BANCO

Um dos principais icones do progressivo italiano, o Banco del Mutuo Soccorso, ou simplesmente Banco (nome que passaram a usar após 1979), teve sua formação inicial em 69, com os irmãos Gianni e Vittorio Nocenzi, mas só com a entrada de Marcello Todaro, guitarrista do Fiori di Campo, Francesco di Giacomo (vocais), Renato D'Angelo (baixo), Pierluigi Calderoni (baterista do Experience) é que lançaram seu primeiro album oficial com o mesmo nome da banda, em 1971. Bastante elogiado pela crítica, teve sua devida atenção principalmente pela originalidade. De fato, as músicas eram longas e tinham forte influência clássica, além da potente voz de Francesco, que cantava como se fosse em uma ópera.

Depois de lançarem "Darwin!", (que para muitos, é a maior obra-prima da banda) Rodolfo Maltese entra no lugar de Todaro. O Banco vive, então, um grande período de atividade, incluíndo uma turnê com as bandas italianas Le Orme e PFM. A melhor fase da banda vai chegando ao fim após lançarem o instrumental "Garofano Rosso", trilha sonora para filme homônimo, "Come in un'ultima cena" e o também instrumental "...Di Terra". A partir daí, passaram a lançar albuns mais comerciais. Os trabalhos instrumentais dividiram muito o gosto do público, pois um dos elementos mais característicos com certeza era o vocal.

O Banco acabou dando uma excelente reviravolta nos anos 90, com o duplo "Da qui messere si domina la valle", uma regravação dos dois primeiros albuns, com uma produção mais atual e que foi bem recebido pelos fãs.

Discografia:
Banco Del Mutuo Soccorso - 1972
Darwin! - 1972
Io sono nato libero - 1973
Banco (in inglese) - 1975
Garofano Rosso - 1976
Come in un'ultima cena - 1976
Come in un'ultima cena (em inglês) - 1976
Di Terra - 1978
Canto di Primavera - 1979
Capolinea - 1980
Urgentissimo - 1980
Buone Notizie - 1981
Banco - 1983
Grande Joe - 1985
Donna Plautilla - 1989
Da qui Messere si Domina la Valle - 1991
Live - 1993
Papagayo Club 1972 - 1993
Il 13 - 1994
Nudo - 1997


Garofano Rosso

Esse album voltado para trilha sonora do filme de mesmo nome é um trabalho basicamente clássico, torna-se, com o tempo, deveras entediante, pois o clima das músicas varia bem pouco. Existem momentos de (pouca) empolgação. No geral, um bom album, o que está longe do que o Banco realmente consegue alcançar.


Live

Registro de um show de 1970, possui apenas quatro músicas, mas o tempo de duração de cada compensa. Entre elas, "Metamorfosi", "R.I.P" e "Polifonia". É uma boa oportunidade de checar a energia e a beleza das músicas, além da performance vocal de Francesco, entretanto, a qualidade da gravação acaba assustando. Recomendo apenas para os fãs, mas quem deseja conhecer o potencial desta banda, mantenha distância deste album.

Voltar