ANA SUZUKI
-VIDA E OBRA -
Nascida em Taubaté, no interior de São Paulo, Aparecida Ana França passou a ter sobrenome japonês a partir de 1972, quando se casou com Tadao Suzuki, de Fukushima-Ken, Japão. Criada no Rio de Janeiro, entre os quartéis da Vila Militar, em 1944 assistiu ao embarque dos pracinhas brasileiros que iriam participar da Segunda Guerra Mundial. Dentre eles estava seu pai, e este fato lhe marcou fortemente a vida, conforme narrado em seu infnto-juvenil "Guerra é Guerra". No ano seguinte, quando o pai retornou, são e salvo de corpo, porém ferido na alma, toda a vida da família se trantornou. Mas havia naquele mar de conflitos uma ilha de paz – o quintal, todos os quintais da infância de Ana Suzuki, de onde ela, mais tarde, iria retirar personagens para os seus livros ( A Marrequinha de Pequim, O Galo Apaixonado, etc). Quando professora primária, lecionou na zona rural, para filhos de imigrantes japoneses, sendo que este segundo fato também veio a marcar sua vida e sua literatura. Dos quinze livros que publicou, quatro são dedicados à cultura japonesa. Segundo Ana, foram três as paixões de sua infância: os bichos, as árvores e as palavras. Sobretudo as palavras – sua magia, seus significados, o modo como se juntavam para formar frases. Aos 16 anos, combinando suas próprias frases, publicou seu primeiro artigo em jornal, e aos 21 o seu primeiro romance.
Depois de escrever mais alguns livros para adultos, passou definitivamente
à literatura infanto-juvenil. Era preciso, porque seu espírito,
alegre apesar de tudo, porém ainda confuso, queria resgatar certezas
e incertezas vividas na infância. Em seus livros, ela
já foi sapo, marreca, bruxa, soldado, papagaio, criancinha
e tudo o mais que as editoras lhe permitiram que fosse.
Um dia, notou que, em todos os seus livros, para crianças ou adultos,
havia colocado um pouco de namoro, amor, paixão. E é por
esta razão que, daqui por diante, pretende escrever também
histórias para adolescentes, para "almas namoradeiras", como diz.
.A autora ocupa na Academia Campinense de Letras a Cadeira 38, cujo patrono é Campos Salles. |
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