Em tempos de AIDS  

Crescem, indubitavelmente, nesse final de milênio, os temores apocalípticos relacionados com a presença da AIDS em nosso meio. Ela deixou de ser doença de alguns grupos específicos, se alastrando para todos os continentes, disseminando, inevitavelmente, a idéia de comportamento de risco.
Observa-se, também, que ao não escolher cor, idade ou sexo, grupo ou camada social, a AIDS mudou o modo das pessoas verem o mundo e suas concepções sobre a doença. Em tempos de AIDS, era de se esperar que a palavra de ordem fosse a prevenção contra a contaminação, no entanto, o que se observa, em alguns contextos, é a aceitação de destino, não como algo enviado por deuses, mas como todos morrem um dia, não importa do quê.
Torna-se inevitável e premente salientar, ainda, que a AIDS está fazendo o que muitas guerras não fizeram com a humanidade. Nenhuma doença anterior foi tão letal, tão misteriosa e tão resistente ao desenvolvimento de terapias e vacinas, mas também é a primeira epidemia da história cujo controle depende, basicamente, do nosso comportamento consciente. Se desejar brincar, faça assumindo o risco, o risco de cometer suicídio.

Trabalho de AIDS feito por alunas da UFRGS
Carine, Patrícia, Rita, Sílvia, Soraia


 

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