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Hail eris This being a first essay on Discordian Ontology Rendered in 27th of Confusion of the year of our mistress of 3163, as a message of thought to be spread to the five winds.
All Hail Discordia Hall ail Discordia. 1. Sobre a Ontologia 1.1. O que com os cincoernos significa Ontologia Nós Erisianos, familiarizados que estamos com a palavra Logia, uma das componentes de ontologia, sabemos que se trata então do estudo dos Ontos. Mas, a maior parte dos não filósofos, terá dificuldade em saber de antemão o que pentabos é, ou são, Ontos afinal.
Assim sendo, esclareço inicialmente que Ontos não são variações genética e filologicamente alteradas de Antas macho. Nem é a Ontologia uma sub-área da Odontologia, Gerontologia, ou qualquer outra <prefixo>ontologia com que estamos familiarizados, embora estas áreas sejam, em mais de um sentido, sub-áreas da ontologia.
Ontos, segundo me foi dito, e creio que se escreva
Assim, vemos que a Ontologia é a logia, a área do conhecimento, ou me expressando melhor, a área da dúvida, que estuda o SER, a existência não só do indivíduo, mas das coisas e do universo em geral, do chamado pelos filósofos de Real, da Verdade (tudo com Rs e Vs maiúsculos). Trata por assim dizer de questões mais profundas do que a mera cosmologia, pois como veremos, o simples início do pensamento Cosmológico (a dúvida sobre como as coisas vieram a Ser), pressupõe que o pensa-duvidador já tenha uma resposta definitiva, para si, sobre as questões do Ontos.
1.2. Um briefing da Ontologia Clássica
Chamo aqui de Ontologia clássica, aquela que difere da Ontologia Discordiana, Ambrosiana, e talvez hajam mesmo correntes de Ontologia Quântica que poderíamos considerar como não clássicas também. As correntes clássicas devem ter sido originalmente propostas pelo Caracinza em pessoa. Digo briefing porquê não vou além das apresentações mínimas que poderiam ser feitas numa primeira aula de 50 minutos de Ontologia para não filósofos. Assim, apenas colocarei brevemente os caminhos apresentados nessa uma aula, que deve ter, por si só, deixado de lado muitas alternativas interessantes, mesmo em termos clássicos.
1.2.1. A primeira pergunta:
A primeira pergunta da Ontologia, que talvez, concorrendo com "porquê porquê?" seja uma primeira pergunta por excelência, A UMA Primeira Pergunta, fica em português: "É?". Em grego " As correntes clássicas colocam então duas respostas possíveis, dicotômicas e invariantes para a pergunta "É?" que são "Sim", ou "Não". A maior parte das pessoas, doentes que estão pelas ações do Caracinza, crê que a única resposta viável é "Sim". Alguns filósofos, um pouco menos afetados pelo fantasma do Cotidiano, embora possam fazer parte de uma das Ordens de Éris, aceitam o "Não" como resposta "válida", e alguns poucos até respondem isso mesmo. Discordianos saberão melhor que isso. Queria encontrar algum filósofo Quântico para conversar a respeito. Creio que um tal pensador manteria o "Sim" e o "Não", mas eliminaria a invariância da resposta. Assim sendo, na Ontologia clássica, a resposta "Não" a essa pergunta da origem a corrente chamada de "arrealismo", ou "anti-realismo", na qual se nega a existência do Real. O quer que se pense em tal corrente transcende uma primeira aula de 50 minutos, e embora possa talvez ser a área mais interessante da Ontologia clássica, não posso dizer mais a respeito sem mais pesquisas. Com certeza, aprofundamentos da Agora Criada Ontologia Discordiana necessitarão de mais informações sobre o que já foi pensado e escrito nessa área. Por outro lado, a resposta "Sim" da nome à corrente chamada "Realismo", que conduz a segunda pergunta da ontologia Clássica. A resposta em si afirma que há um Real, mas não que seja necessariamente único, invariável, estável, correspondente ao real perceptível, etc... A maior parte das pessoas simplesmente pressupõe essas coisas. E mesmo o mais puro dos Discordianos pressupõe isso em situações cotidianas. 1.2.2 A segunda pergunta:
"Porquê é?". O que faz o Real ser? Não necessariamente como o Real veio a ser, porquê aí já se cai na Cosmologia. Mas pode ser que quem vá responder a isso tenha que passar por aí. Novamente as restrições impostas tanto pelo Classicismo Caracinza, quanto pela duração da Aula, deixam duas respostas: "As coisas são porquê são, e seu Ser já se basta em si mesmo, sem precisar de nenhuma ajuda externa." essa corrente é chamada "Materialismo". A outra resposta é "As coisas para serem depende de um Pensamento sobre elas que as faz serem." Esse é o Idealismo, que em uma aula de 50 minutos se reduz a duas correntes, que discutem sobre a origem desse pensamento. Também me parece que nas correntes clássicas, esse pensamento que faz o vir a ser é necessariamente Anterior ao Ser. Uma dessas correntes clássicas seria o "Idealismo Absoluto", que diz o Pensamento original advir de Divindade(s) supra-Reais, e que pensaram o Real, antes dele Ser, ou antes de O Construírem. A grande maioria das religiões da Terra prega isso aqui. Sem nem pensar nas contradições em que caem, conforme espero poder analisar. A outra corrente Idealista seria o "Idealismo Relativo", que diz que o Real só existe a partir do momento em que algo ou alguém pensa nele, sem que este algo ou alguém seja necessariamente supra-real em si mesmo. A pergunta-exemplo por excelência que expõe o idealismo relativo é simples, de fácil compreensão, e obriga que se pense a respeito dela: "Se uma árvore cai no meio da floresta, sem ninguém por perto, pode-se dizer que ela faz barulho ao cair?" Retorno ao 1. Com estas considerações, está apresentada a Ontologia Clássica de uma Aula de 50 minutos.
2. Sobre a Ontologia Discordiana
Sendo o Discordianismo uma área repleta de opiniões conflitantes osbre várias coisas, faz-se necessário que sejam recapitulados alguns dos conceitos das Escrituras da POEE, e que seja exposto como estes são entendidos pelo autor do presente texto, assim passemos as
2.1 Considerações prévias sobre o pensamento Discordiano
Antes de iniciarmos qualquer estudo sob os vários pontos de vista sugeridos pela Deusa, devemos lembrar a máxima orientadora dos buscadores, expressa no nome do Apóstolo: Todas as afirmações são verdadeiras em algum sentido, falsas em algum sentido, irrelevantes em algum sentido, verdadeiras e falsas em algum sentido, verdadeiras e irrelevantes em algum sentido, falsas e irrelevantes em algum sentido e verdadeiras e falsas e irrelevantes em algum sentido. Lembrando que, enquanto em algum sentido esta máxima expressa a total negação do saber, não é o que procuramos ao realizar um estudo, sobre ontologia ou qualquer outra coisa, pois o ato de estudar enquanto se crê na negação do saber é uma atitude estúpida. É claro que, em outro sentido, o que usaremos, a máxima acima afirma diz que para se conhecer alguma coisa, deve-se entende-la no sentido em que ela é verdadeira, no sentido em que é falsa, e no sentido em que ela é irrelevante, e que essa é a forma que mais se aproxima da verdadeira natureza das coisas. É aqui que se faz o rompimento com a razão clássica, que certamente afirma que só se deve conhecer as coisas no sentido verdadeiro das mesmas. É claro que não se deve esquecer que o próprio fato de todas as coisas serem verdadeiras em algum sentido, falsas em algum sentido e irrelevantes em algum sentido é ele mesmo verdadeiro em algum sentido, falso em algum sentido e irrelevante em algum sentido. Seguidores do Caracinza estarão aqui quase certos de isso então é a afirmação da negação do conhecimento, o que não é o que estou dizendo. Afirmo sim, que para se ter noção do que se diz, para se aproximar do conhecimento, deve se buscar comprrender em qual sentido as coisas são verdadeiras, em qual sentido são falsas, e em qual sentido são irrelevantes. Lembrando que qualquer conhecimento ou intuição sobre qualquer desses sentidos sobre qualquer coisa tem também sentidos verdadeiros, falsos e irrelevantes. Assim, a verdade é infinita para cada coisa que se deseja conhecer, mas pode-se conhecer sempre uma parte da mesma, e pode-se ir até um nível tão profundo quanto se julgar suficiente, em se havendo tempo para tanto.
2.2 Da Ontologia Discordiana
Assim, retomando as perguntas apresentadas em 1 sobre a existência, a Ontologia Discrdiana consiste em estudar em qual sentido as perguntas apresentadas são verdaderias, em qual são Falsas, e em qual são irrelevantes, e depois, que se fassa o mesmo com cada resposta. Assim, poderemos ter noção da Natureza Múltipla da existência, com várias facetas, cada uma das quais todo ser humano em seu íntimo deve ter pensado ser "verdadeira", por breves períodos de tempo.
