Gênero: Drama País: EUA Ano Produção: 1995 Duração: 122 min.Diretor: Tim Robbins Elenco: Susan Sarandon ........ Sister Helen Prejean Sean Penn ................. Matthew Poncelet Robert Prosky ................. Hilton Barber Raymond J. Barry .............. Mr. Delacroix R. Lee Ermey .................... Clyde Percy Celia Weston ................ Mary Beth Percy Lois Smith ................... Helen's Mother Scott Wilson ................ Chaplain Farley Roberta Maxwell ............ Lucille Poncelet Margo Martindale ............. Sister Colleen Roteiro: Tim Robbins (baseado no livro de Helen Prejean) Fotografia: Roger Deakins Música: David Robbins Bruce Springsteen Cenografia: Richard Hoover Figurinos: Renee Ehrlich Kalfus Edição: Lisa Zeno Churgin Produção: Gramercy Pictures
"Os Últimos Passos de Um Homem" me emocionou muito. Em muitas cenas é difícil segurar as lágrimas, e o que mais estranho, é que as cenas mais tocan- tes você se emociona com a vida de um assassino, estuprador e nazista. O con- denado, vivido brilhantemente por Sean Penn, é realmente uma figura repulsiva, nada justifica a monstruosidade que ele cometeu,mas a crueldade de uma pena de morte humaniza qualquer monstro, e nos mostra que tudo é humano. O filme é notoriamente contra a pena de morte, baseado em fatos verídicos da freira vi- vida pela excepcional Susan Sarandon. Mas não é propaganda. Fornece um pano- rama complexo de uma tragédia. O lado das família das vítimas é mostrado com uma forte carga de emoção também. De um lado o rapaz morto com dois tiros na nuca e sua namorada estuprada e morta á facadas por dois cruéis assassinos, e do outro lado um dos assassinos esperando a morte anunciada. Assassinato é uma coisa horrível, seja praticado por um índividuo, ou pelo estado. O mesmo drama que ocorreu as famílias das vítimas, ocorre com a família de um condenado. Com a pena de morte a tragédia apenas se espande. Nos países de primeiro mundo que adotam pena de morte, há um pressuposto que esta evoluiu, os métodos são mais suaves e dignos: injeção letal substitui cadeira elétrica que substituiu en- forcamento... Não se condena a esmo, existe um tempo muito grande entre a condenação e a execução da sentença, é permitido toda uma gama de recursos jurídicos ao condenado para reverter a sentença, tem os últimos pedidos garan- tidos. Mas nada disto diminui a crueldade de uma morte anunciada. A cena que mostra o condenado reunido com a mãe e os irmãos no dia da execução mostra bem isto, um direito que um condenado a morte antes não tinha, mas fica estampado no rosto de todos que este direito é um prolongamento da armagura da morte. E no final quem morre mesmo é os pobres. É difícil ficar impassível diante deste filme sendo você a favor ou contra a pena de morte. Acho muito díficil que alguem que seja fortemente a favor da pena de morte venha mudar de opnião por causa deste filme, porque a intensão não é esta, mas sim a discussão, provocar a confrontação inteligente de opniões. É interessante notar, em diversas parte do filme, ponderações que as pessoas fazem a freira por ela estar consolando um assassino, citando supostos trechos da bíblia favoráveis a pena capital (principalmente passagens do Velho Testamento, onde vigorava o olho por olho), e a freira sempre respondia com outras passagens, dos ensinamentos de Cristo: ame o próximo, perdoe o inimigo. Estas discussões são muito díficeis e lidar com este assunto é muito complicado (sem cair na polêmica artificial e piegui- ce), o filme consegue isto com uma direção eficiente de Tim Robbins, um exce- lente ator que tem feito excelentes filmes como diretor. Este filme não é tão delirante e ritmado como "Bob Roberts" (seu primeiro filme),mas é mais centra- lizado nas situações dramáticas e desenvolvimento do elenco, que dos atores principais aos menores coadjuvantes, está impecável. A Susan Sarandon sempre foi uma excelente atriz e finalmente a academia reconheceu o seu talento. E o Sean Penn continua surpreendendo. Antigamente era um tremendo canastrão, que mesmo quando trabalhava com grandes diretores, como Brian DePalma em "Pecados de Guerra", não funcionava muito bem, mas foi só estrear de maneira brilhante como diretor em "Unidos Pelo Sangue", para depois, em um novo encontro com DePalma em "Pagamento Final" fazer um papel memorável como advogado viciado. Outro ponto alto do filme são as músicas como "Dead Man Walking" do Bruce Springsteen (concorreu ao Oscar) e "Long Road" do Eddie Veeder (Pearl Jam).Cotação Bufo:
Ótimo Cotação IMD:
8,6 em 26/09/96 Cotação Folha:
Bom Links: Movie Clip at People Online Text about film PolyGram http://www.reellife.com/PFE/dead/dead-homepage.html