Tubarões x Raias
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Tanto tubarões quanto raias são peixes cartilaginosos, e apresentam muitas características em comum. No entanto, também apresentam algumas diferenças, importantes na identificação destes animais.

Revestimento
O revestimento das raias e dos tubarões, ao contrário do revestimento dos peixes ósseos, não apresenta escamas, mas dentículos dérmicos. Os dentículos são estruturas que lembram pequenos dentes e variam bastante de formato de acordo com a espécie. São os dentículos dérmicos que dão a aspereza característica da pele dos condríctes.

Espiráculo
Grande parte dos condríctes possui uma abertura de tamanho variável, geralmente localizada próximo ao olho, conhecida como espiráculo. Em alguns animais essa abertura auxilia na respiração, sendo indispensável para espécies mais sedentárias. Algumas espécies de raia, por exemplo, passam grande parte de suas vidas semi-enterradas na areia e respirando quase que exclusivamente pelo espiráculo.

Cláspers
Os cláspers são projeções de pele localizadas na parte interna das nadadeiras pélvicas dos machos, usadas na cópula. Há uma grande variação de tamanho e formato, de acordo com a espécie. Em alguns casos, o clásper possui um "espinho" que se abre após a penetração, prendendo a fêmea ao macho até o final da fecundação.

Membrana Nictitante
Alguns tubarões, como o tigre e o branco, têm uma membrana na parte inferior do olho, a membrana nictitante. Essa membrana é usada para proteger os olhos, se fechando quando o tubarão ataca a presa, por exemplo.
As raias não possuem membrana nictitante, mas algumas espécies que vivem no fundo têm uma aba de pele que se extende sobre a pupila, que, embora não seja móvel, funciona como uma proteção contra a luz em águas rasas. Além disso, é provável que essa aba sirva também para ocultar as pupilas, já que estas raias obtém alimento se enterrando na areia e deixando apenas os olhos para fora.






Cação-anjo: tubarão ou raia?