![]() |
|||
![]() |
PERÍODO
INTERBÍBLICO
Entre as profecias de Malaquias e João Batista se estende um período de 400 anos, ou seja, entre as palavra de Malaquias: "Eis que eu envio o meu anjo, que preparará o caminho diante de mim: e de repente virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais...", e as palavras de João Batista: "E naqueles dias apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia, e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus". Neste período há um profundo silêncio divino de 400 anos, sem uma voz profética.
1. Razões históricas - Explicam o fundo histórico do Novo Testamento; 2. Razões culturais - Explicam a origem e desenvolvimento dos costumes,instituições e vida religiosa do povo judaico do período do Novo Testamento; 3. Razão Messiânica - Demonstra como Deus preparou o mundo para oadvento. II. AS DIVISÕES DO PERÍODO INTERBÍBLICO. 1. Período Persa 536-331AC 2. Período Grego 331-167AC a) Período Grego próprio 331-323AC 3. Período Macabeus 167-63AC 4. Período Romano 63-5AC
III. O FIM DO PERÍODO DO ANTIGO TESTAMENTO E O INÍCIO DO PERÍODO PERSA.
Já em 597 AC. Nabucodonosor tinha colocado fim ao Estado judaico onde o rei Joaquim e os principais tinham sido levados cativos 2Rs. 24:10-17. Nabucodonosor nomeou Matanias, em lugar de Joaquim, seu tio, e lhe mudou o nome para Zedequias. Judéia ficou como um reino tributário. Em 590 Zedequias tenta aliar-se ao Egito, mas Nabucodonosor novamente sitia a cidade até ser tomada totalmente e ser destruída, e o seu templo profanado (Jr:39:4-10). IV. AS RESTAURAÇÕES A queda da Babilonia deu-se aproximadamente em 538 AC. Ciro rei da Pérsia tomou-a por meio do estratagema de afastar as aguas do Eufrates que passavam pela cidade. Ciro publicou um decreto (536AC) que autorizava os judeus voltarem a sua pátria com os despojos do seu templo e a sua reconstrução seria financiada pelo tesouro real (Ed:6:1-5). Nesta primeira leva nem todos voltaram, alguns preferiram ficar com os seus negócios. Cerca de 50.000 exilados voltaram, principalmente das tribos de Judá, Benjamim e Leví sob a direção de Zorobabel. Começaram com a reconstrução do templo e o povo que tinha ficado na terra fez oposição para retardar a reconstrução (Ed:1:3,5-11 e 4:1-5). Nada mais se fez durante quase 20 anos embora que tiveram prosperidade (Ag:1-4). Sob a pregação de Ageu e Zacarias (Ed:5:1-2) a obra foi recomeçada, havendo oposição mas os judeus apelaram para Dario Ed:6:1-15 ficando pronto em 516 AC. Há um período de quase 60 anos onde a história se conserva em silêncio a respeito do estado dos judeus na Palestina. Em 495 AC (Ed:7:7) uma nova migração deixou a Babilônia sob a direção de Esdras, esta segunda leva foi absorvida pelo povo e nada aportou. Em 446 AC (Ne:2:1) Neemias dirige-se ao rei ao ser informado da situação das muralhas de Jerusalém(parece ter sido uma recente devastação e não algo que ocorreu a um século meio antes) 1. A participação de Neemias: a) Em menos de dois meses foram feitas as reparações e as muralhas da cidade levantadas (Ne:6:15-16) b) Promoveu também reformas econômicas e sociais (Ne:5:1-12) c) Foi renovado o conhecimento da lei sob a direção do escriba Esdras, que leu e interpretou as Escrituras (Ne:8:2,7,8; 8:9,13-18) d) Fazia aplicação rigorosa dos princípios da Lei. O culto do templo foirenovado e as contribuições para o sustento foram exigidas. Os casamentos mistos proibidos (Ne:10:30), a quebra do sábado condenada (10:31) e foi estabelecida a administração regular dos dízimos (Ne:12:44). e) Estas reformas deixaram efeitos perduráveis até o tempos dos Macabeus, criando um povo fiel a Deus que resistiu ao paganismo. f) Dois aspectos da vida judaica desapareceram durante o período persa e grego: a monarquia e a função profética. As pretensões de independência foram centralizadas no sacerdócio e a função profética findou com Malaquias. V. CARACTERÍSTICAS DO PERÍODO PERSA.
