Van Der Graaf Generator

Uma das bandas mais singulares no cenário progressivo. A carreira de Van Der Graaf Generator centra-se principalmente na figura de Peter Hammil. Ele se destaca não apenas por ser um excelente cantor, ultrapassando limites com sua voz que vários não ousaram arriscar, mas também por ser um poeta e letrista transcendentais. Isso caracterizou as letras de VdGG: misticismo e culto à morte. A presença marcante do saxofone caracteriza sua música, o que ajuda o ouvinte a, praticamente, deixar a realidade nas faixas mais características.

O Van der Graaf Generator teve sua origem na Universidade de Manchester, quando Hammil conheceu Chris Judge Smith (bateria) e Nick Pearne (órgão). O nome foi escolhido por Smith, uma homenagem a Robert Van der Graaf, um cientista que inventou um acelerador de partículas. Ele morreu em 1967, ano que a banda formava. Entretanto, Smith e Pearne logo desistem da banda e Hammil prossegue com o VdGG, em 68, contando com Hugh Banton (órgão), David Jackson (sax e flauta), Guy Evans (bateria) e Keith Ellis (baixo). Em 69, gravam o primeiro LP "Aerosol Grey Machine".

Em 70, lançam "H to He", com Nic Potter no lugar de Ellis. A faixa "Pioneers over c" (c é a denominação científica para a velocidade da luz) mostra a herança física de Hammil. Nos fins da gravação, Nic deixa a banda e Hugh Banton completa suas funções. Robert Fripp (do King Crimson) chegou a fazer uma participação especial. Em 71, lançam "Pawn Hearts", com letras que vão mostrando, cada vez mais, o culto de Hammil à vida após a morte e sua crença espiritualista. Em 72, a banda tinha parado sua carreira, devido a falta de interesse do público.

O VdGG só voltou em 75, com "Godbluff". Um retorno triumfante, contando ainda com o místicismo de Hammil. Em 77, lançam "Still Life" e eles excursionam pela América, conquistando de vez, a confiança do público. Pouco tempo depois, Banton e Jackson deixam a banda. Eles eram responsáveis por criar o clima macabro, e quando Nic Potter volta a banda (baixo) e chamam Graham Smith (violino), há uma pequena mudança musical. Com o LP "The quiet zone, the pleasure dome" e mais um show de despedida, os musicos do VdGG dão seu adeus definitivo. Os musicos continuaram em carreira solo até os dias de hoje.

Mais um ponto a ser comentado era a integração da banda. Todos eles agiam como um time, apesar do destaque de Peter Hammil. As poucas idas e vindas eram sempre voluntárias, e nos albuns solos, seus colegas, vez ou outra, vinham prestar uma pequena ajuda.

Discografia:

The Aerosol Grey Machine (l969)
The Least We Can Do Is Wave To Each Other (l970)
H To He Who Am The Only One (l970)
Pawn Hearts (l97l)
68-71 (antologia,1972)
Godbluff (l975)
Still Life (l976)
World Record (l976)
The Quiet Zone, The Pleasure Dome (l977)
Vital (l978; duplo ao vivo)
Repeat Performance (l980; antologia)
Now and Then (1985)
I Prophesy Disaster (1993 - coletânea)
Maida Vale (1994, BBC sections entre 1971-76)

Voltar