PALINOLOGIA E MICROPALEONTOLOGIA

Palinologia

A palavra Palinologia foi empregada por Hyde & Williams em 1944 para designar o estudo morfológico dos grãos de pólen e esporos, suas aplicações e modo de dispersão. Hoje a Palinologia estuda a matéria orgânica microscópica que persiste após a dissolução por HCl e HF dos componentes inorgânicos de uma rocha. O material que resta, excetuando-se minerais neoformados durante o processo de dissolução, compreende os chamados palinomorfos.

Os palinomorfos são constituídos de:

·        esporomorfos: grãos de pólen e esporos de briófitas, pteridófitas, gimnospermas, angiospermas e fungos

·        fitoptâncton: cistos de dinoflagelados; prasinófitas (grupo de algas verdes); acritarcas; fitoclastos (cutículas, tecidos lenhosos, opacos, matéria orgânica amorfa, etc.) e outros grupos microscópicos (cianobactérias, chlorococcales, rhodophytas).

·        zoomorfos: escolecodontes, quitinozoários e até alguns restos quitinosos de foraminíferos.

Amostragem

Por constituir um grupo de elementos microscópicos e de dimensões reduzidas (entre 0,002-2mm), estão geralmente associados a rochas pelíticas, de granulometria fina, correspondentes a argilitos e siltitos ou, menos comumente, a arenitos muito finos e rochas como diamictitos. Rochas de cores escuras, pouco oxidadas, são mais promissoras à boa preservação.

A maior utilização dos palinomorfos nas Geociências tem sido para fins correlação de camadas e datação. Existem inúmeros esquemas de zoneamento bioestratigráfico, baseados em esporomorfos, acritarcas, dinoflagelados ou quitinozoários, porque muitos destes organismos têm distribuição estratigráfica restrita, propiciando a identificação de fósseis índices e de zonas bioestratigráficas e permitindo a datação e a correlação de camadas.