A forma sacerdotal do governo judeu foi respeitada e sumo sacerdote recebeu ainda maior poder civil além de seus ofícios religiosos, embora tivesse de, naturalmente, prestar contas ao governador persa da Síria. Em 2Reis 17:24-4, lemos que bem antes, em 721 AC, depois destruir o reino das dez tribos de Israel e dispersar os israelitas através das cidades dos medos, o rei da Assíria repovoou as cidades de Israel com um povo misto que veio a ser chamado de “samaritanos”, seu território sendo conhecido como Samária, o nome da cidade principal, ex-capital de Israel. VI. O PERÍODO GREGO
O idioma grego se tornou a língua franca, foi a língua que foi usada no comércio e na diplomacia. Ao se aproximar a época do Novo Testamento, o grego era a língua comumente falada nas ruas de Roma, onde o proletariado indígena falava latim, mas onde os escravos libertos falavam gregos. Alexandre o Grande fundou setenta cidades moldando-as ao estilo grego. Ele e os seus soldados se casaram com mulheres orientais misturando as culturas grega e oriental. Com a morte de Alexandre o império se divide em quatro partes, governadas pelos quatro generais de Alexandre (Ptolomeu, Lisímaco, Cassandro e Seleno, Cf. Dn:8:21-22). As partes que influenciam o pano de fundo do Nono Testamento são: Ptolomeu( os Ptolomeus) e Seleno ou Seleuco (os Seleucidas). O primeiro centralizava-se no Egito, tendo Alexandria como capital. Os seleucidas tinham por centro a Síria e Antioquia era a sua capital. Espremida entre o Egito e a Síria, a Palestina tornou-se vítima da rivalidade destes dois.
No começo dominaram a Palestina durante 122 anos (320-198). Os judeus gozaram de uma boa condição de vida. O sumo sacerdote era o governador e aplicava as leis. O templo era o centro da vida nacional, a festa da Páscoa, das Semanas e dos Tabernáculos eram realizadas no próprio templo. Mantinha-se o estudo da lei e durante este período a interpretação da mesma se desenvolveu com pormenores. Foi sob o reinado de Ptolomeu Filadelfo que se realizou a versão do Antigo Testamento para o grego. Esta ficou conhecida como Setuaginta (LXX). A obra foi realizada no Egito (Alexandria), onde setenta e dois eruditos fizeram esta tradução. Apesar das vantagens do povo judeu, este era um povo relativamente pobre, pagava um imposto baixo, pois as guerras constantes tinham empobrecido a terra. VIII. A PALESTINA SOB O DOMÍNIO DOS SELEUCIDAS (PERÍODO SÍRIO) Houve constantes lutas até que a Palestina caiu sob o domínio da Síria, mas o que mais importa para compreensão do Novo Testamento é a figura de Antíoco Epifanio (176-164) e os seus atos. O seu nome significa “deus manifesto”. Quando o rei anterior à Antíoco IV, chamado Antíoco III tinha derrotado os egípcios (Ptolomeus), já os judeus estavam divididos em duas facões: A casa de Onias (Pró-Egito) e a casa de Tobias (Pró-Siria). Quando subiu Antíoco IV, rei da Siria, substituiu o sumo sacerdote judeu Onias III, pelo irmão deste Jasom, helenizante, o qual planejava transformar Jerusalém em uma cidade grega. Foi erigido um ginásio com pista de corrida. Ali se praticavam corridas despidos, à moda grega, isto era um ultraje para os judeus piedosos. As competições eram inauguradas com invocações feitas as divindades pagãs, participando até sacerdotes judeus. A helenização incluía a freqüência aos teatros gregos, vestes aos estilo grego, a cirugia que removia a marcas da circuncisão e a mudança de nomes hebreus por gregos. Os que se opunham a esta paganização eram os “hasidim”ou “os piedosos”, a grosso modo seriam os puritanos. Jasom o sacerdote helenizante foi substituído por outro judeu helenizante que parece não ter pertencido a uma