A História do Akita

 

Akita = nome de uma província japonesa

Inu = cão em japonês

Muitas raças típicas japonesas são associadas com o nome da província de onde surgiram. Como exemplo, além do Akita, temos o Shiba e o Shikoku. Destas raças, o Akita é o maior em peso e tamanho, sendo suas características mais marcantes, as orelhas inclinadas para frente e o rabo enrolado sobre o dorso.

 

Conta-se que os ancestrais da raça Akita provieram da Europa, tendo surgido no Japão antes destas terras terem sido separadas pelo mar. Há muitos anos esses cães teriam sido utilizados como caçadores de urso e seu cruzamento com os Hokkaido teria originado o Akita.

A sua presença foi registrada há mais de 300 anos. Na era feudal japonesa foi recomendada a briga de cães, com o intuito de preservar-se o espírito dos guerreiros samurais, já que a construção de castelos e a possessão de armas estavam estritamente proibidas pelo Governo de Tokugawa.

No século XIX, a briga de cães continuou sendo popular. Nesta época, os Akitas eram chamados de "Odate", por causa do nome da cidade onde se encontravam. Por volta de 1897, os cães da província de "Tosa", uma das áreas mais famosas pela briga de cães, foram levados à província de Akita. Inicialmente, os Akitas Inu eram mais fortes do que os Tosas mas, gradualmente, estes foram superando aqueles devido ao seu cruzamento com raças européias.

Os cães japoneses foram classificados em duas categorias: os de tipo japonês, grandes e com orelhas eretas e rabo enrolado; e os de tipo mestiço com Europeu que passaram a ser utilizados como cães de briga. Preocupado em manter a pureza da raça, o prefeito de Odate fundou, em 1927, a Akita-Inu Preservation Society. Nesta mesma época, o interesse por briga de cães começou a declinar.

Em 1937, foi introduzido o primeiro Akita nos Estados Unidos levado pela senhora Helen Keller quando de sua visita à província de Akita. Mas, foi após a II Guerra Mundial que muitos Akitas foram introduzidos naquele país. Estes, porém, não tinham todas as características originais da raça uma vez que sofreram miscigenação com outras raças, principalmente com os Pastores Alemães. Daí a ocorrência, em exemplares americanos, de máscara negra e orelhas relativamente grandes, não sendo aquela aceita pelo padrão japonês.

Em 1931, o Akita foi considerado "tesouro natural japonês". Este fato explica o árduo trabalho que o povo japonês vem fazendo no sentido de trazer a raça às suas origens, quer dizer, tornar o Akita atual o mais próximo possível de seus antepassados. É dificílimo conseguir importar um Akita japonês, pois é dever do Estado protegê-lo, tanto que quando o dono de um campeão Akita não pode lhe sustentar, o governo japonês o faz.

No Brasil, tem-se mais apreço pelo Akita japonês. A raça vem sendo trabalhada sempre no sentido de aproximá-la ao produto japonês. Encontramos também, a linhagem americana, mas em exposições, os japoneses certamente são os vencedores.

A diferença entre a linhagem japonesa e a americana não se limita ao tipo físico. Os americanos vêm trabalhando o Akita para torná-lo menos agressivo, creio que mais um cão de companhia do que de guarda propriamente. A sua preocupação com tal fato é tão grande que se lermos as home pages americanas sobre Akita disponíveis no momento na Internet, verificamos que todas elas tratam o Akita como um cão excessivamente agressivo e que deve ser trabalhado desde cedo.

O que ocorre contudo, é que a linhagem americana não é confiável uma vez que traz inúmeros traços destoantes do Akita japonês original. Este, por sua vez, é amplamente conhecido por sua lealdade, sua personalidade forte, porém equilibrada, e sua dignidade.

 

A HISTÓRIA DE CHUKEN HACHIKO

Hachiko, cão da raça Akita, nasceu em 1923, em Odate. Mudou-se para Shibuya, Tokio, quando tinha dois meses de idade. Ficou conhecido por sua lealdade para com seu dono.

Todos os dias, Hachiko acompanhava seu dono, Eisaburo Veno, até a estação de Shibuya, onde pegava o trem para o trabalho e, no final da tarde, encaminhava-se à estação para aguardá-lo. Em 1925, Eisaburo faleceu antes de retornar. Não entendendo o fato, Hachiko, durante todos os outros anos em que viveu, continuou encaminhando-se à estação para esperar seu dono voltar.

Por seu grande sinal de lealdade, Hachiko ganhou, em 1934, uma estátua na estação de Shibuya, na linha Tokyo-Yamanote. Tendo sido a primeira colocada abaixo durante a II Guerra Mundial, uma nova estátua foi erguida, em 1947.

 

 

Chuken Hachiko

 

 

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