não imaginas, ninguém imagina, como o meu
peito
ficou vazio depois de partires. o teu sorriso existia
ainda dentro de mim, mas já não eras tu. era a tua
imagem.
não penso para onde foste porque o meu peito, sem
ti, fica atravessado por lâminas. tenho um silêncio
dentro. toco os sítios onde estiveram as tuas mãos.
sinto o que sentiste.
fico acordado de noire, com a esperança secreta de
que possas regressar.
José
Luis Peixoto