familia sacerdotal, este pagou um tributo mais elevado (simonia), o nome deste era Melenau. Antíoco tenta anexar o Egito ao seu dominio mas termina falhando. Isto chega aos ouvidos de Jasom de que Antíoco era morto. Jasom retornou a Jerusalém retirou Melenau do controle da cidade. Antíoco na sua volta interpretou isto como uma revolta de Jasom e enviou seus soldados a reintegrarem Melenau e saquearam a cidade e o templo de Jerusalém e passaram ao fio de espada os seus habitantes. Dois anos mais tarde (168 AC), Antíoco enviou seu general Apolonio com um exército de 22 mil homens para coletar tributo, tornar ilegal o judaísmo e estabelecer o paganismo à força e assim consolidar o seu império e refazer o seu tesouro. Os soldados saquearam Jerusalém, incendiaram a cidade, os homens mortos e as mulheres escravizadas. Novas leis e Proibições: Ofensa capital é circuncidar-se;
proibido observar o sábado; celebrar festas judaicas, possuir copias
do Antigo Testamento. Os sacrifícios pagãos tornaram-se
compulsórios. Foi eregido um altar consagrado a Zeus, possivelmente
no templo. Foram sacrificados animais imundos no altar e a prostituição
sagrada passou a ser praticada no templo de Jerusalém. IX. A REVOLTA DOS MACABEUS Neste período houve em torno de oito guerras. Judas Macabeus morreu na sétima luta sendo sucedido por Jônatas o quinto mais jovem filho de Matatias. A revolta começou com Matatias, sacerdote de Modim (167). Após a sua morte seu filho Judas (166-161) continuou a luta com seis mil homens. Quando Antíoco mandou sessenta mil homens para subjugá-lo, Judas mandou os temerosos para a casa. Com três mil homens derrotaram os sírios. Em seguida Judas entrou em Jerusalém e reedificou o templo (25 de dezembro de 166 AC). A festa da dedicação foi instituida no ano 164 (Cf.Jo:10:22). O significado da opressão siria e a revolta dos macabeus: restaurou a nação da decadência política e religiosa. Criou um espírito nacionalista, uniu a nação e suscitou virilidade. Deu um novo impulso ao judaísmo, isto pode ser percebido na purificação moral e espiritual do povo; na onda da literatura apocalíptica e numa nova e intensa esperança messiânica. Intensificou-se o desenvolvimento dos dois movimentos que se tornaram os fariseus e os saduceus. Os primeiros surgiram do grupo purista e nacionalista e os saduceus surgiram do grupo que se aliou com os helenistas. Houve um ímpeto maior da diáspora onde muitos judeus queriam
ausentar-se durante as perseguições de Antíoco. X. O Período Romano. O General Pompeu subjuga a Palestina (63AC) e o período do Novo Testamento fica sob o domínio do Império Romano. Imperadores ligados às narrações do Novo Testamento: Augusto (27AC-14DC), sob quem ocorreram o nascimento de Cristo, o recenseamento e os primórdios do culto ao Imperador. Tibério (14-37DC), ministério e morte de Jesus. Calígula (37-41DC) exigiu que lhe prestassem culto e ordenou que sua estátua fosse colocada no templo de Jerusalém, mas veio a falecer antes que sua ordem fosse cumprida. Cláudio (41-54DC), expulsou de Roma os residentes judeus por distúrbios civis, entre os quais estavam Aquila e Priscila. Nero (54-68DC) perseguiu os cristãos, embora provavelmente nas cercanias de Roma, e sob quem Pedro e Paulo foram martirizados. Vespasiano(69-79DC), ainda general romano começou a esmagar uma revolta dos judeus, tornou-se imperador e deixou o restante da tarefa ao seu filho Tito, numa campanha que atingiu o seu clímax com a destruição de Jerusalém e seu templo, em 70DC. Domiciano(81-96DC), cuja perseguição contra a Igreja provavelmente serviu de pano-de-fundo para a escrita o Apocalipse, como encorajamento para os cristãos oprimidos.
Os romanos permitiam a existência de governantes nativos vassalos de Roma, na Palestina. Um deles foi Herodes o Grande, que governou o pais sob os romanos de 37-4AC. O senado aprovou o oficio real de Herodes, mas ele foi forçado a obter o controle da Palestina mediante o poder das armas. 1. A Dinastia de Herodes a) Arquelau tornou-se etnarca da Judéia , Samária e Idumeia b) Herodes Filipe, tetrarca da Itúreia, Traconites, Gaulanites,
Auranites e d) Herodes Antipas, tetrarca da Galiléia e Pereia e) Herodes Agripa I, neto de Herodes o Grande, executou Tiago e também g) Herodes Agripa II, bisneto de Herodes o Grande, ouviu Paulo em sua Antecedentes na vida de Herodes: mostrou grande zelo no seu governo, erradicando os bandidos que tinham infiltrado a Galiléia. Os primeiros 12 anos (37-25AC) foram gastos na luta pelo poder. Os segundo doze anos (25-13AC) foram os seus melhores anos. Os últimos nove anos (13-4AC) se caracterizaram pela crueldade e amargura. Os sucessos de Herodes: usou de muito mais tato na sua tentativa de helenizar os judeus, que Antíoco Epifanio. Com espetáculos, jogos, etc. ganhou a lealdade dos jovens que se tornaram herodianos. Aumentou a fortaleza de Jerusalém denominada “Antonia”(At:21:34). Edificou a Cesaréia (At:10:1); 23:23-24). Reconstruiu o templo de Zorobabel, cuidando de não ofender os judeus. Começou em 20AC. completando o santuário em 18 meses e o templo todo só em 64 DC) (Cf.Jo:2:20 XII. O Surgimento da Sinagogas. Vd. Baxter, pgs.36-40
A sinagoga era dividida em duas partes. Numa parte ficava a arca com o livro da lei. Diante desta seção estava o lugar para os adoradores. No centro do auditório ficava o palco onde o leitor lia as Escrituras em pé e sentava-se para ensinar. Assentos foram colocados em volta do palco - os homens dum lado e as mulheres do outro. Os líderes principais da sinagoga eram: o chefe da sinagoga com poderes de excomungação, superintendência dos cultos e presidência sobre o colégio dos anciãos. O Shaliach que oficiou nos cultos lendo as orações e a Lei. O Chazzan que cuidou da sinagoga como zelador, abriu as portas, preparou a sala e auditório, manteve a ordem e açoitou os condenados. O Methurgeman ou Targoman que traduziu as escrituras lidas em hebraico para o aramaico. Daí surgiram os Targuns. O Blatanim eram dez homens que assistiram todas as reuniões da congregação e levantaram as esmolas. O Culto na sinagoga: Oração e o hino (incluindo o Shema, Dt:6:4-9) sem instrumentos. O Chazzan trazia a lei da arca. O Shaliach se levantava e lia a porção marcada num ciclo já previsto. O Methurgoman ou Targoman traduzia o trecho para o aramaico. Em seguida havia a palavra de exortação dum ançião sentado. A lei novamente era levada para a arca e orações eram feitas. |
Primeira Igreja Batista do
Sétimo Dia de Joinville O Novo site da PIB7Joinville está hospedado com a Focalizar.com.br |