Em Siracusa, Sicília, nos dias 29 de agosto a 1o. de setembro de 1953, uma imagenzinha de Nossa Senhora derramou abundantes lágrimas, fenômeno que pôde ser observado por muitas pessoas, por autoridades civis e eclesiásticas. |
|
Edésia Aducci narra o acontecimento da seguinte forma:
Antonina Iannuzo, após rezar diante da imagem de Nossa Senhora, percebeu em seus olhos abundantes lágrimas. Pensou ser uma ilusão, mas depois parentes e o próprio marido constataram o fato.
A imagem chorava a ponto de as lágrimas correrem pela face. A notícia pouco a pouco espalhou-se. Começaram a surgir peregrinos de toda a Sicília, da Itália e da Europa. Os doentes eram colocados numa praça de 100m2 à vista da imagem exposta em um nicho.
Durante dezoito horas por dia padres e religiosos se revezavam tocando objetos na imagem. Na própria casa dos Iannuzo formou-se logo um "Comitê da Virgem que chora" para exame dos miraculados. Em princípio os interrogatórios eram exigentes e severos; depois os médicos cansaram. Trezentos casos extraordinários puderam ser examinados desde o início pelas autoridades civis e eclesiásticas.
O arcebispo de Siracusa, Dom Baranzini, acompanhado de muitos sacerdotes, celebrou a santa missa em plena rua. Os químicos Leopoldo La Rosa e Francisco Cotzia analisaram 1cm3 das lágrimas e concluíram: "O líquido revela a mesma composição e a mesma densidade das lágrimas humanas". Entre os casos tidos como milagrosos, conta-se o de Núnzio Vinci, operário de 49 anos, que sofria de uma artrite deformante e voltou para casa completamente curado.
A humilde capela deu lugar a um suntuoso templo, erguido para acolher os milhares de peregrinos que acorrem àquele santo lugar. A paisagem de Siracusa é dominada por um imponente santuário em forma cônica, que mede 74m de altura. Cabem nele cerca de 11.000 pessoas. O moderno templo foi sagrado pelo Papa João Paulo II em sua visita a Siracusa em novembro de 1994.
![]() | Edésia Aducci, "Maria e seus Títulos Gloriosos", Ed. Loyola, pp. 360-361. |