I - INTRODUÇÃO
Uma das últimas recomendações do nosso Mestre
é que deveríamos pregar o evangelho, fazer discípulos
ensinando-os a guardar tudo quanto Ele ensinou (Mateus 28:19,20).
A pregação é o anúncio da Palavra de Deus.
Pregar significa proclamar, anunciar, exortar.
Pregar a Palavra de Deus é um privilégio e um desafio.
Em tese todos podem pregar. Mas há os que pregam bem e os que
pregam mal. O objetivo desta apostila é fornecer subsídios
para que você possa pregar cada vez melhor. Gosto de comparar
o pregador com um marceneiro: Se você der a um marceneiro martelo,
pregos, a madeira e um serrote e lhe pedir para fazer um banco, ele
fará. Agora se você der ao marceneiro a madeira e todas
as ferramentas, o banco com certeza será muito melhor.
Algo deve ficar bem claro no tocante a pregação da Palavra
de Deus: A unção do Espírito Santo é o
essencial, as regras da homilética são as ferramentas.
A eficácia de nossos sermões depende de alguns fatores
importantes, são eles:
• A Dependência de Deus, afinal pregamos em nome dEle
e por isso dependemos dEle para que preguemos a Sua palavra e não
a nossa;
• O que dizemos, os sermões devem ter conteúdo
bíblico relacionado com a vida dos ouvintes. Se não
tiver isto nada temos de valor a comunicar. Falar apenas para preencher
o tempo, é perder tempo;
• Como dizemos, Se tivermos conteúdo e não tivermos
uma entrega perita, não transmitiremos nosso conteúdo
para a congregação.
Para facilitar o estudo dividimos esta apostila em duas partes. A
primeira trará um pequeno estudo sobre a oratória. Nada
muito profundo, apenas alguns conceitos básicos e algumas dicas
que julgamos importantes. A segunda parte versará sobre a homilética
propriamente dita. Colocamos um anexo, com algumas ilustrações
interessantes (Caso você queira obter mais ilustrações,
escreva para nós que dispomos de uma coletânea com 60
páginas de ilustrações).
No final de cada capítulo você encontrará as questões
para revisão, que deverão ser preenchidas e enviadas
para correção no seguinte endereço:
TIME - Treinamento Ministerial por Extensão
Disciplina Homilética
Avenida Comendador Franco, 4772 – Uberaba – Caixa Postal
565
CEP 81530-440 – CURITIBA / PR
A nossa oração é que Deus capacite cada vez mais
os seus servos para que possam pregar com poder, levando o evangelho
a toda a criatura.
“Quando quiserem pregar, falem com Deus e digam: ‘Senhor,
meu Deus, quero pregar para a tua glória, quero falar de
ti, louvar-te, exaltar o teu nome, embora não saiba fazê-lo
tão bem quanto gostaria!’ “
Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia
as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que
faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu
Deus reina!”
(Isaías 52:7)
II. NOÇÕES DE ORATÓRIA
Falar em público não é nenhum mistério.
Basta abrir a boca e ter alguém ouvindo. Embora o medo do
púlpito seja o maior responsável pela repulsa em falar,
não se deve usá-lo como desculpa para ficar sentado
na platéia de braços cruzados, quando se deveria estar
lá na frente, falando.
A escritora Eleanor Roosevelt disse certa vez: “Acredito que
qualquer um possa vencer o medo fazendo as coisas que teme fazer,
contanto que as continue fazendo até montar um arquivo de
experiências bem-sucedidas”.
Na ordem da relevância, os ingredientes que compõem
um sermão são o pensamento, a disposição,
a linguagem, a voz e os gestos. Na hora da entrega de nossas prédicas
a voz, a linguagem e os gestos são fatores determinantes.
2.1 - O medo de falar em público.
Você tem medo de falar em público? Não se preocupe.
Veja esta pesquisa publicada pelo jornal Folha de São Paulo
de 13/05/96, em uma pesquisa realizada na Inglaterra foram obtidos
os seguintes resultados: 47% dos empresários ingleses declarou
ter mais medo de falar em público do que morrer (18%).
A quem sua frio, fica com a boca seca e o estômago embrulhado
à simples idéia de falar em público. Talvez
sirva de consolo saber que esses sintomas são comuns a 85%
dos mortais. A informação vem de uma autoridade: Michael
T. Motley, catedrático do departamento de retórica
e comunicação da Universidade da Califórnia,
Davis. Ele acha a ansiedade natural." Em qualquer situação,
o temor da avaliação ou a insegurança sobre
como agir desperta ansiedade", pondera em Psychology Today.
2.2 - Dicas para driblar o medo de falar
Vejamos algumas dicas interessantes dadas por Reinaldo Polito a
respeito de como podemos evitar que o medo atrapalhe nossa transmissão
da Palavra de Deus.
1. Quando você estiver nervoso no tocante a falar em público,
uma boa dica é: respire fundo
2. Saiba exatamente o que vai dizer no início, quase palavra
por palavra, pois neste momento estará ocorrendo maior liberação
da adrenalina.
3. Leve sempre um roteiro escrito com os principais passos de apresentação,
mesmo que não precise dele. É só para dar mais
segurança.
4. Ao chegar diante do público não tenha pressa para
começar. Respire o mais tranqüilo que puder, acerte
devagar a altura do microfone (sem demonstrar que age assim de propósito),
olhe para todos os lados da platéia e comece a falar mais
lentamente e com volume de voz mais baixo. Assim, não demonstrará
a instabilidade emocional para o público.
5. Antes de falar, quando já estiver no ambiente, não
fique pensando no que vai dizer, preste atenção no
que as outras pessoas estão fazendo e tente se distrair um
pouco.
6. Antes da apresentação evite conversar com pessoas
que o aborreçam, prefira falar com gente mais simpática.
7. Antes de fazer sua apresentação, reuna os colegas
de trabalho ou pessoas próximas e treine várias vezes.
Lembre-se de exercitar respostas para possíveis perguntas
ou objeções, com este cuidado não se surpreenderá
diante do público.
8. Se der o branco, não se desespere. Repita a última
frase para tentar lembrar a seqüência. Se este recurso
falhar, diga aos ouvintes que mais a frente voltará ao assunto.
Se ainda assim não se lembrar, provavelmente ninguém
irá cobrar por isso.
9. Todas essas recomendações ajudam no momento de
falar, mas nada substitui uma consistente preparação.
Use sempre todo o tempo de que dispõe.
Outra dica interessante quando você for convidado a falar
em público é responder as seguintes perguntas:
1. Qual o tamanho do meu auditório;
2. Qual a constituição básica do meu auditório
(crianças, adolescentes, jovens, adultos, senhoras, misto,
etc.). Pois para cada grupo há um tipo de linguagem especial
a ser usada. Por exemplo, se você falar com crianças
usando uma linguagem de adulto elas não lhe entenderam muito.
3. Qual o motivo do evento, sobre qual assunto deverei falar?
4. Quanto tempo disponho para falar? Procure sempre falar um pouco
menos do tempo que dispor, deixe as pessoas com aquele gostinho
de quero mais. Se dispor de 25 minutos, fale 23.
5. Quais os recursos audiovisuais disponíveis?
2.3 - A Postura
A postura é um aspecto importante da oratória. A congregação
qualificará o pregador não só por sua mensagem,
mas também pela forma de apresentar-se.
O orador deverá estar preparado antes mesmo de levantar-se
para falar. Eis alguns aspectos que devem ser observados:
• Estar comodamente sentado na cadeira, com o busto ereto
para deixar os pulmões livres para respirar, afinal de contas
uma boa respiração é imprescindível
para quem fala em público.
• Ao falar mantenha uma postura ereta, ombros para trás,
cabeça erguida. O rosto deve estar alegre demonstrando prazer.
• Evite qualquer aspecto que distraia os ouvintes. O que deve
ser evitado: chaveiros a mostra, gravatas chamativas (o nó
da gravata deve estar correto), telefone celular preso na cintura,
cabelos despenteados, etc.
• Evite a todo custo falar com as mãos no bolso, isto
causa má impressão.
2.4 - A Voz
A voz determina a própria personalidade de quem fala. Se
estamos alegres, tristes, apressados, seguros, inseguros, etc. Nós
enfatizamos o que dizemos em quatro maneiras: a altura da voz; o
impacto; a velocidade e o progresso; a pausa.
2.4.1 – A Altura da Voz. A altura da voz envolve o movimento
da voz para cima e para baixo da escala, sendo que essas mudanças
de altura são chamadas melodia.
A altura única fala de modo monótono fazendo o auditório
adormecer, se for um tom de voz baixo, ou irritar-se, se for um
tom de voz muito estridente. Com isto a congregação
perde a atenção ao sermão. Quando você
dirige, você não usa apenas a primeira marcha, nem
tampouco apenas a quarta, você utiliza todas as marchas disponíveis.
Quando pregamos devemos utilizar todos os recursos em altura de
voz, falando frases com a voz mais baixa e enfatizando frases com
a voz um pouco mais alta (não precisa gritar).
2.4.2 – O Impacto. As variações de volume alcançam
o interesse bem como a ênfase. Uma mudança de força
comunica a relativa importância das idéias. A ênfase
vem através da variedade. Abaixar a voz para o nível
de quase um sussurro pode grifar uma idéia tão eficazmente
quanto um grito alto. A intensidade pode ser tão eficaz quanto
o volume.
2.4.3 – A Velocidade e o Progresso. Cada assunto terá
sua velocidade própria, dependendo da capacidade de respiração,
da emoção, da clareza da pronuncia e da mensagem transmitida.
Alguém dizendo: Passou rápido como a luz, é
evidente que a velocidade será maior do que a normal. Ou
alguém dizendo, Desceu lentamente como as sombras da noite,
é claro também que a pronúncia das palavras
será mais lenta. A ênfase também pode ser obtida
ao alterar a velocidade da pregação.
No emprego da velocidade, como noutros meios de demonstrar ênfase,
o segredo se acha no contraste. Se você estiver pregando um
sermão em velocidade normal e falar a frase mais lentamente
ou mais rapidamente estará dando maior ênfase a esta
frase, ou seja chamando a atenção da congregação
a esta frase.
2.4.4 – A Pausa. “Pelo silêncio você falará”.
As pausas são os “silêncios pensativos”.
Vão além de ser uma interrupção na fala,
e dão ao auditório uma breve oportunidade de pensar,
sentir e corresponder. A primeira palavra ou frase pronunciada depois
de uma breve pausa se destacará daquela que a precedeu.
Geralmente temos a tendência de não deixarmos pausas
quando falamos, e quando elas surgem devido a emoção
que estamos sentindo, ou a fuga de uma idéia que gostaríamos
de transmitir, tentamos preencher esta pausa com os famosos vícios
de linguagem: né; ahhhhh; iiiiiiiii; êeeeeee; assim;
pois é, e tantos outros. Sendo que a pausa é muito
mais proveitosa do que este “enchimento de lingüiça”.
