ASMA (Bronquite)
A asma é uma doença caracterizada por
um aumento na responsividade dos brônquios e da traquéia.
A vários tipos de estímulos, se manifesta por uma diminuição
generalizada e abrupta do calibre interno das vias aéreas reduzindo
dessa forma a entrada e saída do ar dos pulmões.
Uma característica importante da asma que a
distingue de outras patologias obstrutivas das vias aéreas como
o enfizema ou a brônquite crônica, é que ao contrário
dessas que apresentam alterações fixas e irreversíveis,
a asma tem um caráter reversível.
Outra característica fundamental da asma é
a hiperresponsividade brônquica. Estímulos como alegernos
(por ex. poeira), ou até mesmo não específicas ou
imunológicas, como frio excessivo, esforço físico,
stress emocional podem desencadear uma crise broncoespasmo levando às
manifestações clínicas da asma. Um fato importante
é que esses mesmos estímulos em pessoas não asmáticas
não ocasionam nenhum sintoma.
Definir asma por essas duas características
pode eventualmente conduzir a erros diagnósticos, uma vez que outras
patologias podem também tê-las, na verdade a asma é
uma doença de difícil definição. Felizmente,
embora difícil de definir é relativamente fácil de
diagnosticar e tratar.
Asma é uma doença extremamente comum
acometendo cerca de 3% à 6% da população geral. A
incidência é maior em crianças, mas ao longo de toda
a vida a pessoa pode apresentar os sintomas da asma. Na infância
a asma é mais comum em crianças do sexo masculino do que
no feminino, embora essa diferença tenda a diminuir e até
desaparecer na adolescência.
É muito comum quando a doença inicia
na infância, haver recuperação total. Após a
adolescência, porém quanto mais tardiamente iniciarem os sintomas,
mais infrequentemente o paciente entrará em demissão permanente.
É errado o conceito de que a asma é uma
doença banal, e que não requeira acompanhamento médico
permanente, cada vez mais se reconhece que ataques severos de asma podem
levar ao óbito. Sabe-se que muitas dessas mortes poderiam ser evitadas
se os pacientes procurassem assistência médica mais precocemente.
A asma como qualquer outra doença deve ser diagnosticada e tratada
por médicos. A auta medicação é em todas os
casos nefasta e deve ser evitada.
Os sintomas clássicos da asma são:
- Chiado no peito
- Falta de ar
- Tosse seca
Esses sintomas só estão presentes nos
períodos de crise, tendendo a desaparecer completamente nos intervalos
entre as crises.
O tratamento da asma é complexo e envolve vários
tipos de abordagens, muitas vezes vários especialistas têm
que estar envolvidos com: alergista, pediatra, pneumologista, intensivista,
psicologos etc..
O tratamento com medidas caseiras e auto-medicação
é condenável em todos os casos.
Os medicamentos primariamente indicados para a asma
são de dois tipos de acordo com seus princípios de ação:
- 1 - Drogas que agem primariamente como broncodilatadores,
relaxando a musculatura dos brônquios.
2 - Drogas que atuam como inibidores do processo inflamatório
que sempre acompanha a asma, como por exemplo os corticosteróides.
Sinusite
Uma inflamação
em geral bastante dolorosa das membranas que revestem os seios paranasais,
caraterizada por dor na face, e eliminação de secreção
purulenta pelos orifícios nasais. A sinusite tem múltiplas
etiologias, podendo quando infecciosa ser causada por: virus, bactérias,
ou fungos. Outra etiologia para as sinusites é alérgica.
Os seios para nasais são estruturas aéreas localizadas na
face em quatro locais, que determinam os nomes dos seios, a saber: fronta,
maxilar, etimoidal, esfenoidal.
Epidemiologia
A sinusite é uma patologia
mais frequente em adultos do que na população pediátrica.
Pacientes com história de patologias alérgicas das vias respiratórias
têm em geral maior frequência de episódios de sinusite
bacteriana aguda do que a população em geral.
Etiologia
A sinusite aguda é na
maioria dos casos causada pelas seguites bactérias: Streptococcus
pneumoniae, Haemophilus influenza, Moraxella catharrallis, e mais raramente
Staphilococcus aureus. Na maioria dos casos há um antecedente recente
de uma infecção viral das vias aéreas superiores.
A patogenia da sinusite é semelhante a da otite, isto é:
uma infecção viral obstrui os canais de comunicação
entre os seios paranasais e a faringe, dificultando a drenagem do muco
produzido nos seios, e favorecendo o crescimento de bactérias nessa
região que é normalmente estéril. Nesses casos, o
próprio seio para nasal funciona como um meio de cultura para a
bactéria, ocasionando a doença.
Sintomas
Dentre todos os seios paranasais
o maxular responde por mais de 90% de todas as sinusites bacterianas agudas.
As principais manifestações
clínicas são: dor, edema, e alterações de sensibilidade
na região acometida. A cefaléia frontal é uma manifestação
extremamente frequente tanto na sinusite aguda quanto na crônica.
A eliminação de uma secreção purulenta pelo
nariz é uma outra manifestação bastante frequente
dessa doença.
Complicações
Episódios prolongados
e frequentes de sinusites agudas terminam por alterar o revestimento mucoso
dos seiosparanasais, resultando em sinusite crônica. Pacientes com
essa patologia, isto é sinusite crônica, podem ter frequente
episódios de sinusites bacterianas agudas, e esses episódios
são causados além dos germes já descritos por outras
bactérias mais raras como gram negativos, ou anaeróbios.
Assim como na otite, as sinusites podem se espalhar em direção
a outras estrututas próximas.
RINITES
Rinite por definição
é uma inflamação da membrana mucosa do nariz. Há
vários tipos e várias causas de rinite, as duas mais comuns
são: infecciosa e alérgica.
Rinite Alérgica
A rinite alérgica é
uma doença inflamatória mediada por uma imunoglabulina específica
(IgE) e que envolve as membranas mucosas nasais. Os sintomas usualmente
começam na infância ou no início da idade adulta, mas
podem ocorrer em qualquer fase da vida. A rinite alérgica freqüentemente
ocorre com um caracter sazonal, isto é, em determinados períodos
do ano, porém podem também ocorrer ao longo de todo ano.
As manifestações
clínicas mais comuns da rinite são: prurido nasal, rinorréia,
espirros e obstrução nasal.
Outras queixas comuns são:
lacrimejamento, sensação de corpo estranho nos olhos, irritabilidade,
cansaço e perda do apetite. Freqüentemente esses sintomas pioram
quando o paciente entra em contato com substâncias irritantes não
específicas como: fumaça de cigarro, aerosol, perfumes fortes
e inseticidas.
Como várias outras condições
podem apresentar sintomas parecidos o diagnóstico definitivo de
uma rinite deve sempre ser feito por um médico.
O tratamento da rinite alérgica
deve sempre ser conduzido por um médico com experiência no
manejo dessa patologia, como regra geral há três estratégias:
- 1 - Evitar o contato com a substância
desencadeadora do processo alergeno: por ex. poeira).
- 2 - Uso de antihistaminicos
ou outras drogas.
- 3 - Imunoterapia alergeno-específica.
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