JUDÔ
Atualizada em 27/04/2000
"O Judô não é
apenas uma luta corporal, pois nele existe toda uma filosofia de vida."
Escolha seu destino: Origem
do Judô - A criação do Judô
- A chegada do Jud&occirc; no Brasil
Ordem das faixas - Numeração
usada no Judô - Links
O Soto Gari
- &nbbsp; Ippon Seoinage
ORIGEM DO JUDÔ
Baseado em contos e lendas, a origem documental do combate corporal é
imprecisa. O texto do Prof. Carlos Catalano Calleja, que foi um dos maiores
estudiosos do Judô no Brasil, mostra um pouco da história
do início destes combates, que deram origem ao Ju-jitsu.
O início do desenvolvimento histórico do combate corporal
se perde na noite dos tempos. A luta, inclusive por necessidade e sobrevivência,
nasceu com o homem e, a esse respeito, os documentos remontam os tempos
mitológicos.
Um manuscrito muito antigo, o Takanogawi, relata que os deuses Kashima
e Kadori mantinham poderes sobre os seus súditos graças às
suas habilidades de ataque e defesa.
A Crônica Antiga do Japão (nihon Shoki), escrita por ordem
imperial no ano de 720 de nossa era, menciona a existência de certos
golpes de habilidade e destreza, não apenas utilizados nos combates
corporais mas também, como complemento da força física,
espiritual e mental, relatando uma história mitológica na
qual um dos competidores, agarrando o adversário pela mão,
o joga ao solo, como se lançasse uma folha.
Segundo alguns historiadores japoneses, o mais antigo relato
de um combate corporal ocorreu em 230 aC, na presença do imperador
Suinin. Taimano Kehaya, um lutador insolente foi rapidamente nocauteado
por um terrível cultor do combate sem armas, Nomino Sukune.
Naquele tempo não havia regras e combate padronizadas. As lutas
poderiam desenvolver-se até a morte de um dos competidores.
As técnicas de ataque e defesa utilizadas guardam muita semelhança
com os golpes do sumô e do antigo ju-jitsu
JU-JITSU
Várias são as conjecturas sobre o desenvolvimento histórico
do ju-jitsu, mas há fortes indícios de que sejam meras suposições
baseadas em lendas ou contos, que guardam uma íntima relação
com o aparecimento de certas academias.
Uma delas descreve que, por volta de 1650, um monge chinês, Chin
Gen Pin, teria idealizado terríveis golpes denominados "tes", com
o objetivo de matar ou ferir gravemente um ou mais adversários,
mesmo armados.
Alguns anos depois, quando vivia no Japão, conheceu e fez amizade
com três samurais inferiores. O chinês ensinou-lhes todos os
"tes" que sabia. Maravilhados com os resultados que poderiam ser alcançados,
os três japoneses submeteram-se a um longo treinamento e dedicaram-se
a aperfeiçoar a terrível arte do monge chinês.
Algum tempo depois, os três japoneses resolveram separar-se e
partiram pelo Japão afora, profissionalmente, a divulgar os seus
fabulosos golpes. Conta-se que conseguiram transmitir a "arte do monge
chinês", a muitos discípulos. Estes, por sua vez, fundaram
as suas próprias academias e assim foi desenvolvendo-se um tipo
de luta que teria sido denominado ju-jitsu.
A CRIAÇÃO DO JUDÔ
Jigoro Kano, que era pequeno e fraco por natureza, começou a praticar
o ju-jitsu aos 18 anos pelo propósito de não ser dominado
por sua fraqueza física. Ele aprendeu atemi-waza (técnicas
de percussão), e katame-waza (técnicas de domínio)
do estilo ju-jitsu Tenjin-shin-yo Ryu e nague-waza (técnicas de
arremesso) do estilo de ju-jitsu Kito Ryu. Baseado nestas técnicas
ele aprofundou seus conhecimentos tomando como base a força e a
racionalidade. Além disso, criou novas técnicas para o treinamento
de esportes competitivos mas também pelo cultivo do caráter.Adicionando
novos aspectos ao seu conhecimento do tradicional ju-jitsu o professor
Kano fundou o Instituto Kodokan,com a educação física,
a competição e o treinamento moral como seus objetivos.