2.2.1 Considerações sobre a Primeira Pergunta
Retomando "É?", ou "A existência existe?": Quando podemos dizer que essa pergunta é verdadeira? Quando temos a impressão de que existe um real, o que já deixa pouca margem para uma resposta negativa, e temos vontade de aprender sobre esse real, e enquanto as palavras fizerem algum sentido, o quê pressupõe a existência de uma língua, que, em primeira instância depende do real para existir. Podemos dizer que ela é falsa? A tradição discordiana diz "todas as afirmações são (...) em algum sentido". Mas aqui, extendo isso a "tudo", uma vez que cada coisa é, em algum sentido, uma afirmação. Assim, em qual sentido uma pergunta é uma afirmação? No sentido em que afirma uma dúvida, ou em que inquire o sujeito a quem a questão é dirigida. Assim, supondo-se que quem pergunta "É?" não o esteja fazendo pelo simples prazer do suplício de seus interlocutores, mas sim expressando uma dúvida legítima, a questão é verdadeira. Mas se esta pessoa, em seu íntimo já conhece a resposta que julga correta, então está expressando uma falsa dúvida. A pergunta também seria falsa se as idéias, representadas por palavras, utilizadas para a mesma se contradissessem. Certamente o "Ontos?" original do grego não parece se contradizer. Mas talvez não se possa dizer o mesmo da versão que usei em português "A existência existe?". Nesse caso, uma versão da pergunta sendo falsa por contradição de idéias, não implica que todas as outras versões da mesma pergunta não caiam na mesma contradição de idéias? E, por fim, a pergunta é irrelevante para qualquer um que ache "perda de tempo" perguntar-se se o real existe, a qualquer um que não se preocupe com isso, a qualquer momento que não nos interesse discutir a questão ou a qualquer um que saiba a resposta a priori, e notem neste ponto, que o conhecimento da resposta a priori também faz a pergunta falsa: daí a tradição discordiana insistir em todas a combinações possíveis para "verdadeiro, falso e irrelevante", combinações que dispenso aqui, sob pena deste documento ser considerado irrelevante em mais sentidos do que deveria.
2.2.1.1 Da resposta a essa pergunta
A lógica tradicional permite apenas as respostas "sim" ou "não" para "A existência existe?". O Discordianismo permite uma infidade de respostas, cada uma das quais verdadeira em algum sentido, falsa em algum sentido, e irrelevante em algum sentido. Só que a maior parte das respostas que não seja "sim" ou "não" será falsa em mais sentidos do que os outros, e talvez não mereçam ser consideradas. Assim, nos concentraremos nos vários sentidos da resposta "sim": que pode ser escrito como a afirmação "O Real Existe.", ou "É.", "Ontos." O sentido no qual "o real existe" é verdadeiro, é bem conhecido cotidianamente tanto para filósofos quanto para comuns. Já o sentido em que "O real existe" é falso, embora possa parecer num primeiro momento equivalente a resposta "não", tem implicações diferentes: pois não há uma separação entre os sentidos de uma afirmação. Uma coisa não apenas "é" OU "não é". O sentido em que essa resposta é falsa implica em "é" E "não é"! Daí podemos parar para refletir. Certamente o Real, sendo verdadeiro implica na existência de uma série de objetos físicos e de relações entre eles. Tanto é que nossa percepção do Real depende, ao nível objetivo, totalmente dessas relações entre os objetos, isso é, em última instância das relações entre os objetos que perfazem o Real e a nossa mente, mediada em alto-nível pelos nossos sentidos. Assim, podemos dizer que se esta percepção do Real for verdadeira, então,com efeito ele existe em algum sentido. O fato de que nossa percepção certamente deixa de fora muito do Real - só podemos enchergar até aonde a vista alcança, por exemplo - já implica em que nossos sentidos NÃO PODEM trazer uma imagem completa do Real. O que significa que o real percebido (com "r" minúsculo) é certamente muito diferente do Real, e certamente é inferior em amplitude mesmo a um real pensado, que seria a representação mais ampla do real nos pensamentos de cada um. E mesmo esse real pensado é infinitamente inferior ao Real. Isso assumindo-se que as percepções que temos do Real são verdadeiras em si. E não são, embora, para o escopo deste item sejam suficientes.
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