“Ao
anjo da igreja em Esmirna escreve: Isto diz o primeiro e o último, que foi
morto e reviveu: Conheço a tua tribulação e a tua pobreza (mas tu és rico),
e a blasfêmia dos que dizem ser judeus, e não o são, porém são sinagoga de
Satanás. Não temas o que hás de padecer. Eis que o Diabo está para lançar
alguns de vós na prisão, para que sejais provados; e tereis uma tribulação
de dez dias. Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida. Quem tem
ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. O que vencer, de modo algum
sofrerá o dado da segunda morte(Ap. 2:8-11).
“ESMIRNA’’
significa ‘’AMARGURA OU SOFRIMENTO’’. Esta palavra corresponde à substância
MIRRA, que tornou-se símbolo da morte do Senhor (Jo. 19:30). Esta Igreja
representa (na teologia) o período dos anos 100 à 312 D. C., mas também esta
em evidência nos dias atuais, pois
em todas as épocas a Igreja passou e passa por diversos sofrimento e perseguições,
as quais causam grande amargura para o coração. Essa amargura e sofrimento é
expressado na história de Ló, o qual sofreu muito vendo a maldade e impiedade
dos seus contemporâneos; leiamos: “e se livrou ao justo Ló,
atribulado pela vida dissoluta daqueles perversos(porque este justo, habitando
entre eles, por ver e ouvir, afligia todos os dias a sua alma justa com as
injustas obras deles)(II Pe. 2:7).
Ló sofreu muito vendo tanto mal e imoralidades. Angustiava-se, sofria ao
ver tanta falta respeito à pessoa de Deus. É como hoje em nossas próprias
vidas, não dá para suportar tantos absurdos sem chorarmos, lamentarmos e
intercedermos por esses nossos que caminhão terminantemente para o inferno –
esta é a aflição da Igreja de Jesus. Além do nosso sofrimento por ver tanta
corrupção há a angustia de sermos perseguidos pelos nossos semelhantes. Tem
vezes que a perseguição não significa tanto para nós, mas quando ela vem dos
nossos amados a dor é grande e não há como não sofrermos e chorarmos, pois
veja o que diz a Palavra: “Se fôsseis do mundo, o mundo
amaria o que era seu; mas, porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do
mundo, por isso é que o mundo vos odeia. Lembrai-vos da palavra que eu vos
disse: Não é o servo maior do que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também
vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, guardarão também a
vossa. Mas tudo isto vos farão por causa do meu nome, porque não conhecem
aquele que me enviou (Jo. 15:19-20).
No
texto de João o Senhor descreve que o mundo nos odiaria, e isso é fato.
Podemos sentir esse ódio a onde formos; no trabalho, no lar, entre os velhos
amigos, nos pais e até pelos filhos e cônjuge. A opção por Jesus muitas
vezes é dura e difícil. Sentimos martelar em nossas cabeças se realmente isso
vale a pena, se vale tanto desgosto e angustia proveniente daqueles que outrora
nos amavam tanto. É nessa hora que sentimos algo tremendo que vêm sobre nós,
veja: “Pois, que glória é essa, se, quando cometeis pecado
e sois por isso esbofeteados, sofreis com paciência? Mas se, quando fazeis o
bem e sois afligidos, o sofreis com paciência, isso é agradável a Deus.
