VACINAÇÃO DE IMUNODEPRIMIDOS
Os pacientes imunodeprimidos,
isto é, aqueles que apresentam determinadas doenças que diminuem
a resistência às infeções, os que foram submetidos
a esplenectomia (retirada do baço), os que sofreram transplante
de órgãos, os que estão sendo tratados com corticosteróides
e outros medicamentos imunodepressores, assim como os portadores de anemia
falciforme, cirrose hepática, AIDS e outras condições
que reduzem as defesas orgânicas, devem receber diversas vacinas.
A orientação quanto às vacinas a serem aplicadas será
dada pelo seu médico.
Também indivíduos de qualquer idade, que apresentem predisposição
a infecções (asma, bronquite crônica, infecções
respiratórias de repetição, enfisema pulmonar, insuficiência
cardíaca, insuficiência renal, tumores malignos, etc.) podem
ser beneficiados com vários tipos de vacinas.
VACINAÇÃO DE IDOSOS
Todos os idosos,
tanto saudáveis quanto os que apresentam doenças crônicas
(do coração, dos pulmões, dos rins, diabetes, etc),
devem receber rotineiramente, além da vacina contra Tétano,
outras duas vacinas: vacina contra Gripe (Vaxi-Grip)e vacina contra Pneumonia
Pneumocócica (Pneumo 23). Há evidências de que a vacina
contra Varicela pode proteger pessoas idosas contra o Herpes Zooster e,
conseqüentemente, contra a neuralgia pós-herpética.
A HISTÓRIA
DA VACINAÇÃO
Há cerca de 200 anos, desde que um médico
do interior da Inglaterra chamado Edward Jenner descobriu um modo de vacinar
contra a mais temida das doenças daquela época, a Varíola,
foi iniciada uma nova era da medicina.
Em 14 de maio de 1796, Jenner aplicou a primeira
vacina usando varíola bovina para imunizar James Phipps contra Varíola.
Tentativas anteriores de se vacinar datam de antes do século 6.
O primeiro registro escrito de vacinação,
O Tratamento Correto da Varíola, atribui a arte a uma freira budista
durante o século 11. E é largamente aceito que a vacinação
foi usada na antigüidade na China, Índia e Pérsia.
O trabalho de Edward Jenner com vacinação
por varíola bovina foi a primeira tentativa científica para
controlar uma doença infecciosa por meio de uma inoculação
deliberada, sistemática. Esse trabalho lançou os fundamentos
da moderna vacinologia. Entretanto, passou-se cerca de um século
antes que um químico francês, Dr. Louis Pasteur, anteriormente
notado por seus estudos sobre fermentação e bactérias,
invalidasse a teoria da geração espontânea e adiantasse
a teoria da infecção por germes.
Pasteur foi capaz de provar que a proteção
contra uma doença poderia ser conseguida através de uma infecção
por germes enfraquecidos os quais causam doenca silenciosa e relativamente
branda.
A pedra fundamental em imunização
pela qual Pasteur é mais notado ocorreu em 1885. Um rapaz chamado
Joseph Meister foi mordido por um cão raivoso, e, pela primeiras
vez na história, foi tratado com sucesso com uma vacina que preveniu
com sucesso o desenvolvimento de Raiva. Durante o resto do século
19, a pesquisa sobre vacinas continuou. Junto com a recente descoberta
que se poderiam fazer vacinas a partir de germes atenuados, durante este
período descobriu-se que poderiam ser feitas vacinas com germes
mortos. Portanto, na virada do século, existiam duas vacinas humanas
contra vírus: Varíola de Jenner e a de Raiva de Pasteur.
Três vacinas humanas de bactérias
também foram feitas: contra tifo, cólera e peste (todas de
germes mortos).
Entretanto a vacinação tinha oponentes.
A idéia de introduzir deliberada e rotineiramente um virus mortal
- em qualquer forma - num ser humano era vista por muitos com horror e
ofensa. Na virada do século, estes oponentes tinham-se organizado
contra as novas vacinas. Foram travadas ásperas batalhas nas comunidades
médicas e científicas, tanto quanto na arena da opinião
publica sobre os méritos das vacinas. Mas, quando estourou a Segunda
Guerra Mundial, a vacinação geral passou a ser rotina. Logo
depois foi apresentada uma vacina , baseada numa toxina inativada , o toxóide
tetânico. A Idade de Ouro do desenvolvimento das vacinas começou
em 1949. Novas descobertas e técnicas avançadas levaram a
uma explosão de atividade criativa na vacinologia. Esse interesse,
comprometimen-to e estudo continua hoje. Dois dos produtos mais famosos
desenvolvidos durante este período foram a vacina inativada de Pólio
do Dr. Jonas Salk e a vacina de vírus vivo do Dr. Albert Sabin.
Outras descobertas incluem as vacinas agora largamente usadas contra Sarampo,
Caxumba, Rubéola, Hepatite B e Hemophilus influenzae tipo b. Recentemente
os esforços no desenvolvimento de vacinas têm-se afastado
daquelas contendo organismos inteiros e ido em direção a
vacinas de subunidades, mais seguras, contendo apenas os componentes necessários
a produzir respostas satisfatórias.
A Engenharia Genética
tem sido extremamente útil neste processo. Na próxima
década, com a esperança do desenvolvimento de uma vacina
contra AIDS, a ênfase sobre segurança será predominante.
Os anos 90 e o início do século 21 serão fundamentais
para se descobrir caminhos cada vez mais engenhosos e seguros para proteger
os seres humanos contra as doenças.
EFEITOS COLATERAIS
De uma forma geral as vacinas produzem reações
geralmente leves.
Podem surgir:
FEBRE (temperatura acima de 37,5ºC),
geralmente baixa e que raramente chega a 39ºC (nesse caso devem ser
procuradas outras causas para o aparecimento da febre). Para baixar a febre
devemos utilizar os anti-térmicos indicados pelo pediatra.
IRRITABILIDADE também pode estar
presente. Estes sintomas desaparecem espontaneamente dentro de 1 a 3 dias.
DOR no local da aplicação.
Em alguns casos (cerca de 10%) pode aparecer um pequeno ‘calombo’, calor
e vermelhidão no local da aplicação, que desaparecem
espontaneamente em até 72 horas. Podem ser feitas compressas de
água quente no local.
MAL-ESTAR e DOR DE
CABEÇA LEVE podem ocorrer e desaparecem dentro de 48 horas.
Em caso de dúvida, não
deixe de consultar seu pediatra...
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