Psicopatologia: Clínicas de Hoje

 

DAVID CALDERONI  (org.)

 

Via Lettera Editora convida para o

Lançamento do livro nesta sexta-feira, 01/12/06, a partir das 20h,

no Auditório da Faculdade de Saúde Pública - FSP/USP

 

Estas páginas arregimentam cuidadores da vida humana que tomam posição em fronteiras de pensamento da psiquiatria , da terapia ocupacional , da psicanálise e dos estudos espinosanos.

Trabalhando para promover e compartilhar a saúde do corpo e a liberdade da alma , os autores produzem pesquisas ambientadas nas interfaces da epidemiologia, da filosofia , das artes e da crítica social .

Os textos demonstram e oferecem constantes reflexões sobre os fundamentos epistemológicos e históricos de disciplinas voltadas à compreensão e à superação de mal-estares e padecimentos individuais e coletivos .

         Uma transdisciplinaridade autocrítica desenvolve-se assim nas abordagens que chegam às suas mãos , leitor – e é em seu diálogo interior , trabalho de leitura , que as propostas aqui consteladas lançam-se à sua sorte . Pertencerão à ordem do dia ? Se os presentes estudos revelarem-se elementos práticos para enfrentar sofrimentos fundamentais , renascerão efetivamente como Clínicas de Hoje .

 

                                                                                                                             o organizador

O livro será lançado sexta-feira,  dia 01/12/2006, a partir das 20h
na abertura do evento
PSICOPATOLOGIA: CLÍNICA E POLÍTICA
I Ciclo Anual de Conferências e Debates
do CURSO DE PSICOPATOLOGIA E SAÚDE PÚBLICA  FSP / USP

 

no Auditório Paula Souza da Faculdade de Saúde Pública - FSP/USP
Av. Dr. Arnaldo, 715 (esq. com Teodoro Sampaio) - Cerqueira César - SP

 

Clique aqui para informações sobre o lançamento

e sobre a programação do I Ciclo de Conferências e Debates

 

 

 

SÚMULA DO LIVRO

 

       Num feliz encontro de rigor e pluralidade, esta coletânea de idéias e ações amplamente úteis no campo das intervenções diagnósticas e terapêuticas se distingue pela coexistência do notável empenho na busca de fundamentos teórico-práticos de cada um dos ensaios que a compõem e pela abertura dialógica propiciada em suas abordagens singulares.

      

       No primeiro artigo, David Calderoni procura mostrar que a perspectiva científica de Aristóteles está entranhada na estrutura do procedimento diagnóstico contemporâneo. Em contraste a essa postura dominante, ressaltam-se implicações metodológicas e ontológicas da adoção da perspectiva potentemente inovadora posta por Espinosa com seu conceito de singularidade.

 

       E é Laurent Bove que apresenta, justamente através da teoria espinosana dos afetos e paixões, uma reflexão preciosa sobre as condições para que a atividade supere a passividade, propiciando o desenvolvimento de uma existência intelectual e ética estruturada na força do amor de si equilibrado. 

      

        A artista plástica Elisa Bracher transmite desde o seu ateliê-laboratório percursos sensíveis, firmes e eficazes rumo à arquitetura de um tempo-lugar de reconstrução para uma matéria humana mais-que-dolorosa.

      

        André Malbergier, por sua vez, circunscreve a AIDS mediante dados epidemiológicos, psicopatológicos e neurológicos, permitindo a compreensão dos quadrantes psicossociais do uso de drogas injetáveis, das tentativas de suicídio e das reações do paciente quando comunicado da sorologia positiva para o HIV.

       

       Num giro em direção à história da cultura, Noemi Moritz Kon enriquece as clínicas de hoje mostrando como elas estão perpassadas – saibam ou não – pelo diálogo entre literatura e psicanálise. Como paradigma de equilíbrio entre a razão e o que a precede ou supera, a autora convida o clínico a sustentar-se como sujeito da incerteza em prol do alargamento do espaço de autonomia de quem o procura.

      

       Renovando a tradição fenômeno-estrutural, Guilherme Messas exprime sua peculiar perspicácia psicopatológica na consideração da estrutura temporal como determinante fundamental do diagnóstico e da psicofarmacoterapia de um caso de constelação alcoólica.

 

       Tratando de um dispositivo grupal em que a invenção e a intervenção coincidem na interrogação do que pode favorecer o nascimento de uma forma, Paula Francisquetti nos apresenta sua experiência clínica e dramatúrgica com seus pacientes e parceiros de palco.

      

       Nayra Ganhito narra e teoriza sobre a singular história institucional de um sujeito desprovido de passaporte afetivo de inclusão e a prodigiosa reengenharia clínica por ela orquestrada para a reversão desse quadro. 

 

        Instrumentada por Winnicott, Tânia Vaisberg propõe a travessia das agonias impensáveis e do sem-sentido do mundo, apresentando materialidades mediadoras que ampliam efetivamente os recursos de tratamento de pacientes em que grita mais a problemática não neurótica.

        

       Tales Ab´Sáber propõe e expõe uma prática psicanalítica dialética em que, a contrapelo das pautas dominantes, poesia e pensamento, colhidos desde o infantil, não mais se excluem nas relações sociais fundantes do humano.

 

       Solange Tedesco e Flávia Liberman apresentam a terapia ocupacional como uma clínica do investimento do capital de mutualidade que torna as relações humanas relações e humanas, na medida mesma em que possibilitam a observação e a realização de múltiplas formas conjuntas de engendramento entre o fazer e o conhecer.

 

       Desejamos que a experiência de leitura constitua lances no interjogo das práticas clínicas tomadas como práticas da saúde, da liberdade e, vale dizer, da felicidade.

 

 

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