Porque para isso fostes chamados, porquanto também Cristo padeceu por vós,
deixando-vos exemplo, para que sigais as suas pisadas (I Pe.2:20-21)”. A
Glória de Deus vêm sobre nós nesse momento e sentimos um gozo, uma alegria,
uma paz, um regozijo, algo inexplicável que nos garante: VALE A PENA, VÁ EM
FRENTE, SOU CONTIGO. Queridos meditem no que aconteceu com os apóstolos no período
da Igreja Primitiva: “Retiraram-se pois da presença do sinédrio,
regozijando-se de terem sido julgados dignos de sofrer afronta pelo nome de
Jesus” (At. 5:41). O sinédrio prendeu os apóstolos por terem feito curas e milagres no
nome do Senhor, libertando e dando alegria a muitos. Além de presos apanharam
muito e sofreram fortes ameaças para que se calassem, mas invés disso eles
anunciavam e pregavam mais ainda (At.5:42). E uma alegria transbordava em seus
corações por Deus os acharem dignos de sofrer perseguições pela causa do
evangelho. Que sintamos a mesma alegria do Espírito. Meditemos nos seguintes
versículos:” Por esta razão sofro também estas coisas, mas
não me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que ele
é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia (IITm. 1:12)”. “E
na verdade todos os que querem viver piamente em Cristo Jesus padecerão
perseguições” (IITm. 3:12).
A
REALIDADE DA RESSURREIÇÃO
“Ao
anjo da igreja em Esmirna escreve: Isto diz o primeiro e o último, que foi
morto e reviveu” (Ap. 2:8).
Todo
contexto de fé cristão está relacionado com a ressurreição de Cristo. Sem fé
no fato de Cristo Ter ressurgido de dentre os mortos não há Igreja,
não há esperança de um novo mundo, não há confirmação das
promessas e vatícinios do Velho
Testamento, não há cristianismo verdadeiro. O que sobraria é só filosofia
religiosa e nada mais, mas louvado seja Deus que Jesus Cristo ESTA VIVO E BEM
VIVO. É por isso que Ele se diz o
primeiro e último, que esteve morto e tornou a viver. Essa realidade é
patenteada com os seus milagres, curas, libertações e principalmente a mudança
e transformação do coração humano. O nosso Senhor é diferente dos deuses e
filósofos das nações, ELE VIVE PELOS SÉCULOS DOS SECULOS – AMÉM!!!
O
LIVRAMENTO NA TRIBULAÇÃO
“Conheço
a tua tribulação” (Ap. 2:9)
“Não
temas o que hás de padecer. Eis que o Diabo está para lançar alguns de vós
na prisão, para que sejais provados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê
fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida”(Ap. 2:10).
É notável
que muitas das vezes o nosso Deus não nos livra do fogo ou da cova dos leões,
mas nos livra no fogo e na cova dos leões, foi assim com Daniel e seus três
amigos. No caso da Igreja de Esmirna Deus permitiu uma tribulação de dez dias,
ou seja, Ele determinou um tempo bem curto de permissivo sofrimento, pois
Deus não nos deixa vir lutas e sofrimentos que não possamos suportar(I
Cor. 10:13), mas sempre quando estamos na comunhão do Senhor passamos pelas
agruras da vida sem darmos a eles grande valor. O texto acima deixa-me feliz
verificando que não é toda Igreja que sofreria a citada tribulação, mas
alguns.
TÚ
ÉS POBRE, MAS ÉS RICO
“
...e a tua pobreza, mas tu és rico (Ap. 2:9)
Aqui vemos o
que parece um texto tanto paradoxal. Será que alguém poder ser financeiramente
não abastados e ricos ao mesmo tempo? A referida Igreja não tinha grandes
posses, não desfrutava de recursos financeiros que suprisse totalmente as
necessidades locais, mas fazia o que podia, no seu possível, canalizando todos
os seus recursos para que fosse contínua a obra do Senhor. Deus vendo a dedicação
daquele povo nos mostra o que é verdadeira pobreza e riqueza, declarando que
mesmo sendo eles de poucas posses eram verdadeiramente ricos. Hoje, por exemplo,
a nossa Igreja local dispõe de poucos recursos financeiros, passando por
grandes lutas nessa área. Alguns vendo isso até argumentam que Deus não está
conosco. Certa feita um irmão foi em minha casa e disse-me que eu deveria fazer
outra coisa e não ser pastor, pois ele havia passado na construção de nossa
Igreja e já fazia tempo que estava do mesmo jeito. A palavra daquele irmão
doeu muito, mas prosseguimos na luta e a nossa Igreja já está quase toda
acabada. Graças a Deus que eu continuei e descobri que sou rico, sendo que a
maior riqueza de um homem é a sua fé persistente naquilo para que Deus o
chamou. Você que lê essa apostila saiba que não importa o tamanho da denominação
ou quanto ela possui, mas sim, se no que ela possui está sendo fiel. Leiamos:
“Meu
Deus suprirá todas as vossas necessidades segundo as suas riquezas na glória
em Cristo Jesus (Fl. 4:19)”. “pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus
Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que pela sua
pobreza fôsseis enriquecidos (II Cor.
