E
quando perceberam
Que a noite era só deles,
Mataram desejos
E rolaram beijos
Colados ao corpo,
Perdidos no chão.
Então
os dois foram um,
E o tempo nenhum
Para o que tinham para se dar,
Põe o teu corpo no meu,
Deixa a noite acabar.
Então
de um fez-se dois,
E o tempo depois
Foi tão pouco para viver,
Põe o teu corpo no meu
Sente o meu a amanhecer.
Hei,
hei, hei, X 4
Eu e tu somos iguais...
Enrolou
um cigarro
Que fumaram a dois,
Revivendo o prazer
Que viria depois.
Beberam olhares,
Lugares de veneno,
Nas paredes do quarto
O mundo é tão pequeno.
E eu e tu somos iguais.
Partiram no carro
A voar na cidade,
Encantados nas luzes,
Despistando a vontade.
Deram-se as mãos,
E os corpos também,
A 200 à hora
Não os vai vencer ninguém.
E eu e tu somos iguais.
E pararam o mundo
Numa rua qualquer,
Num abraço sereno
Sem ninguém perceber...
E eu e tu somos iguais.
E
quando perceberam
Que a noite era só deles,
Mataram desejos
E rolaram beijos
Colados ao corpo,
Perdidos no chão.
Refrão