“Tommy” que ficou em curta temporada no Olympia,é a versão da Brodway para o clássico do composto por Peter Townshend. Acabei de assisti e estou maravilhado até agora. Desde a primeira vez que eu ouvi da montagem em Nova York fiquei morrendo de vontade de assistir. Mal pude acreditar quando disseram que iria passar no Brasil, apesar de eu não gostar muito de musicais. Na verdade eu estava mais é procurando um consolo por nunca ter conseguido assistir o filme de Ken Russel, que saiu em vídeo pela Polygram, mas é uma verdadeira raridade. Estava esperando por efeitos gigantescos, que não foram muito como eu pensava, mas acabou sendo mais impressionante. A cenografia repleta de projeções é alucinante, me deixou morrendo de vontade de ver mais shows deste estilo. Meu maior temor era que fossem “suavizar” a música do The Who. Mas a banda superou minha expectativa com uma música muito vibrante. A única coisa que me encanou foram os vocais, que achei muito teatrais e “operísticos”, mas afinal de contas, “Tommy” é o que mesmo? A coreografia deve ser muito boa. Eu falo deve porque eu não curto muito este monte de figurante dançando, mas para ser tocado pelo gênio de Townshend, aturo qualquer coisa. A música é tão forte que no momentos mais conhecidos, como “Pinball Wizard”, nem é aplicado muito recursos cênicos. A peça veio confirmar a impressão do disco. O clímax é “I’m Free”, quando Tommy se cura, e tudo que vem depois é quase desnecessário se comparado com o começo. Surpreendentemente, o Olympia não estava lotado. Parece que o pessoal não confia muito nos espetáculos da Broduway trazidos ao Brasil (talvez pela farsa do “Fantasma da Ópera), e vai acabar que muitos mais paulistanos assistiram ao “Tommy” em N.Y. do que em São Paulo. É uma pena. “Tommy” é maravilhoso e merece ser conferido.
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