Com o estabelecimento do dojô Kodokan, em 1882, e com 9 alunos,
Jigoro Kano começou seus ensinamentos do judô. O texto do
estudioso japonês Yoshizo Matsumoto mostra os conceitos iniciais
deste esporte e os seus objetivos.
Fundação do Instituto Kodokan.
O prof. Kano estabeleceu o Instituto Kodokan em 1882, época
em que o dojô (local de treino) tinha apenas 12 tatamis e o número
de alunos era nove. O ju-jitsu foi substituído pelo judô pela
razão de que enquanto "jitsu" significa técnica o "do" significa
caminho, este último podendo ter dois significados: o de um caminho
em que você anda e passa e o de uma maneira de viver.
Como meio de ensino, no Kodokan, Jigoro Kano adotou o randori, kata
e métodos catequéticos, adicionando educação
física ao treinamento intelectual e à cultura moral. A harmonia
desses três aspectos de educação constituem a educação
ideal pela qual o judô será ensinado.
Ao redor do ano 20 da era Meiji (1887), o judô tinha dominado
o ju-jitsu, que foi varrido de vários países. O princípio
do "JU", do judô, passou a significar o mesmo que na frase "gentileza
é mais importante que obstinação".
Assim a teoria do "JU", que é gentileza, suavidade, pretende
utilizar a força do oponente sem agir contra ela, podendo ser aplicada
não somente na competição mas também aos aspectos
humanos.
Boa cultivação e uso da energia
O prof. Kano disse em 1910 que a teoria da cultivação
da energia tratava de adotar um método para melhorar a habilidade
mental e física pelo armazenamento de ambas quanto for possível.
Ele disse que o seu bom uso é cultivar e usar a energia humana para
o bem e que a teoria pode ser adquirí-la através do treinamento
de judô, podendo ainda ser ampliada para todos os aspectos da vida.
Antes de se expandir, o conceito de judô do professor veio a formar
dois grandes guias: o melhor uso da energia individual e o bem estar mútuo.
Com estes princípios o judô expandiu-se no próprio
Japão e no exterior. Com esta base, o prof. Kano deixou como ensinamento
que através do treinamento a pessoa deve se disciplinar, cultivar
o seu corpo e espírito através das técnicas de ataque
e defesa, fazendo engrandecer a essência do caminho.
O melhor uso da energia e o bem estar mútuo são uma versão
Prof. Jigoro Kano - 1910
resumida dos ensinamentos de Jigoro Kano, que definiu como objetivo
último do judô construir a perfeição de uma
pessoa e beneficiar o mundo.
A CHEGADA DO JUDÔ NO BRASIL
Em 1904, Koma ao lado de Sanshiro Satake, saiu do Japão. Seguiram
então para os Estados Unidos, México, Cuba, Honduras, Costa
Rica, Panamá, Colômbia, Equador, Peru (onde conheceram Laku,
mestre em ju-jitsu que dava aulas para a polícia peruana), Chile,
onde mantiveram contato com outro lutador, (Okura), Argentina (foram apresentados
a Shimitsu) e Uruguai. Ao lado da troupe que a eles se juntou nos países
sul-americanos, Koma exibiu-se pela primeira vez no Brasil em Porto Alegre.
Seguiram depois para o Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Recife,
São Luís, Belém (em outubro de 1915) e finalmente
Manaus, no dia 18 de dezembro do mesmo ano. A passagem pelas cidades brasileiras
foi marcada apenas por rápidas apresentações. Por
sua elegância e semblante sempre triste, Mitsuyo Maeda ganhou o apelido
de Conde Koma durante o período que ficou no México.A primeira
apresentação do grupo japonês em Manaus, intermediado
pelo empresário Otávio Pires Júnior, em 20 de dezembro
de 1915, aconteceu no teatro Politeama. Foram apresentadas técnicas
de torções, defesas de agarrões, chaves de articulação,
demonstração com armas japonesas e desafio ao público.
