Bastar-nos-à
Quanto
mais conheces, mais te vês. E quanto mais nos vemos, com mais
amplitude conseguimos enxergar os outros.
Se
já alcançaste semelhantes áreas de discernimento, considera as
incompreensões das quais te reconheças objeto, através das
lentes interiores que te conferem mais alta visão espiritual.
Diante
de alguém que, porventura, te fira, recorda as provas que
atravessaste, os empeços vencidos, as ilusões superadas e as
amarguras que já entregaste ao arquivo da memória, com a
recomendação de paz e esquecimento.
Assim
agindo, observarás nos companheiros que acaso te injuriem
corações doentes ou imaturos, que é preciso tolerar, a fim de
que não te emaranhes no labirinto das aflições inúteis.
Perante
quaisquer ofensas, usa a misericórida na embalagem do silêncio
e atraíras a luz para que todas as sombras sejam dissolvidas.
Esse
te malsina os gestos de bondade, aquele que te empresta a autoria
de faltas que desconheces, outro te expõe a enganos de outro
tempo ao desrespeito público e outro ainda te apedrereja sem
razão.
Por
nada te queixes.
Pelo
metro de nossas próprias lutas de retaguarda, ser-nos-á
possível estender a compaixão sem limites sobre quaisquer
farpas que se nos lance em caminho, seguindo sempre.
Não
te lastimes, nem condenes.
Cala-te,
abençoa e auxilia sempre para o bem de todos.
Para
corrigir-nos ou reajustar-nos ante os princípios da verdade e do
amor, bastar-nos-à viver.
Extraído
do Livro: Palavras do Coração
Médium:
Francisco Cândido Xavier
Espírito:
Meimei
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