O presente título é divulgado no mundo inteiro pela Ordem dos Agostinianos, posto
que, segundo uma lenda, a ele deve-se a conversão de Santo Agostinho. Santa Mônica,
angustiada pela morte de seu esposo e pelos desvarios de seu filho Agostinho, recorreu à
Mãe da Consolação, tendo depois a grande alegria de ver seu filho convertido e tão
fervoroso cristão, que é hoje é considerado um dos maiores santos doutores da Igreja.
Santo Agostinho tomou como protetora a Consoladora dos Aflitos e seus filhos espirituais
se encarregaram de divulgar sua devoção. Segundo a escritora Nilza Botelho Megale, o Brasil nasceu sob a proteção da Virgem Consoladora. |
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Antes mesmo de Pedro Álvares Cabral chegar ao nosso país, Vicente Pinzón, navegador espanhol, companheiro de Colombo em suas viagens ao Novo Continente, descobriu um promontório, que se acredita ser o cabo de Santo Agostinho, ou a ponta de Mucuripe, em Fortaleza, ao qual deu o nome de Santa Maria de la Consolación.
Nossa Senhora da Consolação é invocada como padroeira dos lares, promovendo a harmonia no seio das famílias e a conversão dos filhos desviados, contando com grande número de devotos em nosso país.
O sentimento mais enraizado no coração humano é o desejo de felicidade. No entanto, nada mais comum do que o sofrimento entre os homens. Por isso mesmo, todos nós necessitamos de afeto e consolação; porém, neste mundo enganoso, muitas vezes não encontramos consolações humanas. Existe contudo uma fonte viva de esperança, um raio de luz que ilumina as trevas do desespero e distribui a paz aos corações atribulados. É a consolação dos Aflitos, a Mãe de Deus, Nossa Senhora da Consolação.
![]() | Nilza Botelho Megale, "Invocações da Virgem Maria no Brasil", Ed. Vozes, 4a. edição, pp. 165-166. |