Com o sucesso dos espetáculos, os desafios contra os membros da
equipe multiplicaram.
Entre os desafiantes, boxeadores como Adolfo Corbiniano, de Barbados,
e lutadores de luta livre romana como o árabe Nagib Asef e Severino
Sales. Na época Manaus vivia o "boom" da borracha e com isso as
lutas eram recheadas de apostas milionárias, feitas pelos barões
dos seringais. De 4 a 8 de janeiro de 1916, foi realizado o primeiro Campeonato
de Ju-jitsu amazonense. O campeão geral foi Satake. Conde Koma não
lutou desta vez, ficando apenas com a organização do evento.
No dia seguinte (09/01/1916), o Conde, ao lado de Okura e Shimitsu, embarcou
para Liverpool, na Inglaterra, onde permaneceram até 1917. Enquanto
a dupla permaneceu no Reino Unido, Satake e Laku seguiram lecionando ju-jitsu
japonês aos amazonenses no Atlético Rio Negro. E os mestres
orientais continuaram vencendo combates a que eram desafiados. Até
que em novembro de 1916, o lutador italiano Alfredi Leconti, empresariado
por Gastão Gracie, então sócio no American Circus
com os Irmãos Queirollo, chegou a Manaus para mais um desafio. Satake
que estava adoentado cedeu seu lugar para Laku, sendo este derrotado por
Leconti. Sataki, em recuperação, seria o próximo adversário
do italiano, mas devido a brigas geradas por ocasião do combate
entre Laku e o desafiante, o delegado Bráulio Pinto resolve proibir
outras lutas na capital amazonense.
A VOLTA AO BRASIL
Em 1917, de volta ao Brasil, mais especificamente em Belém, e
tendo ao lado sua companheira, a inglesa May Iris Maeda, Conde Koma ingressa
no American Circus onde conhece finalmente Gatão Gracie. Em novembro
de 1919, o Conde retorna a Manaus, agora na condição de desafiante
de seu amigo Satake. Foi então que aconteceu a única derrota
de Koma em toda sua carreira. Na biografia anterior diziam que ele nunca
havia sido derrotado. Então ele volta para Belém e em 1920,
já com a crise da borracha, é desfeito o American Circus.
Com isso, Mitsuo Maeda embarca novamente para a Inglaterra. Em 1922, regressa
como agente de imigração, trabalhando pela Companhia Industrial
Amazonense e começa a ensinar judô aos belenenses na Vila
Bolonha. No mesmo ano, seu ex-companheiro Satake embarca para a Europa
e nunca mais se tem notícias do grande mestre.Conde Koma continuou
em Belém, falecendo em julho de 1941. Carlos e Hélio Gracie,
filhos de Gastão seguiram atuando no ju-jitsu, modalidade que aprenderam
com Koma no circo do pai. Isso, depois que a arte marcial já estava
definitivamente implantada em Manaus pelos membros da troupe de Koma, principalmente
Sanshiro "Barriga Preta" Satake.
ORDEM DAS FAIXAS
Branca
Cinza
Azul
Amarela
Laranja
Verde
Roxa
Marrom
Preta
Vermelha
e branca
Vermelha
NUMERAÇÃO
USADA NO JUDÔ
01 - ITI |
11 - DYU-ITI |
02 - NI |
12 - DYU-NI |
03 - SAN |
13 - DYU-SAN |
04 - SHI |
14 - DYU-SHI |
05 - GÔ |
15 - DYU-GÔ |
06 - ROKU |
16 - DYU-ROKU |
07 - HITI |
17 - DYU-HITI |
08 - HATI |
18 - DYU-HATI |
09 - KYU |
19 - DYU-KYU |
10 - DYU |
20 - NY-DYU |
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