Um dos maiores trios do rock progressivo (pra muitos, o melhor). A origem do grupo data de 69, quando Keith Emerson pretendia trazer o baixista de King Crimson, Greg Lake, para sua banda, o The Nice. Isso porque Emerson insinuava que o baixista de sua banda, Lee Jackson cantava muito mal. De fato, Emerson deixa o King Crimson e em 1970, a imprensa anuncia que Emerson e Lake já estavam começando a tocar juntos. Eles, depois, acabam chamando o baterista do Atomic Rooster, Carl Palmer, e em agosto de 70, tem início a primeira grande apresentação da banda no Festival de Rock da ilha de Wight.
O som de Emerson, Lake e Palmer, embora progressivo, não tendia ao lado erudito, mas sim, a popularização do estilo, combinando rock, clássico e jazz. Diferente da maior parte das bandas de rock dessa época, o trio não apoiava suas músicas no som da guitarra. O talento de Emerson ficava evidente na banda, lembrando muito seus tempos no The Nice, completando com a percurssão de Palmer (não tão explorado em suas bandas anteriores) e os excelentes vocais de Lake.
Seus primeiros albuns (ELP, Tarkus, Trilogy e Brain Salad Surgery, e o ao vivo Pictures of an Exibition) formam a grande fase da banda. Depois de ficarem três anos sem gravar, lançam em 77 o album Works I (que lançou um hit de Lake, 'C'est La Vie'), e em seguida, o Works II, com músicas já mais fracas que as anteriores e partes compostas individualmente, apontando pra uma possível separação. Insistiram num novo album chamado Love Beach, que foi uma grande decepção em matéria de conteúdo. Apesar disso tudo, a banda continua se apresentando atualmente. Inclusive, em 97, eles se apresentaram no Metropolitan (Rio de Janeiro), onde eu (infelizmente) nem conhecia a banda na época. C'est La Vie
Greg Lake
Carl Palmer
Se você, como eu, estava esperando por ELP voltar ao Brasil, fique sabendo que a banda ACABOU!!!! Greg Lake anunciou dia 1 de dezembro de 1998 que deixaria a banda e agora o ELP não existe mais.
Brain Salad Surgery
O primeiro album que eu escutei da banda e, na minha opinião, o melhor. Lançado em 73, começa com a majestosa 'Jerusalem', que soa como o próprio céu. Em seguida, vem uma adaptação clássica, 'Toccata', que não adiciona muito ao album (talvez, por ser apenas mais uma música ao estilo ELP). 'Still... You turn me on' é uma música acústica, presença obrigatória nos albuns da música, que apesar de não explorar o talento dos músicos, se sai muito bem. 'Benny the bouncer' é algo que é melhor nem escutar. O melhor do album vem com a suíte 'Karn Evil 9', dividida em três partes. Uma excelente música bem trabalhada, com 30 minutos do melhor que a banda vem oferecer, com o climáx na última e melhor parte, onde Emerson aparenta ter vinte dedos no teclado! Um lado bem amadurecido da banda, apresentando um conflito entre o homem e a máquina.
Trilogy
Lançado em 72, é outro clássico. Começa com 'The Endless Enigma', uma música bem no estilo ELP, com uma boa melodia. 'From the beggining' é uma balada no estilo de Greg Lake, que virou um hit. 'Hoedown mostra' o lado folk da banda. The Sheriff mostra Emerson recriando o clima dos saloons de faroeste. 'Trilogy' começa somente com os vocais de Lake, mas, como tradição da banda, se torna num excelente pedaço instrumental. 'Living Sin' já é uma música mais agressiva.
Tarkus
Lançado em 71. Começa com a excelente música título, dividido em várias partes que também funcionam como músicas isoladas, se dividem em seqüencias instrumentais e outras enfocando os vocais de Lake. Vários fãs de ELP consideram essa suíte como a melhor composta de todas, mas creio que você terá que ouvi-la diversas vezes pra partilhar de tal opinião. Possuem outras músicas boas, como 'The Only Way' (e sua seqüencia 'Infinite Space') e 'A time and a Space'. Em 'Are you ready, Eddie?', Emerson recria o melhor do rock'n roll dos anos 50, mostrando um outro lado da banda (e que soa muito bem pra mim).