Se
o fogo destruir a casa
E apagar o cal que caia a casa
Onde irei escrever o teu nome?
E
se não escrever o teu nome
Como direi a alegria ao mundo?
Ainda
que vigie como um sistema de alarme
E encha a minha boca de sirenes
Como direi na minha casa em chamas
Que és a única luz?
O
chão carbonizado é a erosão do meu destino
Respeito oluto e não vou abrir caminhos:
Mas se tu és também o incêndio
Como não rebento nas cinzas?
E
se o fogo destruir o homem que caia a casa
E apagar o coração
Como explicarei aos sem abrigo
O teu auxílio?
O
relento não pode vergar-me
Porque sou mais resistente do que o hissope:
Mas se o fogo consome o sopro que me mantém de pé
Que chama porei em fronte quando o teu anjo vier?
Daniel Faria