2.5 - Dicção
Dicção: Modo de dizer ou pronunciar as palavras, falar
declaradamente.
Geralmente as falhas na dicção são provocadas
por certa negligência. É costume quase que generalizado
omitir os “R” e os “S” finais, como por
exemplo: “levá”, no lugar de levar, “traze”,
no lugar de trazer, “fizemo” no lugar de fizemos, “estamo”
no lugar de estamos, etc.
A melhor maneira de corrigirmos as falhas na dicção
é a própria pessoa se “policiar”, e a
cada vez que falar uma palavra de maneira errada, tentar se corrigir
para quando pronunciar a mesma palavra novamente a pronuncie de
maneira correta.
Algumas dicas são: Ler bastante (de preferência em
voz alta), Gravar seus sermões e ouvi-los depois com senso
crítico.
Vale lembrar que para se ter uma boa dicção é
preciso abrir a boca quando falar. Por incrível que pareça
existem pessoas querendo realizar o milagre de falar sem abrir a
boca.
2.6 - Gestos e Movimentos
“Deus projetou o corpo humano para movimentar-se, se a congregação
quiser olhar para uma estátua, poderá ir ao museu”.
( Pastor Haddon W. Robinson).
Os gestos são importantes na transmissão de nossos
sermões. Eles enfatizam nossas palavras, mantêm o interesse
e a atenção do público. Um objeto em movimento
prende mais a atenção do que um objeto parado.
Os gestos deixam o pregador mais a vontade. Quando o seu corpo opera
para reforçar suas idéias, você se sente mais
confiante e alerta. Os gestos ajudam nossos ouvintes a experimentar
o que sentimos, enquanto se identificam conosco.
Vejamos o porquê da importância da gesticulação
na comunicação. Em uma pesquisa realizada sobre o
que as pessoas retêm em palestras. Confira os resultados:
7% Conteúdo. Se o assunto for interessante, mas não
houver uma entrega perita esse é o percentual que o público
irá reter.
38% Tom de voz. Se o assunto for interessante e houver variação
na tonalidade de voz, o percentual de aprendizado será bem
melhor.
55% Gestos e expressões faciais, não verbal. Com um
bom assunto e sabendo gesticular bem, o auditório irá
reter bem mais. Por isso é importante gesticular bem, alterar
o tom de voz e ter um bom assunto.
Eis alguns cuidados com a gesticulação.
2.6.1 – Gestos Espontâneos. Quais são algumas
características de gestos expressivos? Em primeiro lugar,
os gestos devem ser espontâneos. Eles devem desenvolver-se
de dentro com resultado da convicção e do sentimento.
Se não aparecerem naturalmente durante a pregação,
abra mão deles.
2.6.2 – Gestos Positivos. Os gestos devem ser positivos. Quando
você faz um gesto, faça-o. Um gesto desanimado nada
comunica de positivo.
2.6.3 – Gestos Devidamente Sintonizados. A gesticulação
deve ser devidamente sintonizada. O gesto ou acompanha ou precede
a frase que transmite a maior parte de seu significado. Os gestos
mal sintonizados usualmente refletem uma falta de espontaneidade
e falta de motivação adequada.
2.6.4 – O Contato com os Olhos. Por mais importante que seja
a arrumação e o movimento para o pregador, o contato
com os olhos é o meio mais eficaz de comunicação.
Os olhos comunicam, providenciam um feed-back (retorno das informações),
e, ao mesmo tempo, conservam a atenção dos ouvintes.
Quando você olha diretamente para seus ouvintes, colhe indícios
que lhe dizem se eles estão entendendo aquilo que você
está dizendo, se estão interessados, se estão
gostando, se já está na hora de parar, etc.
Além disso, os ouvintes sentem que os ministros que “lhes
olham diretamente nos olhos” querem falar com eles pessoalmente.
Quase sem exceção, uma congregação não
escutará atentamente um pregador que não olha para
ela enquanto fala. De modo igualmente significante, as pessoas desconfiam
do que evita o contato com os olhos, e como resultado subestimam
aquilo que diz.
2.7 - Os Quatro componentes da Comunicação.
Pregar o evangelho é comunicar as boas novas do reino ao
mundo, ou seja é ensinar as verdades de Deus através
da comunicação. E comunicação é
o resultado da interação de quatro elementos básicos:
1. Emissor – O emissor é a fonte, a nascente de mensagem
e a iniciadora do ciclo de comunicação.
2. O Receptor – É o ouvinte. Ele é o intérprete
das mensagens, por isso ele tem de entender o que se está
sendo dito.
• Mede-se a eficiência da comunicação
pelas espécies de decisão tomadas pelo receptor e
sua maneira de mudar de atitudes.
• Os significados não estão nas mensagens, mas
nos receptores.
3. A Mensagem – Deve ser transmitida pela fonte de tal modo
que os ouvintes entendam o que se está sendo dito.
4. O Veículo – É o canal que liga a fonte ao
receptor.
2.8. Alguns conselhos importantes
• Use um vocabulário simples. Para falar corretamente
o português você não precisa usar palavras difíceis.
Use as palavras com as quais os ouvintes estão habituados.
Mas lembre-se, mesmo sendo um português simples tem que ser
correto.
• Tome cuidado com a gramática.
• Em sermões evite frases como: “Vocês
estão me entendo?”, involuntariamente você estará
chamando o auditório de inculto. Você é quem
tem a obrigação de ser claro.
• Transmita a sua mensagem (sermão, palestra, direção
de culto ou escola sabatina) com convicção e entusiasmo.
Lembre-se que Jesus pregava (ensinava) com autoridade: “Maravilhavam-se
de sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e não
como os escribas”. (Mateus 1:22 RA). E Ele deve ser o nosso
exemplo maior. Falava de uma maneira simples, mas profunda, ensinava
com autoridade e principalmente vivia o que pregava.
Questões para revisão
1) O que vem a ser a pregação?
2) Quais são os fatores importantes para a eficácia
de nossos sermões?
3) No tocante a postura o que deve ser evitado quando for falar
em público?
4) De que maneira nós enfatizamos o que dizemos?
5) O que pode ser feito para melhorar a dicção?
6) Por que é importante gesticular na transmissão
do sermão?
7) Quais cuidados devem ser tomados na gesticulação?
8) Você acha importante que o pregador olhe para o auditório?
Por que?
9) Quais são os componentes da comunicação?
III - A HOMILÉTICA
Homilética é a arte de preparar sermões e pregar
a Palavra de Deus. É a ciência que se ocupa da pregação
cristã. Lembrando que a igreja prega porque ela existe a
partir de um Deus que se comunica. Foi assim deste o início.
Ele criou o universo falando (Gênesis 1, Hebreus 11:3), Deus
falava com Adão e Eva no Jardim do Éden, chamando
os patriarcas, falando com os profetas e através de Seu Filho
(Hebreus 1:1-3). Ele fala também através da Bíblia,
a Sua Palavra escrita, que precisa ser anunciada a todas as nações
em forma de pregação (Romanos 10:14-17).
A pregação para ser a Palavra de Deus precisa ser
fiel às Escrituras. Daí a importância do pregador
saber interpretar corretamente a Bíblia para não falar
palavras suas dizendo serem Palavra de Deus. Vivemos dias difíceis
para a pregação, e nossos sermões precisam
mais do que nunca ser a Palavra de Deus, pois só assim eles
terão poder de transformar vidas.
O Dr. Russell Shedd, baseando-se em 2 Timóteo 3:16, diz que
um sermão deve conter: Ensino, Repreensão e Correção.
a) Ensinar é comunicar fatos históricos, sem eles
o cristianismo não passa de filosofia inócua, é
comunicar as vantagens de se escolher o caminho de Deus, é
falar acerca dos valores cristãos e por fim promover um relacionamento
íntimo com o Senhor Jesus. b) Repreensão é
a conseqüência da aplicação das Escrituras
pelo Espírito Santo que produz convicção da
fé. É o Espírito Santo que convence o mundo
do pecado, da justiça e do juízo (João 16:8).
Pregar uma mensagem sem este gracioso ministério não
produzirá qualquer efeito eterno. c) Correção.
As Escrituras têm a finalidade de corrigir, ou seja, de restaurar
uma realidade perdida. As mensagens devem elevar os desejos dos
ouvintes a se voltarem cada vez mais para o Senhor e também
mostrar, como um mapa, o caminho da verdade.
Existem algumas objeções acerca do estudo da homilética,
são elas:
• Para alguns, o orador já nasce feito. Não
precisa aprender nada.
• Para outros, o Espírito Santo colocará em
sua boca a mensagem a ser pregada.
• Também dizem que as técnicas tiram a liberdade
de improvisação.
Vejamos algumas vantagens do estudo da homilética:
• Ele desenvolve a arte da expressão.
• Ele ajuda a desenvolver o raciocínio.
• Ele evita a repetição monótona.
• Ajuda a desenvolver a vida espiritual, uma vez que o pregador
sabe que depende de Deus.
• Obriga o pregador a estudar cada vez mais, trazendo benefícios
para si mesmo e para os ouvintes.
Questões para revisão:
1. O que é homilética?
2. Por que a igreja prega?
3. Toda pregação é Palavra de Deus?
4. O que é preciso para que realmente a pregação
seja Palavra de Deus?
5. O que deve conter um sermão?
6. Que vantagens, ou desvantagens, você vê no estudo
da homilética?
IV – CLASSIFICAÇÃO DE SERMÕES
Tradicionalmente se classificam o sermões em três tipos.
Esta classificação está ligada com a fonte
de onde as divisões dos sermões são tiradas.
São eles:
a) Sermões Temáticos ou de Tópico.
b) Sermões Textuais.
c) Sermões Expositivos.
4.1 – Sermão Temático ou de Tópico.
Chamam-no também de sermão de assunto. É extraído
do assunto oferecido pelo texto. O tema é tratado e dividido
segundo a sua própria natureza. Está ligado obrigatoriamente
ao título. Neste tipo de sermão, o tema é extraído
do texto bíblico, mas as divisões não, sendo
que elas devem responder ao tema proposto.
Algumas vantagens deste tipo de sermão são:
• Permite que seja abordado qualquer assunto que se achar
necessário;
• Permite o aperfeiçoamento retórico. É
o preferido dos grandes oradores;
• É de fácil divisão;
• Permite uma ampla abordagem de determinado assunto.
Desvantagens:
• Pode encorajar o pregador a enveredar por assuntos seculares,
perdendo de vista o objetivo principal;
• Por não exigir muito esforço, pode levar o
pregador ao comodismo e à superficialidade, pela não-aplicação
aos estudos;
• Pode induzir o pregador a divagações sem sentido;
• Exige do pregador que comprove pelas Escrituras cada afirmação
e negação, o que nem sempre é fácil.
