soma total das capacidades individuais de cada um. Além disso, as operações conjuntas são menos sensíveis a contramedidas quando os sistemas operam em equipe, pois os meios alternativos podem estar disponíveis para atingirem os objetivos táticos.

Para atingir estes objetivos um sistema de direção de combate automatizado deve realizar as seguintes funções:
1 - Coleta e armazenamento de dados;
2 - Predição e rastreamento de alvos;
3 - Comando e controle;
4 - Comunicação;
5 - Exibição dos dados.
 
 


O SISCOTA é um NTDS/SAD nacional que equipa vários navios da Marinha do Brasil. Na foto mostra a apresentação do panorama tático após compilação dos dados.

Coleta e armazenamento de dados
Do ponto de vista dos sistemas de comando e controle, existem apenas duas categorias de informações: as obtidas de sensores ligados com o sistema ou rastreadores locais e os obtidos por sensores remotos de rastreamento. Os sensores e fontes incluem radar, MAGE, IFF, sonar, FLIR, observação visual e informação de dados. As informações locais e remotas são armazenadas de várias formas que dependem da tecnologia de cada país(ex. gravação em fita magnética, disco ou memória semicondutora).

- Estrutura de referências. Obviamente deve existir uma única estrutura de referência se vários sistemas de direção de combate estão operando juntos. Estes sistemas irão operar em um sistema de coordenadas cartesianas com uma origem facilmente identificada, como as características geográficas de interseção de um grande número de latitudes e longitudes, que é referida como um Ponto de Referência de Enlace de Dados(Data Link Reference Point - DLRP). Em um evento onde qualquer unidade não mede acuradamente sua posição relativa ao DLRP, seus relatos de posições de rastreio de alvos também relatados por outras unidades não irão se relacionar. O resultado será dois arquivos de rastreio e números separados de rastreio do mesmo alvo, resultando em confusão e ambiguidade. Este tipo de ambiguidade de rastreio é chamada de designação dupla e de algum modo é similar as encontradas nos sistemas TWS. Designações duplas causam detrimentos no efeito das operações de todo o sistema de comando e controle envolvendo a troca de dados. Outras causas de designação dupla incluem os problemas relativos ao alinhamento dos sensores, movimento relativo das plataformas e erros de navegação.

Características de um arquivo de rastreio simplificado de um sistema de direção de combate:
- Número do rastreio e ordem da arma;
- Posição (X,Y, Z);
- Curso e velocidade;
- Fonte dos Dados da identidade;
- Resposta IFF e número do lado;
- Categoria do rastreio(superfície, aéreo ou submarino);
- Prioridade de engajamento;
- Unidade atual de controle de missão(ex. um CAP);
- Carga de armas.

- Gridlock. Enquanto é necessário eliminar estes erros de fontes de estrutura de referência, os erros devem eventualmente aparecer as vezes e irão crescer a não ser que compensações sejam introduzidas num processo chamado "gridlock". Inicialmente, uma determinação é feita para um erro de gridlock e existe uma designação dupla, então o alvo é selecionado e marcado no radar por todos os participantes. Uma comparação é feita manualmente ou com uma subrotina do computador para determinar se o rastreio é de fato o mesmo (correlacionamento). Um sistema é selecionado com referência, geralmente o considerado como tendo o melhor dado de navegação. Finalmente, todos os outros sistemas causam um bias para ser incluído na sua informação de computador como a imposição do alvo no display sobre o da referência do sistema. Este bias é o mesmo de todas informações de rastreio de um sistema específico, mas obviamente é diferente entre sistemas e zero para a referência pois a informação é assumida para não ter erro.

Predição do Rastreio do Alvo
Informações de fontes locais de dados podem ser entrados manualmente ou podem vir de informes digitais de posição de radares TWS ou rastreio ativo. Dados de sistemas de controle de fogo(dados chamados de repetição) são geralmente uma entrada análoga ou digital que devem ser convertidos em dados digitais compatíveis com o sistema de controle de fogo do Sistema de Apoio a Decisão(SAD) que incluem os do sonar e sistemas óticos de controle de canhões. No caso de sistemas no solo, dados de controle de fogo podem ser classificados como dados remotos como os obtidos de radares de mísseis SAM relacionados com o SAD.  O SAD normalmente incluirá equipamentos que convertem dados de formatos diferentes para digital.

O SAD irá realizar rastreio e funções de predição similares as dos radares TWS mas usando outras fontes de dados. O objetivo do SAD é fornecer dados e assistir sua avaliação ao invés de resolver o problema de controle de fogo. Contudo, a função realizada será otimizada para comunicar com os operadores. O sistema incluirá algum tipo de algoritimo de rastreio, que pode ou não incluir parâmetros de alvos hostis e critérios de regras de engajamento para avaliação de alvo. Saídas no display deve incluir curso, velocidade, CPA, geometria de interceptação e dados de avaliação como a área de probabilidade do alvo e áreas sobre ameaça de armas.
 

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