Self Eater and Drinker
![]()
Terceira edição da etiqueta do Porto, este é o CD que coloca finalmente em primeiro plano dois dos músicos nacionais que há mais tempo circulam nos meios da improvisação — Jorge Valente, por exemplo, pertenceu a uma das formações dos Plexus de Carlos Zíngaro, nos idos anos 70. José Ernesto Rodrigues participou recentemente em metade de «Projects», de Carlos Bechegas, lançado pela britânica Leo Lab, mas tem aqui a "visibilidade" que lhe faltava. Musicalmente, reconhecem-se influências do pós-serialismo e das práticas mais convencionais daquilo que ficou conhecido como "live-electronics". Introspectiva, minimalista no sentido da economia dos materiais sonoros e das técnicas utilizadas (o violinista procura utilizar apenas certos motivos em cada tema, restringindo o seu âmbito de acção), esta suite em oito partes dedicada a Martin Kippenberger ouve-se com bastante agrado [...]
Rui Eduardo Paes (JL)
Dos artistas que se mueven en mundos tan diversos no podían menos que aportar un cierto aire renovador ante el saturado y empalagoso mundo de la tecnología digital.
Rogelio Pereira (Margen)
... En duo avec Jorge Valente («Self Eater and Drinker») au synthétiseur et à l’ordinateur, Ernesto Rodrigues utilise uniquement le violon (préparé ou non, dans une démarche qui doit beaucoup à John Cage). L’interaction des sonorités acoustiques et électriques brosse un tableau intrigant au sein duquel l’élément de surprise vient continuellement brouiller les séquences répétitives.
Thierry Quénum (Jazz Magazine)
I thought about fragments of life, caught glimpses of extra sensorial activities, intercepted dialogues between strange alien creatures...The duo of Ernesto Rodrigues (processed and prepared violin) and Jorge Valente (computer, synth) leaves you a lot of space, both literally - respecting the principle of silence and sound equally fundamental - and to the imagination, as one is forced to use his own to figure out what's going to happen, right after the very first moments of their interconnection. The alternance between strange waves of allucinating auras and the spiky hits of the strings mixed with computer processed electronics is the strong point of this record: a total of eight movements flowing without any fatigue and showing everyone that no categorization is necessary when intelligence is involved.
Massimo Ricci (Touching Extremes)
... On retrouve le même désir de diversité et de non-répétition dans «Self Eater and Drinker». Cage n’est pas loin, le violon déréglé s’étire, l’archet s’abat, la caisse de résonance du violon devient percussion à part entière. Il y a juste un petit peu plus d’austérité par rapport à «Multiples». Il y a le débit irraisonné des computers de Jorge Valente, les renversements arides d’Ernesto Rodrigues. Il y a en tout cas une personnalité émergeante singulière dont on attend les prochains enregistrements avec impatience. Merci boss!