Cuidados que devem ser tomados:
• O tema dever ser claro e específico;
• Os argumentos devem estar em ordem progressiva;
• Não ficar pregando sobre um só assunto.
Alguns exemplos de estruturas de esboços de sermões
temáticos:
Texto: Apocalipse 2:10. (Vamos usar a última parte do versículo)
“Se fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida”.
Como vimos, este texto aconselha a sermos fiéis até
a morte, então neste sermão vamos abordar a fidelidade
do cristão em alguns aspectos da vida.
Tema: FIDELIDADE ATÉ A MORTE
Introdução
Nas divisões nós estaremos falando sobre quais aspectos
da vida cristã em que pode-se medir a fidelidade do cristão.
I. Fidelidade na participação dos cultos. Hebreus
10:25
II. Fidelidade nos dízimos e nas ofertas. Malaquias 3:8-10;
II Coríntios 9:6-15
III. Fidelidade em guardar os mandamentos de Deus. Êxodo 20:1-17;
Mateus 24:35
Conclusão
Vejamos outro exemplo
Texto: Mateus 28:19-20
Este texto fala da recomendação de Jesus a seus discípulos
para que eles fizessem discípulos.
Introdução
Tema: DISCÍPULOS FAZENDO DISCÍPULOS
Respondendo o tema estaremos falando dos requisitos necessários
para que alguém possa fazer discípulos de Cristo.
I. Para fazer discípulos primeiro é necessário
ser discípulo.
II. Para fazer discípulos é necessário chamá-los
III. Para fazer discípulos é necessário ser
exemplo.
Conclusão.
5. – Sermão Textual.
Este tipo de sermão é baseado na verdade bíblica
contida no texto escolhido para essa finalidade. O texto é
sempre curto, um ou dois versículos, no máximo três.
As divisões são feitas no texto bíblico (e
não extraídas do tema como no sermão temático),
ao ler o texto o pregador deve perguntar: Qual a idéia central
deste texto?, geralmente é ela o tema do sermão. As
divisões devem ser naturais e não forçadas,
e devem estar bem visíveis no texto escolhido.
O sermão textual pode ser classificado de duas formas: Literal
e Livre. No literal, as divisões do esboço repetem
as próprias palavras do texto. E no livre, as divisões
são expressas em termos diferentes do que é apresentado
no texto, sem prejudicar o sentido.
Vejamos exemplos de esboços de sermões textuais literais
e livres.
Sermão Textual Literal
Texto:
“Ele te declarou, ó homem, o que é bom e o que
o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça,
ames a misericórdia e andes humildemente com o teu Deus?”
Miquéias 6:8.
Ao perguntarmos: Qual a idéia central do texto?, veremos
que é aquilo que Deus pede do homem.
Tema: O QUE DEUS PEDE DE TI.
Introdução
As divisões respondem ao tema e são extraídas
do próprio texto:
I. Que pratiques a justiça
II. Ames a misericórdia
III. Andes humildemente com o teu Deus.
Conclusão.
Sermão Textual Livre
Texto:
“Errais não conhecendo as Escrituras nem o poder de
Deus”. Mateus 22:29
Ao perguntarmos: Qual a idéia central do texto?, veremos
que é as causas do erro religioso.
Tema: CAUSA DO ERRO RELIGIOSO
Introdução
As divisões respondem ao tema e são extraídas
do próprio texto:
I. A ignorância das Escrituras.
II. A falta de experiência com o poder de Deus.
Conclusão.
3.3 – Sermão Expositivo
O principal objetivo desse tipo de sermão é a exposição
do texto sagrado. É excelente para explicação
das Escrituras Sagradas. Ele trata da explicação de
uma unidade bíblica de quatro ou mais versículos,
de um capítulo todo ou de todo um livro da Bíblia
ou ainda de toda a Bíblia.
Deve se ter cuidado na preparação para não
fragmentá-lo demais, tornando-o assim uma série de
pequenos sermões textuais. Também o pregador não
deve prender-se nas minúcias do texto, por exemplo ao pregar
sobre a visão de Isaías (Isaías 6) o importante
é o resultado da visão e não se anjos têm
asas ou não e quantas são. Este tipo de sermão
permite abordar os mais variados assuntos. É um pouco mais
difícil que os outros porque é preciso manter a unidade
do texto.
O tema e as divisões saem do próprio texto, por isso
é preciso escolher bem o texto e delimitá-lo. Uma
boa dica é escolher um parágrafo inteiro. Uma vez
escolhido o texto é necessário fazer a interpretação
do mesmo para então descobrir o assunto principal do texto,
a lição central. As divisões devem estar intimamente
ligadas ao tema central. É bom sempre colocar o versículo
na frente da divisão.
Deve-se ficar claro que este tipo de sermão não é
uma explicação de todos os versículos do texto
selecionado, e, sim uma exposição da idéia
central do texto bíblico selecionado e suas implicações
na vida dos ouvintes. No primeiro exemplo abaixo, por exemplo, não
se é explicado todos os 22 versículos lidos, mas sim
as atitudes tomadas pelo rei Josafá diante de grande dificuldade
e como essas atitudes o levarão à vitória,
fazendo então a aplicação à vida de
cada ouvinte.
Vejamos alguns exemplos de sermões expositivos:
Texto: II Crônicas 20:1-22
Tema: O QUE FAZER DIANTE DAS DIFICULDADES
Introdução
I. Buscar ao Senhor. Versos 3,4
II. Recordar o passado. Versos 7-9
III. Ouvir a voz de Deus. Versos 14-15
IV. Louvar ao Senhor. Versos 21,22.
Conclusão.
Texto: Isaías 6:1-8
Tema: REQUISITOS PARA UM AVIVAMENTO PESSOAL
Introdução
I. Uma visão correta de Deus. Versos 1-4
II. Uma visão correta do pecado. Verso 5
III. Uma visão da purificação. Versos 6-7
IV. Uma visão do serviço. Verso 8
Conclusão .
Um conselho bastante interessante é procurar variar as formas
de pregar, ora usar sermão textual, ora temático e
às vezes expositivo.
Questões para revisão.
1. Como são classificados os sermões?
2. De onde são tiradas as divisões
a) Do sermão temático?
b) Do sermão textual?
c) Do sermão expositivo?
3. Quais são as principais vantagens e desvantagens do sermão
temático?
4. Em suas palavras defina o sermão textual.
5. Geralmente quantos versículos são usados no sermão
textual?
6. Qual o principal objetivo do sermão expositivo?
7. Em suas palavras, diga o que diferencia o sermão temático
do expositivo.
8. Em suas palavras, diga o que diferencia o sermão temático
do textual.
9. Em suas palavras, diga o que diferencia o sermão textual
do expositivo.
10. Dos textos abaixo elabore esboços simples (como os exemplos
dados).
a) I Pedro 4:17, sermão temático.
b) Salmo 37:5, sermão textual literal
c) Salmo 73:28, sermão textual livre
d) Atos 8:26-40, sermão expositivo
e) Lucas 19:1-10, sermão expositivo.
V. A ESTRUTURA DO SERMÃO
As partes do sermão devem estar dispostas de forma ordenada
e lógica. Para tanto o pregador necessita de talento, treino
e imaginação construtiva.
Pense um pouco na estrutura de uma casa, não há como
se fazer a cobertura por primeiro, é necessário que
se comece pela fundação. Ou um filme ou livro onde
o final acontece no início. Como você pode notar estas
coisas tem começo meio e fim. Vejamos alguns fatores importantes.
5.1 – A Importância de uma boa estrutura para o sermão
Para que se atinja melhor o objetivo do sermão, ele precisa
ter lógica, começo meio e fim. A estrutura também
é importante para que o pregador seja coerente, preciso,
pois a falta de ordem leva para a repetição e ao cansaço.
A estrutura correta auxilia os ouvintes a compreender a mensagem,
a aceitá-la e a reter na memória as verdades anunciadas.
5.2 – Características de uma boa estrutura.
Uma boa estrutura contém unidade. O pregador deve ter em
mente pregar uma mensagem de cada vez. Um único assunto por
sermão, por exemplo: quando for falar sobre dízimo,
deve ser enfocado somente o dízimo e não falar sobre
outro assunto. Há pregadores que começam falando de
um assunto e terminam falando de outro que não tem nada a
ver com o propósito inicial da mensagem. Lembre-se nosso
Deus não é um Deus de confusão, e Ele quer
que seu povo entenda a mensagem.
As idéias devem ter uma seqüência, ou seja, devem
caminhar numa crescente para um clímax final na conclusão.
A conclusão deve ser o ponto alto do sermão, onde
os ouvintes são levados a tomarem decisões. Existem
pregadores que começam num ritmo muito forte o sermão
e não conseguem fazer uma boa conclusão, perdendo
assim a atenção dos ouvintes no momento mais importante
que é a conclusão. E também há aqueles
que andam em círculos, apenas repetindo assuntos já
mencionados, o que também dispersa a atenção
do público.
Também deve haver equilíbrio e proporção
entre as partes do sermão. Evitar se prender demasiadamente
em um só ponto do sermão, não dando importância
aos outros pontos.
5.3 – Elementos que compõem uma estrutura.
Normalmente os elementos que compõem uma estrutura são
os seguintes:
a) Texto
b) Introdução
c) Título ou Tema
d) As divisões principais (nelas estão as subdivisões)
e) Conclusão.
No próximo capítulo estaremos estudando cada um desses
itens.
5.4 – Exemplo Visual.
Questões para Revisão
1. Em suas palavras escreva porque é importante uma boa estrutura
de sermão.
2. Quais são as características de uma boa estrutura?
3. Quais são os elementos que compõem uma estrutura?
4. No quadro abaixo, de acordo com o exemplo visual dado no item
5.4, preencha cada item solicitado, para elaboração
de um sermão textual
VI. AS PARTES DE UM SERMÃO
No capítulo anterior nós vimos os tipos de classificação
de sermões. Neste capítulo estaremos estudando cada
componente do sermão, são eles:
a) O texto do sermão;
b) O tema do sermão;
c) A Introdução;
d) As Divisões;
e) As Ilustrações;
f) A conclusão.
6.1 – O texto do sermão
Todo o sermão deve partir do texto bíblico, afinal
ele é a Palavra de Deus revelada que foi inspirada pelo Criador.
Após feita a leitura do livro sagrado deve-se cuidadosamente
notar onde o parágrafo em pauta se encaixa no argumento.
Só, então, o pregador estará pronto a começar
a busca do recado que Deus comunicar por seu intermédio.
É na Bíblia Sagrada que o pregador vai adquirindo
conhecimento e enriquecendo a sua alma. É desse maravilhoso
tesouro do coração de Deus que vai ele como a abelha,
extrair a mensagem pura e preciosa. E bem verdade que, às
vezes, a mensagem pode vir de forma inesperada e pronta, por inspiração,
mas que isto não sirva de desculpa para a acomodação
e o descuido na leitura, meditação e estudo profundo
e sério na Palavra de Deus. Como disse o Pr. Dale Thorngate,
quando da visita ao Brasil, a homilética é o nosso
dever de casa como pregadores, façamos nossa tarefa de casa
durante a semana e, quando subirmos ao púlpito para pregar
deixemos que Deus nos use como Ele quiser.
Ao ler as Escrituras Sagradas procure a lição central,
a mensagem que o Espírito Santo inspirou o escritor no passado
e que desejaria comunicar agora. A meditação no texto
ajuda captar aquela proposição que sintetiza o ensino
central da passagem selecionada. É imprescindível
que o expositor capte a idéia do texto, procure interpretar
corretamente o texto e como Deus deseja aplicar esse ensinamento
nas vidas dos ouvintes.
O Dr. Shedd afirma que o pregador deve ter o cuidado de observar
o texto, meditando e respondendo perguntas como: “O que esse
texto ensina sobre Deus?”, “Quais os ensinamentos sobre
os problemas e as necessidades dos ouvintes?” “Como
posso enxergar o alvo que o autor deste texto tivera e encaixá-lo
em uma declaração que desafiaria os membros da igreja
para mudarem seu comportamento?”
Nunca despreze o texto por ser muito conhecido, ou porquê
muitos já pregaram sobre ele. Ninguém conhece muito
a Palavra de Deus, ela é viva e eficaz, e a cada dia ela
tem uma mensagem nova para o homem. A familiaridade dos ouvintes
com certos textos da Bíblia não impedirá o
pregador habilidoso de tirar idéias novas e grandes lições.
6.2 – O tema do sermão
É o título do assunto a ser tratado, ou o nome da
mensagem. Ele é quem vai dar o rumo da nossa mensagem, vai
servir de linha-mestra. Quem vai pregar deve ter em mente o assunto
a ser tratado. Não basta escolher um versículo e subir
ao púlpito. Isto pode ocasionalmente acontecer e Deus usar,
mas de forma alguma deve ser a regra, pois pode acontecer do pregador
começar a falar de um assunto e mudar para outro assunto
e para outro, e, por fim, não passou nada de edificante para
a igreja. (Releia o item 5.2).
Para que fique mais fácil o entendimento, vamos a partir
de agora, trabalhar em cima de um texto e estaremos montando passo
a passo o esboço de um sermão textual. Em cada item,
estaremos usando o mesmo texto.
O texto que selecionamos é I Timóteo 1:15: “Fiel
é esta palavra e digna de toda a aceitação:
que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais
eu sou o principal”. Vamos então escolher um tema para
a nossa mensagem, este sermão terá cunho evangelístico,
vejamos alguns títulos que poderíamos dar a este sermão:
A VINDA DE CRISTO AO MUNDO
Ou
O FILHO DE DEUS ESTEVE ENTRE NÓS
Dê a sua sugestão para o tema:__________________________________________________________
6.3 – A Introdução
É o prenúncio daquilo que se pretende dizer, e deve
estar intimamente ligada ao pensamento central do sermão.
Nela o pregador inicia seu relacionamento com o auditório
visando a apresentação de um tema para ser abordado.
É importante que o pregador procure prender a atenção
dos ouvintes desde a introdução, que ele chame a atenção
do auditório para aquilo que será falado a seguir.
Pode se começar com uma ilustração, falando
a respeito do pano de fundo histórico do texto, um relato
interessante sobre algo relacionado com o assunto da pregação.
Um outro recurso é começar com uma pergunta para o
auditório que será respondida durante o sermão.
Voltando ao nosso exemplo, poderíamos começar a mensagem
das seguintes maneiras:
“Nesta noite, eu gostaria de compartilhar com os irmãos
a respeito do motivo da vinda de Cristo, mencionada pelo apóstolo
Paulo em sua carta para Timóteo........”
ou
“No texto que acabamos de ler, temos as palavras de Paulo
a respeito da vinda de Cristo ao mundo....”
ou
“ Você sabe porque Cristo veio ao mundo? Nossa mensagem
desta noite pretende responder a essa pergunta tão importante
para todos nós.....”
6.4 – As Divisões
As divisões por assim dizer são o corpo do sermão
colocadas de forma lógica, ou a mais lógica possível.
Geralmente tem-se três divisões em cada sermão,
sendo que, cada divisão tem duas ou três subdivisões.
podendo ter-se mais, só não é aconselhável
muitas divisões em um sermão para que a argumentação
não seja prejudicada, não podendo desta forma abordar
cada assunto com a profundidade necessária.
Nas divisões estão os argumentos principais da pregação
e devem ser organizados numa ordem que demonstre o desenvolvimento
natural, de modo que os ouvintes sejam levados a compreender gradualmente
o assunto até a conclusão. Sempre que possível
elas devem estar organizadas de maneira que os assuntos mais interessantes
ou mais importantes sejam deixados por último, de modo que,
a mensagem vá se tornando cada vez mais interessante e significativa
a cada momento até chegar à conclusão.
Em alguns casos, o próprio texto bíblico já
fornece as divisões. Vejamos o nosso texto modelo (I Timóteo
1:15). Dele tiraremos as seguintes divisões:
I. Jesus veio ao mundo. Falar sobre a aceitação geral
da vinda de Cristo. Quase todo mundo crê que Ele veio.
II. Para salvar os pecadores. Falar sobre o que Jesus veio fazer
aqui na terra, sua real missão.
III. Dos quais eu sou o principal. Falar sobre a importância
da pessoa reconhecer que é um pecador, para que a obra de
Cristo tenha eficácia em sua vida.
Vejamos um outro exemplo: Se o tema da mensagem for:
O GRANDE PROBLEMA DA HUMANIDADE
Gênesis 3
Para responder a este tema, poderíamos ter as seguintes divisões:
I. A corrupção da humanidade.
II. As conseqüência do pecado.
III. A solução divina para o problema do pecado.
6.5 – As Ilustrações
São ditados, provérbios, pequenas histórias,
fábulas e experiências pessoais que exemplificam o
assunto da mensagem e reforçam a sua importância. Como
alguém já disse, as ilustrações são
as janelas do sermão por onde entra a luz, que faz com que
o sermão fique mais claro, mais compreensível.
As ilustrações são muito importantes, porque
despertam o interesse dos ouvintes, eliminam as distrações
e ficam gravadas na memória. Pode ser que, na segunda-feira,
os irmãos não se lembrem de muita coisa do sermão
de sábado, mas será bem mais fácil que eles
lembrem das ilustrações contadas, e também
lembrarão de algum ensinamento importante transmitido na
ilustração. Nosso Mestre Jesus usou de parábolas
(uma forma de ilustração) para melhor ensinar.
É importante frisar que as ilustrações devem
ser coerentes com o assunto do sermão, devem estar intimamente
relacionadas com o ponto em questão. Contar ilustrações
simplesmente por contar não traz benefício nenhum
aos ouvintes. Não é obrigatório o uso delas
no sermão, se não tiver nenhuma pertinente ao assunto
não tem nenhum problema. Outro detalhe a ser observado é
que não é recomendável contar muitas ilustrações
em um só sermão para que a mensagem não perca
a consistência. Como já foi dito, ilustração
é luz, e muita luz pode ofuscar a visão.
Você pode usar ilustrações bíblicas,
como as histórias dos patriarcas, de Davi, de Sansão,
de Daniel, etc. As Escrituras são ricas em ilustrações.
Você pode contar uma história bíblica em suas
próprias palavras, basta usar a criatividade.
No exemplo da mensagem que estamos trabalhando em I Timóteo,
poderíamos usar uma ilustração na terceira
divisão, mencionando que para ser curado o doente precisa
reconhecer a doença, e que o quanto antes o fizer melhor.
6.6 – A Conclusão
A conclusão é o desfecho final, geralmente com resumo
e aplicação da mensagem. Deve ser breve (em torno
de 10% a 15% do sermão). Quando longa dá a impressão
de reinicio da mensagem ou começo de outra. Alguns conselhos
importantes:
- Evite as ameaças de conclusão. Quando disser que
vai concluir conclua.
- Faça a conclusão através do apelo veemente
para a aceitação da Verdade.
- Procure levar o auditório a uma mudança de atitude.
- Você pode concluir um sermão pela recapitulação
das suas partes principais, e com aplicação, esta
objetiva e prática. Para isso o pregador deve se preparar
bem, sem imprimir emoção não experimentada.
No caso de nosso exemplo (A Vinda de Cristo ao Mundo), poderíamos
concluir convidando os ouvintes a reconhecerem sua condição
de pecadores, para que o objetivo da primeira vinda de Cristo seja
concretizado na vida de cada um deles. Para fechar bem podemos encerrar
mencionando que Cristo virá outra vez a este mundo para buscar
aqueles que tiveram se rendido ao evangelho.
Questões para Revisão:
1. Quais são as partes que compõem um sermão?
2. De onde é tirado o texto para sermão?
3. O que o pregador deve procurar ao ler o texto bíblico?
4. Que perguntas devem ser respondidas ao se analisar o texto?
5. Deve-se pregar sobre aqueles textos bastante conhecidos? Por
que?
6. O que é o tema do sermão? Por que ele é
importante?
7. Em suas palavras defina o que vem a ser a introdução
do sermão.
8. O que o pregador deve procurar fazer na introdução?
9. Defina o que são as divisões do sermão.
Quantas divisões geralmente tem um sermão e fale o
motivo porque elas devem estar organizadas de forma progressiva.
10. O que são as ilustrações?
11. Qual a utilidade delas na mensagem?
12. Você pode contar qualquer ilustração em
um sermão, simplesmente para contar uma estória e
entreter os ouvintes? Por que sim, ou por que não?
13. Procure em suas palavras definir o que é uma boa conclusão.
14. Agora que você já viu todas as partes de um sermão,
elabore um esboço completo de um sermão (pode ser
temático, textual ou expositivo). Neste esboço você
deve escrever a introdução e a conclusão, e
nas divisões apenas citar o argumento chave. Se possível
coloque também ilustrações. Para que esta tarefa
fique mais clara e fácil veja os exemplos de esboços
na páginas 19,20,21 desta apostila.
VII. AS FORMAS DE SE ENTREGAR O SERMÃO
Há três formas de se entregar o sermão: Sermão
lido, sermão decorado e sermão pregado com um esboço
junto a Bíblia.
7.1 Sermão Lido:
- Para que você possa utilizar este método você
preciso escrever todo o seu sermão.
- Tem a vantagem de evitar algum lapso repentino, melhorar a linguagem
e não se estender demasiadamente.
- Tem a desvantagem de dificultar a interação do pregador
com o auditório, podendo levar a monotonia, além de
dificultar a gesticulação.
7.2 Sermão Decorado:
- Tem a vantagem de facilitar a comunicação, treinar
a memória e saber de antemão tudo o que vai dizer.
- Tem a desvantagem de exigir muito tempo para decorar tudo, além
de tensão pelo medo de esquecer.
7.3 Sermão com esboço:
- Não é a mesma coisa que falar de improviso, sem
nenhum preparo. O esboço fica no meio da Bíblia, perto
do texto a ser usado;
- Tem a vantagem de requerer menos tempo de preparo que os dois
anteriores, permitindo o aproveitamento de idéias do momento
e arroubos da emoção. Permite um maior contato do
pregador com a congregação;
- Tem a desvantagem da abertura para erros e gafes e depender do
estado físico, emocional e espiritual do pregador.
Alguns conselhos importantes:
- Se o sermão vai ser lido, o pregador deve lê-lo com
cuidado algumas vezes antes da enunciação;
- Se a pregação é com esboço. Preparar
um que caiba dentro da Bíblia. Nem muito grande e nem pequeno.
- Procurar descansar um pouco antes da pregação. O
cansaço influencia na pregação;
- Procurar manter-se espiritualmente preparado. Orar antes de preparar
o sermão, antes de pregá-lo, depois de pregá-lo,
enfim orar sempre!.
Questões para revisão:
1) Qual a forma de se entregar o sermão se aplica melhor
a você? Por que?
2) Por que é importante se manter espiritualmente preparado?
VIII. MODELOS DE ESBOÇOS
FIDELIDADE ATÉ A MORTE
Apocalipse 2:10 (última parte)
Introdução
Lemos no texto o importante conselho para sermos fiéis até
a morte e também a grande recompensa para aqueles que forem
fiéis “Dar-te-ei a coroa da vida”.
Encontramos na história do cristianismo pessoas que foram
fiéis em meio a perseguições, provações.
Pessoas que realmente foram fiéis até a morte.
Nos dias de hoje, como anda nossa fidelidade para com Deus? Vamos
ver três aspectos da vida cristã em que pode-se medir
a fidelidade do cristão.
I. Fidelidade na participação dos cultos. Hebreus
10:25
1) Como anda a sua freqüência nos cultos?
2) Você tem prazer em vir a casa de Deus, ou vem apenas para
cumprir uma obrigação? Veja as palavras do salmista:
“É melhor passar um dia no teu Templo do que mil dias
em qualquer outro lugar. Eu gostaria mais de ficar no portão
de entrada da casa do meu Deus do que morar nas casas dos maus”.
Salmo 84:10
II. Fidelidade nos dízimos e nas ofertas. Malaquias 3:8-10;
II Coríntios 9:6-15
1) Dizem que o mais difícil de se converter em uma pessoa
é o bolso.
2) Um pastor já disse certa vez: “Poucas coisas testam
mais profundamente a espiritualidade e a fidelidade de uma pessoa
do que a maneira como ela usa o dinheiro” (J. Blanchard)
Ilustração: FIEL A DEUS, FIEL A MIM
Um crente possuía um comércio.
Os irmãos na Igreja sabiam disso e procuravam prestigiar
comprando em sua loja. Para alguns, o comerciante deixava pagar
com cheque pré-datado ou mesmo dando tempo maior para pagamento.
Para outros, também da Igreja, somente aceitava negociar
com pagamento à vista.
Alguém se sentiu ofendido com a maneira separatista e logo
foi reclamar com o pastor. Este, por sua vez, querendo apaziguar
a situação, procurou o irmão comerciante logo
perguntando: "Por que o irmão faz acepção
entre os irmãos da Igreja na sua loja?", ao que o senhor
respondeu: "Eu não faço acepção.
O que eu faço é o seguinte: à medida que alguém
vem na minha loja, no momento do pagamento eu vou para o telefone
que fica em outra sala. Ligo para o tesoureiro da Igreja e pergunto
se aquele irmão é dizimista ou não. Se for,
faço qualquer negócio. Se não, só à
vista!".
"Mas por que?" insistiu o pastor. "É muito
simples: se ele não é fiel a Deus, nada garante que
ele será fiel a mim...".
III. Fidelidade em guardar os mandamentos de Deus. Êxodo 20:1-17;
Mateus 24:35
1) Uma das grandes provas de fidelidade é a obediência.
2) Você tem sido obediente a Deus?
Conclusão:
Como tem sido a sua fidelidade nestes três aspectos da vida
cristã?
Se você não é fiel nisto, não pode dizer
que será fiel até a morte, e consequentemente não
herdará a promessa.
A VINDA DE CRISTO AO MUNDO
I Timóteo 1:15
Introdução:
Encontramos nestas palavras de Paulo ao seu filho na fé Timóteo
verdades absolutas de Deus para toda humanidade. Nesta passagem
ele fala a respeito da vinda de Cristo e de sua missão, fatos
que são de suma importância que todos saibam. Você
sabe realmente o porquê do Filho de Deus ter vindo? No sermão
desta noite vamos responder a essa tão importante questão.
I – JESUS VEIO AO MUNDO.
1) É um fato histórico. A história afirma que
há mais de dois mil anos um homem chamado Jesus de Nazaré
viveu na Palestina.
2) É uma verdade universalmente aceita. Até os que
não crêem que Ele seja o filho de Deus aceitam o fato
dEle ter vivido entre nós. Veja alguns exemplos:
a) Flávio Joséfo, historiador judeu que viveu nos
primeiros séculos escreve em sua obra sobre um homem chamado
Jesus Cristo que viveu na Palestina e fez milagres;
b) Os muçulmanos que não crêem em Cristo como
o Filho de Deus, aceitam que Ele viveu entre nós e foi um
profeta;
c) Os adeptos da nova era dizem que Ele é o sétimo
avatar.
3) Não há como negar. Jesus Cristo, o Filho de Deus,
veio a este mundo e habitou entre nós.
II – PARA SALVAR OS PECADORES.
1) Ele não veio a este mundo para fazer turismo. Ele tinha
uma missão especial
2) Ele não veio aqui simplesmente para demonstrar o poder
de Deus. Embora Ele tenha demonstrado o poder de Deus durante toda
a sua vida. Vejamos:
a) Ele demonstrou poder curando enfermos, mas não foi para
isto que Ele veio;
b) Ele demonstrou poder alimentando famintos, mas não foi
para isto que Ele veio;
c) Ele demonstrou poder acalmando a tempestade, mas não foi
para isto que Ele veio;
d) Ele demonstrou poder ressuscitando a mortos, mas não foi
para isto que Ele veio;
3) Ele ensinou a muitos sobre a verdade do reino de Deus, mas Ele
não veio aqui simplesmente para ensinar.
4) O motivo, a razão da sua vinda foi salvar os pecadores.
E para isto foi preciso que Ele morresse numa rude cruz, mas aleluia!
Ele ressuscitou e está vivo a direita de Deus.
III – DOS QUAIS EU SOU O PRINCIPAL
1) Se o apóstolo Paulo, considerado por muitos como um santo,
se considerava o principal dos pecadores, como estamos nós;
2) Compare a sua vida com a de Paulo, que conclusões você
pode tirar disto?
3) Satanás quer que pensemos que não somos pecadores,
afinal, eu não mato, eu não roubo, eu não faço
isto, eu não faço aquilo. Mas a Bíblia afirma
que todos somos pecadores (Romanos 3:23; 5:12). Eu sou pecador,
você é um pecador (I João 1:8), e o salário
do pecado é a morte (Romanos 6:23).
4) Resta-nos reconhecermos que somos pecadores e que necessitamos
do perdão de Deus (1 João 1:9.
Ilustração: Para que uma pessoa possa ser curada de
uma doença, ela precisa reconhecer que está enferma.
Conclusão:
Jesus Cristo veio a este mundo, não há como negar
esta verdade.
Ele veio aqui para salvar os pecadores.
Dos quais, eu sou o principal, você é o principal.
Tão certo como Ele veio pela primeira vez, Ele virá
outra vez para buscar aqueles que se arrependerem de seus pecados
e se converterem a Deus. “Porque o salário do pecado
é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna,
por Cristo Jesus, nosso Senhor”.
O QUE FAZER DIANTE DAS DIFICULDADES?
II Crônicas 20:1-22.
Introdução:
Creio que você já ouviu esta frase: “A Vida não
é um Mar de Rosas”, e poderíamos afirmar que
mesmo que ela fosse um mar de rosas teria muitos espinhos.
Vivemos em um mundo agitado, são tantas lutas, problemas,
dificuldades que muitas vezes nos deixam perplexos, sem respostas,
sem saber o que fazer, qual atitude tomar.
E nós como filhos de Deus também enfrentamos e enfrentaremos
muitas dificuldades. E fica-nos a pergunta: O que fazer diante das
dificuldades?
Encontramos na Bíblia Sagrada vários exemplos de pessoas
que enfrentaram dificuldades e nesta noite gostaria de analisar
com os irmãos o exemplo de Josafá, rei de Judá.
Ele enfrentou sérias dificuldades, pois recebeu a notícia
de que um grande exército vinha contra ele, e como rei ele
teve que tomar algumas atitudes. Vejamos quais são:
I – BUSCAR AO SENHOR. Versos 3,4
1) Não tentar resolver tudo sozinho. Talvez uma atitude normal
diante desta situação fosse dar ordem ao exército
para se preparar para a guerra, mas não foi isto que o rei
fez.
2) Buscar ao Senhor com oração e jejum. Veja o exemplo
de Jesus.
II – RECORDAR O PASSADO. Versos 5-10
1) O rei passou a recordar tudo quanto Deus já havia feito
por Israel. Isto fez com que a sua confiança em Deus aumentasse.
2) Pare e Pense, olhe para trás e veja quantas vezes Deus
já lhe socorreu em situações difíceis.
Eu até agora não conheço nenhum cristão
sincero que possa dizer que Deus nunca o socorreu.
III – OUVIR A VOZ DE DEUS. Versos 15-17.
1) Nosso Deus não é mudo. Ele é um Deus que
se comunica com seu povo. Foi assim com Adão, Abraão,
Moisés, Elias e tantos outros. Veja Hebreus 1:1: “Havendo
Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos
pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos
dias, pelo Filho”.
2) Às vezes é preciso parar para ouvir a voz de Deus.
“Jó, pare um instante e escute; pense nas coisas maravilhosas
que Deus faz”. Jó 37:14.
3) Ele fala através de Sua Palavra Revelada. Você tem
tido tempo para leitura da Bíblia?
4) E o que dizer das 7 cartas as igrejas do Apocalipse, você
já notou a forma de como elas terminam, “Quem tem ouvidos
para ouvir ouça, o que o Espírito diz às igrejas”.
III – LOUVAR AO SENHOR. Versos 22,23.
1) Como é fácil louvar ao Senhor quando tudo vai muito
bem.
2) E como é difícil abrir o coração
em louvor quando as coisas não vão muito bem.
Ilustração: Paulo e Silas na prisão (Atos 16:22-26).
Conclusão:
O que você tem feito quando está em dificuldades?
Tem tentado resolver tudo com suas próprias forças?
Tem pensado que Deus não tem falado com você?
Tem reclamado, murmurado de Deus?
O que fazer diante das dificuldades?
1) Buscar ao Senhor.
2) Recordar o passado
3) Ouvir a voz de Deus
4) Louvar ao Senhor.
IV. COLETÂNIA DE ILUSTRAÇÕES
Aqui estão apenas algumas ilustrações, para
que você possa ter uma idéia mais ampla sobre elas.
O EQUILIBRISTA
Conta-se que certa feita um grande equilibrista chegou em uma cidade.
Nesta cidade existia um grande cannion que ele achou interessante.
Certo dia ele mandou que esticassem um cabo de aço de uma
a outra extremidade do despenhadeiro. O povo da cidade curioso para
saber o que o equilibrista iria fazer começou a se aglomerar
próximo ao cannion.
Então o equilibrista tomando uma vara atravessou de um a
outro lado e voltou. Quando voltou ele perguntou:
- Vocês acreditam que eu posso fazer isto com um monociclo?
Ao que as pessoas responderam eufóricas:
- Sim, nós cremos.
Então ele atravessou tranqüilamente o despenhadeiro.
Quando voltou tornou a perguntar:
- E agora, vocês acreditam que eu posso atravessar o cannion
empurrando um carrinho de mão?
As pessoas responderam:
- É lógico que acreditamos.
Então ele pegou um carrinho de mão e atravessou com
toda facilidade.
Quando ele voltou, ele novamente perguntou ao povo:
- Vocês crêem que eu posso atravessar novamente com
o carrinho?
Ao que toda a multidão respondeu entusiasmada a um só
voz:
- Mas, é lógico que acreditamos, você já
fez isso muito bem mais de uma vez.
Então o equilibrista disse:
- Só que desta vez eu quero um voluntário que vá
sentado no carrinho.
E de toda aquela multidão eufórica não houve
nenhum voluntário.
Muitas vezes acontece algo semelhante conosco. Nós acreditamos
que Deus abriu o mar vermelho, que Ele ressuscitou mortos, que Ele
reteve a chuva por 3 anos e 6 meses, que Ele curou enfermos e fez
muitas maravilhas...........
Mas será que nós cremos que Ele pode fazer isso em
nossas vidas? Acreditamos que Ele pode atravessar o cannion, mas
será que temos fé para entrar no carrinho?
DEPENDE DAS MÃOS
Uma bola de basquete
nas minhas mãos vale uns R$35,00;
nas mãos do Oscar vale R$7.000,00.
Depende das mãos que a seguram.
Uma bola de vôlei
nas minhas mãos vale uns R$25,00;
nas mãos do Tande vale uns R$5.000,00.
Depende das mãos que a seguram.
Uma raquete de tênis
em minhas mãos não tem uso algum;
nas mãos do Guga o tornou o numero 1 do Mundo.
Depende das mãos que a seguram.
Uma vara
em minhas mãos vai manter os animais afastados de mim,
nas mãos de Moisés abriu o Mar Vermelho.
Depende das mãos que a seguram.
Um estilingue
nas minhas mãos e apenas um brinquedo;
na mãos de Davi se tornou uma arma poderosa.
Depende das mãos que o seguram.
Dois peixes e cinco pães nas minhas mãos se tornam
alguns sanduíches;
nas mãos de Cristo alimentaram multidões.
Depende das mãos que os seguram.
Pregos
nas minhas mãos podem significar a construção
de uma
casa; nas mãos de Cristo significaram a SALVAÇÃO
DO MUNDO.
Depende das mãos...
Como você pode concluir agora, tudo depende das mãos...
Então coloque suas preocupações, seus sonhos,
seus
anseios, seus temores, seus interesses, SUA FAMÍLIA,
SUA VIDA nas mãos de DEUS!
Pois TUDO depende das mãos que os tem.
(Autor desconhecido)
A HONESTIDADE SEMPRE VENCE
Conta-se que por volta do ano 250 A.C., na China antiga um príncipe
da região norte do país, estava as vésperas
de ser coroado imperador, mas, de acordo com a lei ele deveria se
casar. Sabendo disso, ele resolveu fazer uma "disputa"
entre as moças da corte ou quem quer que se achasse digna
da sua proposta. No dia seguinte, o príncipe anunciou que
receberia, numa celebração especial todas as pretendentes
e lançaria um desafio. Uma velha senhora, serva do palácio
há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos,
sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria
um sentimento de profundo amor pelo príncipe. Ao chegar em
casa e relatar o fato a jovem, espantou-se ao saber que ela pretendia
ir a celebração, e indagou incrédula:
-Estarão presentes todas as mais belas e ricas moças
da corte. Tire esta idéia insensata da cabeça, eu
sei que você deve estar sofrendo, mas não torne o sofrimento
uma loucura.
E a filha respondeu:
- Não, querida mãe, não estou sofrendo e muito
menos louca, eu sei que jamais poderei ser a escolhida, mas é
minha oportunidade de ficar pelo menos alguns momentos perto do
príncipe, isto já me torna feliz.
À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam,
de fato, todas as mais belas moças, com as mais belas roupas,
com as mais belas jóias e com as mais determinadas intenções.
Então, finalmente o príncipe anunciou o desafio:
- Darei a cada uma de vocês, uma semente. Aquela que, dentro
de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida
minha esposa e futura imperatriz da China.
A proposta do príncipe não fugiu as profundas tradições
daquele povo, que valorizava muito a especialidade de "cultivar"
algo, sejam costumes, amizades, relacionamentos, etc...O tempo passou
e a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes
da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura a sua
semente, pois sabia que se a beleza da flor surgisse na mesma extensão
de seu amor, ela não precisava se preocupar com o resultado.
Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara,
usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido.
Dia após dia ela percebia cada vez mais longe o seu sonho,
mas cada vez mais profundo o seu amor.
Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado. Consciente
do seu esforço e dedicação a moça comunicou
a sua mãe que, independente das circunstâncias retornaria
ao palácio, na data e hora combinadas, pois não pretendia
nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe..
Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas
as outras pretendentes, cada uma com uma flor mais bela do que a
outra, das mais variadas formas e cores. Ela estava admirada, nunca
havia presenciado tão bela cena. Finalmente chega o momento
esperado e o príncipe observa cada uma das pretendentes com
muito cuidado e atenção. Após passar por todas,
uma a uma, ele anuncia o resultado e indica a bela jovem como sua
futura esposa.
As pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reações.
Ninguém compreendeu porque ele havia escolhido justamente
aquela que nada havia cultivado. Então, calmamente o príncipe
esclareceu:
- Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna
de se tornar uma imperatriz. A flor da honestidade, pois todas as
sementes que entreguei eram estéreis.
Se para vencer, estiver em jogo a sua honestidade, perca. Você
será sempre um Vencedor.
A CAIXA DO CORREIO
Na África do Sul um homem recebeu um aviso do correio. Era
um pacote. Tinha que pagar U$4,00 para retirá-lo. Pegou o
pacote, examinou-o, mas não conseguiu identificar o que tinha
dentro. Não quis pagar os U$4,00. O pacote ficou 15 anos
no correio.
A caixa era levada de um lugar para outro dentro da agência
do correio. Muitas vezes era usada para apoiar os pés. Até
que um dia o dono da caixa morreu. A caixa foi então leiloada,
mas ninguém queria dar nada por ela. Até que alguém
resolveu dar um lance de U$0,50.
Ao abrir o pacote… Surpresa!!! Tinha dentro dele 15 mil dólares.
O que aconteceu com aquela caixa freqüentemente acontece com
a Bíblia. A Bíblia é rejeitada como algo sem
valor. Mas há dentro dela uma riqueza de valor infinito:
Jesus Cristo - A Vida Eterna.
UMA VIDA DE COMUNHÃO
Os escritos de George Whitefield refletem claramente o tipo de vida
que ele levava. Num tempo de gelo espiritual na Inglaterra, Whitefield
ceio a compreender, juntamente com os irmãos Jonh e Charles
Wesley, que a essência da fé cristã é
o próprio Cristo sendo formado em nós.
É comum nos escritos e na autobiografia de Whitefield palavras
como estas: "Cedo de manhã, ao meio-dia, ao anoitecer
e à meia-noite, de fato durante o dia inteiro, o amado Jesus
me visita para renovar-me o coração"; "Se
certas árvores perto de Stonehouse pudessem falar, contariam
acerca da doce comunhão, que eu e algumas pessoas desfrutamos
ali com Deus, sempre bendito"; "No caminho, minha alma
alegrou-se cantando hinos. Chegamos quase à meia-noite; depois
de nos entregarmos a Deus em oração, deitamo-nos e
descansamos na proteção do querido Senhor Jesus. Oh1
Senhor, jamais existiu amor como o Teu!"
É inteiramente dispensável acrescentar que uma pessoa
assim, quando pregava, impulsionava, quase arrastava as pessoas
à mesma presença que desfrutava. Whitefield simplesmente
exalava o perfume de que estava impregnado. Porque Deus se tornara
real para ele, era real também para todos os que o tocavam.
Vê-lo e o ouvir era o mesmo que ser eletrizado.
Nada há tão importante em nossa fé como viver
mergulhado no Senhor. Isso é uma vida de comunhão.
AS TRÊS PENEIRAS
Dona Flora foi transferida de Departamento na empresa em que trabalhava.
Logo no primeiro dia foi dizendo:
- Chefe, o senhor nem imagina o que me contaram a respeito da Raquel!
- Espere um pouco, Dona Flora. O que vai me contar já passou
pelas três peneiras?
- Peneiras?!? Que peneiras, Sr. Roberto?
- A primeira é a da VERDADE. Tem certeza de que este fato
é absolutamente verdadeiro?
- Não. Como posso? O que sei foi o que me contaram. Mas acho
que...
- Então sua estória já vazou pela primeira
peneira.
- Vamos à segunda que é a da BONDADE.
- O que vai me contar é alguma coisa que gostaria de que
os outros dissessem a seu respeito?
- Claro que não! Deus me livre!!!
- Então, esta estória vazou pela segunda peneira.
Vamos ver a terceira, que é a da NECESSIDADE.
- A senhora acha mesmo necessário me contar esse fato, ou
mesmo passá-lo adiante?
- Não chefe, passando por essas peneiras, vi que não
sobrou nada mesmo do que eu ia contar.
Já pensaram como as pessoas seriam felizes se todos usassem
sempre essas três peneiras?
Sempre que surgir um boato, passem-no pelas três peneiras,
antes de obedecer ao impulso de passá-lo adiante.