8:9).
OS
JUDEUS
“...e
a blasfêmia dos que dizem ser judeus, e não o são, porém são sinagoga de
Satanás” (Ap. 2:9).
A
pergunta nesse texto é “QUEM SÃO ESSES JUDEUS?’’ Cremos que não sejam
simplesmente o povo da judéia ou os da raiz de Judá, mas sim uma classe de
pessoas religiosas e legalistas. Esses estão sempre no meio da Igreja tentando
de alguma maneira atrapalhar a liberdade que
nos é concedida na graça de Deus. Os tais estão sempre inventando alguma
doutrina para tirar a paz e o sossego do irmãos, jogando uns contra os outros.
Vemos claramente esses judeus atuando
nos dias de hoje, os seus dizeres são mais ou menos assim: “Jesus já nos
libertou com seu sacrifício na cruz, mas se você continuar desobedecendo o Sábado
e comendo carne de porco vai ser destruído”; “ Você minha irmã se
continuar aparando as pontas do cabelo vai acabar indo para o inferno”;
“Jesus nos deu poder, mas você tem que espalhar sal grosso pela sua casa se não
o demônio não vai embora”; Essas e muito mais estão sendo espalhadas por
ai, colocando julgo sobre as pessoas, impedindo-as de serem felizes na Graça do
Senhor. Leiamos: “Se morrestes com Cristo quanto aos rudimentos do
mundo, por que vos sujeitais ainda a ordenanças, como se vivêsseis no mundo,
tais como: não toques, não proves, não manuseies (as quais coisas todas hão
de perecer pelo uso), segundo os preceitos e doutrinas dos homens? As quais têm,
na verdade, alguma aparência de sabedoria em culto voluntário, humildade
fingida, e severidade para com o corpo, mas não têm valor algum no combate
contra a satisfação da carne (Cl. 2:20-23).
O Senhor declara que esses legalistas são da sinagoga de satanás
e nos orienta a ficar longe deles. A declaração “Sinagoga de satanás” é
dita pelo fato do desprezo que esses legalistas demonstram pela Graça (favor
imerecido vindo da parte de Deus), jogando-a . Sabemos que a obra da cruz é a
maior obra já realizada em favor do homem, sendo que o mesmo já não precisa
fazer mais nada para ser salvo, só aceitar o que já está feito – ALELUIA!!!
“Porque
pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de
Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Ef.2:8-9).
FIEL
ATÉ A MORTE
“Sê
fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida. Quem tem ouvidos, ouça o que o
Espírito diz às igrejas. O que vencer, de modo algum sofrerá o dado da
segunda morte” (Ap.2:10-11).
Essa frase
“Fiel até a morte” não significa, somente, ser fiel até morrer, mas fiel
mesmo que tenha que dar a vida e morrer pela fé cristã. Quando perguntam-me
sobre a salvação sempre respondo: “MORRA COM ESSA VERDADE E MORRA POR ESSA
VERDADE”. O que é realmente triste não é a morte física e sim a morte
eterna. É o que vai acontecer com aqueles que desprezam a graça e amor de
Deus. Gostaria que você que lê está literatura sinta esse drama e sofra, ore,
interceda por aqueles que não conhecem a Deus e sua graça. A função
primordial da Igreja é levar essa GRAÇA aos que não conhecem, mesmo que para
isso tenhamos que sofrer(Esmirna).
Fale
Conosco:
