TOXICIDADE DOS FENÓIS.
O fenol possui elevada toxicidade , deve-se isto também a sua elevada
concentração, sendo a exceção da regra.
Deve ser evitado o uso prolongado ou contínuo. Se por
exemplo, uma formulação se faz necessário em doses
maiores, esta deve ser reconstituída em 10 mL de água destilada
ou dextrose 5% ou ainda, uma solução salina isotônica,
antes de se iniciar a infusão. Em pacientes que fazem
uso de morfina, por um longo período, deve-se fazer um escalonamento
entre morfina utilizando bissulfito de sódio a 0,1% (uma concentração
não tóxica) e morfina sem conservantes, rodiziando-se periodicamente.
TOXICIDADE DOS PARABENOS.
A escolha de um conservante, além da compatibilidade química
com a formulação, também têm de ser compatível
com o paciente ou consumidor. A freqüência de administração
e a concentração potencial ou acumulativa, podem vir a causar
problemas secundários ( ou efeitos cola-terais ), indesejáveis.
Segundo PRISTA ( ibid. v.2 p.1288 1976 ), SABALITSHKA que sugeriu o uso
de parabenos como antimicrobianos em 1.924 e, nestes 72 anos que se passaram,
muito já se acumulou de relatos, publicações e estudos
dos efeitos indesejáveis dos parabenos. SMO-LINSKE,
(ibid. p.275-7. 1.992 ), cita que dos 1.200 pacientes com dermatite, 3%
apresentaram quadros de alergia aos parabenos, dados registrados em 1.972
pelo grupo Norte Americano de dermatite por contato. A dermatite
alérgica por contato é mais fácil de ocorrer em indivíduos
sensíveis expostos a produtos terapêuticos dermatológicos,
do que o uso de cosméticos . A explicação
é devido os produtos farmacológicos são utilizados
em lesões ou queimaduras, ou seja, em pele não íntegra,
danificada, enquanto que os cosméticos, são utilizados em
pele íntegra e normal.
As soluções injetáveis não tiveram melhor sorte,
pessoas que possuem históricos de alergia, podem vir a desenvolver
reações equizematosas tardias, pela administração
sistêmica de parabenos como conservantes em formulações
injetáveis.
Reações cruzadas, também dão grande volume
de material, principalmente em anestésicos, que contenham grupo
ésteres . As reações geralmente são
sérias, promovendo casos de hipersensibilidade, mediadas por imuno
globulinas do tipo ‘E’ ( IGE ), foram documentadas por testes subcutâneos.
Em 63 pacientes alérgicos a benzocaína, 20 tiveram reação
cruzada com parabenos. Há casos de reação
em drogas administradas por via oral também, como xaropes.
Todos os casos de reações alérgicas, são considerados
ínfimos em relação ao bem estar que os parabenos proporcionam.
Embora estejam no topo da linha, o campo de estudo e aplicação
para novos conservantes ( menos tóxicos ) está aberto.
Na tabela 2, temos algumas formulações que utilizam parabenos
como conservantes.
Tabela. Algumas formulações que utilizam parabenos.
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Como podemos observar, os parabenos detêm a grande maioria dos conservantes,
principalmente nos de uso tópico e parenteral.