O VASO RACHADO
Um carregador de água na Índia tinha dois grandes
vasos que colocava nos extremos de um pau que ele levava acima dos
ombros. Um dos vasos tinha uma rachadura, enquanto que o outro era
perfeito e entregava a água completa ao final do longo caminho
a pé desde o riacho até a casa de seu patrão.
Quando chegava, o vaso rachado só continha a metade da água.
Por dois anos completos isto foi assim diariamente. Desde logo o
vaso perfeito estava muito orgulhoso de seus resultados, perfeito
para os fins para o qual fora criado.
Porém o pobre vaso rachado estava muito envergonhado de sua
própria imperfeição e se sentia miserável
porque só podia conseguir a metade do que se supunha devia
fazer. Depois de dois anos falou ao aguador dizendo-lhe: "Estou
envergonhado de mim mesmo e quero me desculpar contigo"...
por quê? Lhe perguntou o aguador.
Porque devido a minhas rachaduras, só podes entregar a metade
de minha carga. Devido a minhas rachaduras, só obténs
a metade do valor do que deverias. O aguador ficou muito enternecido
pelo vaso e com grande compaixão lhe disse: "quando
regressarmos a casa do patrão quero que notes as belíssimas
flores que crescem ao largo do caminho.
Assim o fez e com efeito viu muitíssimas flores belas ao
longo de todo o caminho, porém de todo modo se sentiu muito
triste porque ao final só levava a metade de sua carga. O
aguador lhe disse: Te deste conta de que flores só crescem
no lado do teu caminho? Sempre tenho sabido de tuas rachaduras e
quis obter vantagem delas, semeei sementes de flores ao longo de
todo o caminho por onde tu vais e todos os dias tu as têm
regado. Por dois anos eu tenho podido recolher estas flores para
decorar o altar de meu mestre. Se não fosse exatamente como
és, Ele não teria tido essa beleza sobre a sua mesa.
Cada um de nós tem suas próprias rachaduras. Todos
somos vasos rachados, porém se permitimos a Jesus utilizar
nossas rachaduras para decorar a mesa de seu Pai......" Na
grande economia de Deus, nada se desperdiça".
NÃO TENHO TEMPO PARA O MAL
Gosto da história daquela menina que foi fazer uma redação.
Cada aluno teria que escrever sobre o Espírito Santo e sobre
o mal. A um determinado momento soaria a campainha encerrando o
tempo de escrever, e assim, cada criança teria que entregar
imediatamente o produto dos seus pensamentos. A menina começou
a escrever rapidamente. Escreveu, escreveu bastante sobre o Espírito
Santo. Mas quando ia começar a escrever sobre o mal, a campainha
soou. Para tentar se justificar por não ter escrito nada
sobre o outro assunto, ela resumiu tudo numa linha:
- Não tenho tempo para o mal!
De fato, quando dedicamos nosso tempo ao Espírito Santo,
quando nos propomos a buscar o Reino de Deus em primeiro lugar,
quando nossa comida é fazer a vontade de Deus, percebemos
que não sobra tempo para outras coisas menos importantes
ou nocivas. Por exemplo, falar mal da vida dos outros, ficar procurando
erro nos líderes, divulgar informações - verdadeiras
ou falsas - que venham a prejudicar alguém... a lista seria
infinita. Não é problema novo nas igrejas. Paulo já
falava de viúvas novas “ociosas, andando de casa em
casa... faladeiras e intrigantes, falando o que não convém”
(1Tm 5.13).
Como vai a sua redação?
O BARBEIRO...
Era uma vez um homem que foi ao barbeiro. Enquanto tinha seus cabelos
cortados conversava com o barbeiro. Falava da vida e de Deus. Dai
a pouco, o barbeiro incrédulo não agüentou e
falou:
- Deixa disso, meu caro, Deus não existe!
- Por quê?
- Ora, se Deus existisse não haveria tantos miseráveis,
passando fome! Olhe em volta e veja quanta tristeza. E só
andar pelas ruas e enxergar!
- Bem, esta é a sua maneira de pensar, não é?
- Sim, claro!
- O freguês pagou o corte e foi saindo, quando avistou um
maltrapilho imundo, com longos e feios cabelos, barba desgrenhada,
suja, abaixo do pescoço.
Não agüentou, deu meia volta e interpelou o barbeiro:
- Sabe de uma coisa? Não acredito em barbeiros!
- Como?
- Sim, se existissem barbeiros, não haveria pessoas de cabelos
e barbas compridas!
- Ora, existem tais pessoas porque evidentemente não vêm
a mim!
- Que bom. Agora, você entendeu.
FORÇA DE UM CAVALO
Um fazendeiro, que lutava com muitas dificuldades possuía
alguns cavalos para ajudar nos trabalho sem sua pequena fazenda.
Um dia, seu capataz veio trazer a noticia de que um dos cavalos
havia caído num velho poço abandonado .O poço
era muito profundo e seria extremamente difícil tirar o cavalo
de lá. O fazendeiro foi rapidamente até o local do
acidente, avaliou a situação certificando-se que o
animal não se machucara. Mas, pela dificuldade e alto custo
de retira-lo do fundo do poço, achou que não valeria
a pena investir numa operação de resgate.
Tomou então a difícil decisão: determinou ao
capataz que sacrificasse o animal, jogando terra no poço
até enterra-lo ali mesmo. E assim foi feito: Os empregados,
comandados pelo capataz, começaram a lançar terra
para dentro do buraco de forma a cobrir o cavalo... Mas, a medida
que a terra caia em seu dorso, animal sacudia e ela ia se acumulando
no fundo, possibilitando ao cavalo ir subindo. Logo os homens perceberam
que o cavalo não se deixava enterrar, mas, ao contrário,
estava subindo a medida que a terra enchia o poço, até
que finalmente conseguiu sair. Sabendo do caso, o fazendeiro ficou
muito satisfeito e o cavalo viveu ainda muitos anos servindo ao
seu dono na fazenda.(autor : desconhecido)
CONCLUSÃO
Se você estiver "LÁ EMBAIXO", sentindo-se
pouco valorizado. Quando, já certos de seu desaparecimento,
os outros jogarem sobre você a terra da incompreensão,
da falta de oportunidades e de apoio ,lembre-se desse cavalo...
Não aceite a terra que cai sobre você... Sacuda-a e
suba sobre ela. E quanto mais terra, mais você vai subindo...,subindo...,subindo...,
aprendendo a sair do poço.
O HOMEM E O CARRO
Certo homem, muito tempo atrás, possuía um automóvel
modelo Ford, com o qual passeava pelas ruas de sua cidade. Contentíssimo,
o proprietário admirava-se sempre dos muitos recursos, da
velocidade e maciez que seu novo veículo proporcionava. Ia
assim um dia, nosso amigo, quando, subitamente, o carro parou. Em
plena avenida, morreu o motor e nada o fazia pegar. De tudo tentou
o proprietário: deu partida várias vezes, empurrou,
abriu o capô, fechou, tornou a abrir, pediu ajuda, mas nada
... nem sinal de querer funcionar. Como podia! Um carro tão
bom, parar desse jeito!
O homem já ia perder a paciência quando um desconhecido
solicitou licença para ajudar. Desconsolado, o proprietário
consentiu, sem confiar que qualquer coisa pudesse ser feita àquela
altura. O estranho, porém, abriu o capô, conectou um
fiozinho a uma pequena peça do motor e, com um delicado toque,
completou o reparo. Suas mãos nem receberam mancha de graxa,
e, dada a partida, estava perfeito o automóvel. Parece ironia...
O mecânico desconhecido aproximou-se do proprietário
e mostrando-lhe sua carteira de identidade, diante dos olhos curiosos
de uma pequena multidão, disse:
- "Meu nome é Henry Ford. Eu é que fiz estes
veículos e compreendo muito bem como funcionam!" Ninguém
conhece melhor uma obra do que seu fabricante.
Melhor do que ninguém, Deus sabe tudo o que há no
homem. Ele sabe como cada parte funciona em nós. Porque não
irmos, então, em busca da sua orientação, para
receber o toque que este "veículo" necessita? Por
séculos, os filósofos e sábios têm tentado
melhorar o homem, sem resultados, enquanto a Palavra de Deus diz
que o Criador, com um único toque, regenera o coração
humano e, de uma vez por todas, "faz andar o engenho".
Confiemos nele, portanto, de todo nosso coração! "Ponha
sua vida nas mãos do Deus Eterno, confie nele, e ele o ajudará"
Bíblia, livro de Salmos, capítulo 37, verso 5
TRÊS VISITANTES
O QUE É MAIS IMPORTANTE : DINHEIRO, SUCESSO ou AMOR ?
Uma mulher saiu de sua casa e viu 3 velhos homens de longas barbas
brancas, que estavam sentados no jardim. Ela foi até eles
e disse:
- Penso que não os conheço, mas vocês devem
estar famintos...Por favor entrem. Tenho algo que vocês podem
comer.
- O homem da casa está?, eles perguntaram.
- Não, ela disse. Ele está fora.
- Então nós não podemos entrar, eles responderam...
Pela noite quando o marido voltou, ela lhe contou o que tinha acontecido.
- Diga-lhes que estou aqui e convide-os a entrar.
A mulher saiu e convidou-os... E eles responderam:
- Nós não entraremos juntos em sua casa.
- Mas por que não? Ela quis saber.
Um dos homens explicou:
- O nome dele é Riqueza, disse apontando a um dos amigos...
e disse apontando ao outro: Ele é Sucesso e eu sou Amor...
Então ele acrescentou: Agora entre e veja com o seu marido
qual de nós você quer que entre em sua casa.
A mulher entrou e contou para o marido o acontecido...
- Que legal, ele disse! Já que esse é o caso, vamos
convidar a Riqueza... Deixe-o entrar e encher nossa casa de riqueza...
Mas a esposa discordou:
- Meu querido, por que nós não convidamos o Sucesso?
A prima dele estava escutando do outro canto da casa.
Ela deu um salto com a seguinte sugestão:
- Não seria melhor convidar o Amor? Nossa casa será
enchida de carinho...
- Vamos atender ao conselho de minha prima, disse o marido à
esposa
- Vá lá fora e convide o Amor para entrar.
A mulher saiu e perguntou para os 3 velhos homens:
- Qual de vocês é o Amor? Por favor entre e seja nosso
convidado.
Amor se levantou e seguiu-a até a casa. Os outros dois se
levantaram e o seguiram. Surpresa, a senhora perguntou:
- Riqueza e Sucesso, eu só convidei Amor, por que vocês
estão entrando?
Os velhos homens responderam juntos:
- Se você tivesse convidado Riqueza ou Sucesso os outros dois
teriam ficado lá fora, mas desde que você convidou
Amor, onde quer que ele vá nós vamos com ele...Pois,
onde há Amor também há Riqueza e Sucesso!!!
PROVA CONVINCENTE
Nisto conhecerão todos que sois Meus discípulos, se
tiverdes amor uns aos outros. S. João 13:35.
Quando eu era adolescente, resolvi deixar minha marca no mundo como
artista. Meu pai havia recentemente adquirido uma Bíblia
em três volumes, ilustrada por Paul Gustave Doré, e
aquelas ilustrações tiveram peso importante na minha
decisão.
Doré obteve fama com as suas gravuras de personagens religiosos
e históricos. Passei horas estudando as técnicas dele
e, embora meu interesse pela arte se desvanecesse com o tempo, ainda
guardo vívidas imagens mentais daqueles desenhos.
Certa ocasião, viajando pela Europa, Doré perdeu seu
passaporte. Quando ele chegou à alfândega seguinte,
o guarda lhe pediu os documentos de viagem. Doré tentou explicar
o que tinha acontecido.
- Eu sou Paul Gustave Doré - disse ele - e perdi meu passaporte.
Apreciaria que fizesse a gentileza de deixar-me passar. Tenho de
atender a compromissos importantes.
- - Não tente fazer-nos de bobos - disparou o guarda. - Você
não é a primeira pessoa que perde o passaporte e tenta
fazer-se passar por alguém importante.
Doré suplicou a compreensão do guarda, mas em vão.
Finalmente, um oficial aproximou-se e disse: - Se o senhor é
realmente Doré, tome este lápis e papel e desenhe
aquele grupo de camponeses ali.
Dentro de alguns minutos, o grande artista produziu uma figura de
semelhança impressionante com o grupo. Mesmo antes de concluído
o desenho, o oficial, convencido de que aquele era realmente o famoso
artista, permitiu-lhe a entrada no país.
Algumas pessoas, hoje, tentam fazer-se passar por cristãs,
mas falta-lhes o amor fraternal que, segundo Jesus, caracterizaria
Seus seguidores. Os cristãos primitivos viveram numa época
em que a prática do cristianismo podia significar o martírio,
mas ainda assim demonstravam o seu amor fraternal, arriscando a
vida para ajudar seus irmãos perseguidos; em alguns casos,
obtinham inclusive a relutante admiração dos perseguidores.
Tertuliano, um escritor cristão do segundo e terceiro séculos,
citou a declaração de um oficial pagão desta
maneira: "Veja como esses cristãos se amam uns aos outros."
O amor fraternal não é um manto que se "veste"
para convencer os incrédulos, mas uma qualidade que brota
naturalmente de um coração amorável.
O LIVRO DE DEUS
Um menino brincava no porão de sua casa quando no meio de
alguns livros velhos achou um livro de capa preta. Correndo foi
mostrá-lo à sua mãe.
- Mamãe, que livro é este?
- Meu filho, este é o livro de Deus!
Então porque a gente não o devolve para Deus, já
que nunca o lemos?
REFLETIR A LUZ DE CRISTO
Certo homem comprou uma maravilhosa caixa de jóias que o
comerciante lhe afirmara, brilharia no escuro. Naquela noite ele
colocou a caixa sobre a mesa e apagou as luzes. Para seu desapontamento,
a caixa não brilhou no escuro. Sua esposa percebeu seu desapontamento.
Na noite seguinte ela colocou a caixa sobre a mesa, como ele fizera
na noite anterior. Para a delicia de ambos, a caixa brilhou com
brilho excepcional.
Sua esposa, então, explicou: "Você se havia esquecido
de seguir as instruções que aqui se encontram: Coloque-me
no sol durante o dia, que eu brilharei a noite."
Não havia uma lei física pela qual a caixa pudesse
irradiar uma luz que não houvesse antes absorvido. Não
há também uma lei no espirito pela qual possamos irradiar
a luz que há em Cristo, sem que, primeiro, a tenhamos absorvido
dEle.
A BÍBLIA FUNCIONA
Um medico cristão estava lendo sua Bíblia assentado
num banco da praça, quando um senhor se aproximou e reconhecendo
o médico disse:
- Não posso crer que o senhor, com sua cultura, consiga ler
e acreditar num livro como esse!
- Por quê? Perguntou o médico.
- Por que nem sabemos quem escreveu este livro. Eu não acredito
numa coisa que nem sequer saiba quem escreveu.
O medico olhou fixamente para o homem e perguntou-lhe:
- O senhor acredita e usa a tabuada?
- Sim. uso-a freqüentemente.
O senhor sabe quem escreveu a tabuada?
- Não, não sei, respondeu o incrédulo.
- Como é então que o senhor acredita e usa algo que
o senhor nem sequer sabe quem escreveu? Perguntou-lhe o médico.
O homem embaraçado teve uma idéia brilhante e respondeu:
- É que a tabuada funciona, e todo mundo sabe disto.
- Meu amigo, disse o médico, a Bíblia também
funciona muito bem.
E eu poderia mostrar centenas de pessoas que tiveram suas vidas
modificadas pela Palavra de Deus. Seus ensinos são vida para
quem os coloca no coração.
A BOMBA D'ÁGUA
Contam que um certo homem estava perdido no deserto, prestes a morrer
de sede. Foi quando ele chegou a uma casinha velha – uma cabana
desmoronando - sem janelas, sem teto, batida pelo tempo. O homem
perambulou por ali e encontrou uma pequena sombra onde se acomodou,
fugindo do calor do sol desértico. Olhando ao redor, viu
uma bomba a alguns metros de distância, bem velha e enferrujada.
Ele se arrastou até ali, agarrou a manivela, e começou
a bombear sem parar. Nada aconteceu. Desapontado, caiu prostrado
para trás e notou que ao lado da bomba havia uma garrafa.
Olhou-a, limpou-a, removendo a sujeira e o pó, e leu o seguinte
recado: "Você precisa primeiro preparar a bomba com toda
a água desta garrafa, meu amigo. PS.: Faça o favor
de encher a garrafa outra vez antes de partir."
O homem arrancou a rolha da garrafa e, de fato, lá estava
a água. A garrafa estava quase cheia de água! De repente,
ele se viu em um dilema: Se bebesse aquela água poderia sobreviver,
mas se despejasse toda a água na velha bomba enferrujada,
talvez obtivesse água fresca, bem fria, lá no fundo
do poço, toda a água que quisesse e poderia deixar
a garrafa cheia para a próxima pessoa... mas talvez isso
não desse certo.
Que deveria fazer? Despejar a água na velha bomba e esperar
a água fresca e fria ou beber a água velha e salvar
sua vida? Deveria perder toda a água que tinha na esperança
daquelas instruções pouco confiáveis, escritas
não se sabia quando?
Com relutância, o homem despejou toda a água na bomba.
Em seguida, agarrou a manivela e começou a bombear... e a
bomba começou a chiar. E nada aconteceu!
E a bomba foi rangendo e chiando. Então surgiu um fiozinho
de água; depois um pequeno fluxo, e finalmente a água
jorrou com abundância! A bomba velha e enferrujada fez jorrar
muita, mas muita água fresca e cristalina. Ele encheu a garrafa
e bebeu dela até se fartar. Encheu-a outra vez para o próximo
que por ali poderia passar, arrolhou-a e acrescentou uma pequena
nota ao bilhete preso nela: "Creia-me, funciona! Você
precisa dar toda a água antes de poder obtê-la de volta!"
Podemos aprender coisas importantes a partir dessa breve história:
AMOR QUE TANTO NOS BUSCA
Numa esplêndida noite de céu claro e lua cheia, um
barco a vapor descia as correntes do rio Potomac, na América
do Norte, com umas poucas pessoas a bordo. Tão calma estava
a natureza, que só se ouvia o ruído do motorzinho
a cortar as águas sob a luz do luar brilhante.
Atendendo a pedidos dos passageiros, o senhor Sankey, amigo do evangelista
D.L. Moody, tomou a viola e pôs-se a cantar o que sabia: hinos
cristãos.
De repente, quando entoava o hino "Jesus, Minha Fortaleza",
foi o cantor interrompido por um homem de pele bronzeada, que lhe
falou, aludindo à Guerra de Secessão recém-acabada
naquele país:
• Senhor, esteve no exército do Sul?
• Sim – foi a resposta.
• Esteve no batalhão tal e no regimento tal?
• Sim, estive, tornou a aquiescer o cantor. Como você
sabe?
• Nunca mais me esqueço, senhor - prosseguiu o homem
de tez vermelha – da noite enluarada em que o vi só
com o rosto descoberto. Logo percebi tratar-se de um soldado inimigo
do meu exército, o do norte. Tomei, então, meu fuzil
e estava pronto para puxar o gatilho, quando o vi sacar da viola,
voltar os olhos para o céu e começar a cantar. O hino
cristão que ouvi derreteu meu coração. Pensei
com meus botões que esse Jesus a quem o senhor cantava devia
ser mesmo muito poderoso, para salvar-lhe a vida na hora exata,
quando um fuzil estava a ponto de tirá-la. Senhor, o hino
que ouvi naquela noite era o que há pouco cantávamos
aqui. Jamais a lua iluminou seu rosto descoberto precisamente como
agora o vejo. Entendo que é grande a misericórdia
desse Jesus por ter-me enviado duas vezes o senhor para que eu pudesse
conhecê-Lo. Da primeira vez, foi forte a impressão
que eu tive; desta, estou decidido a responder a alguém que
tanto tem me procurado. Por favor, amigo, ajude-me a encontrar Jesus.
"O Filho do homem, veio buscar o perdido" (Lucas 19:10)
Bibliografia:
ANDRADE, Anísio Renato de. Apostila sobre Como Elaborar
Esboços e Sermões. 2001. 10p.
DANTAS, Anísio Batista. Como Preparar Sermões.
Rio de Janeiro: CPAD. 1995. 128p
DUARTE, Noélio. Você pode falar melhor. Rio de
Janeiro: Juerp.
KIRST, Nelson. Rudimentos da Homilética. São
Leopoldo: Sinodal. 1996. 212p.
MACHADO, Adilson. Apostila sobre Oratória Básica.
União da Vitória: Senac. 1996.
MARTINS, Edson. Apostila sobre Homilética. Curitiba:
Faculdade Teológica Batista do Paraná. 2001.
POLITO, Reinaldo. Assim é que se fala - 13a edição.
São Paulo: Editora Saraiva. 1999.
ROBINSON, Haddon W. A Pregação Bíblica.
3ª Edição. São Paulo: Edições
Vida Nova. 1990. 150p.
SHEED, Russel Philip. Palavra Viva: Extraindo e Expondo a
Mensagem. São Paulo: Vida Nova. 2000. 112p.
SILVA, Plinio Moreira da. HOMILÉTICA, A Eloquência
da Pregação. Curitiba: AD Santos Editora. 1999.
184p.
Páginas na Internet:
www.advir.com.br
www.ebdweb.com.br
www.polito.com.br
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