O conceito de Educação Permanente,
surgiu nas ultimas décadas do Séc XX. As novas
tecnologias e o avanço da ciência e medicina
contribuiram para o aumento da longevidade e esperança
de vida da espécie humana. As sociedades confrontam-se
com uma população cada vez mais idosa e em maior número.
A pirâmide que dantes caracterizava as faixas etárias
existentes, com os mais novos e jovens na base, e os
idosos no topo, agora tende para um quadrado, em que
jovens e idosos aparecem em números cada vez mais
semelhantes.
Desta forma, indo ao encontro das
necessidades desta camada da população, cada vez mais
exigente, lúcida e saudável, aparecem as Universidades
para a Terceira Idade, e os Programas de ocupação dos
Tempos Livres, grande parte deles patrocinados pela
Organização Mundial de Saúde. A ideia de "já não
se ter idade para aprender", e que, depois da
reforma "chegou a altura de se arrumarem as botas",
deixa de fazer sentido.

Mas é necessário ocupar-se o tempo
livre de uma forma saudável e activa e não apenas com
actividades para "passar o tempo". Apesar de
ser inevitável e natural o envelhecimento, sendo das
poucas certezas que o ser humano tem, assim como a da
morte, uma vida activa do idoso contribui para atenuar os
efeitos psíquicos, físicos e emocionais do
envelhecimento.
O próprio conceito de "velho"
foi variando ao longo dos séculos. No século XIII, era-se
velho aos 30 anos. E mesmo no Século XIX, 40 anos eram já
considerados uma idade avançada. Actualmente,a própria
designação de "terceira idade", passou a ser
insuficiente e acrescentou-se a "quarta idade"
. Os americanos usam dois termos para distinguir a fase
do envelhecimento: Os "velhos-jovens" para os
que têm entre 55/75 anos, e os "velhos-velhos"
para os que ultrapassam os 80 anos.
Mas o aumento da esperança de vida leva
a rápidamente terem de se reformularem os conceitos de
"velhice" e "envelhecimento". Por
outro lado, os próprios estereotipos sociais sobre a
velhice têm vindo a alterar-se considerando-se o
envelhecimento como uma oportunidade de aprendizagem,
tendo o idoso um papel activo, ocupando um espaço
fundamental na sociedade.
No oriente não se pergunta a idade a uma
mulher jovem, mas sim às mais idosas, que respondem com
orgulho terem 70 ou 80 anos, ao contrário do que se
passa no ocidente, em que a partir de certa altura já não
se deve perguntar a idade a uma senhora para não a
melindrar, como se , o ter-se muitos anos de vida fosse
um motivo de vergonha ou ter-se algo a esconder!
Na China é vulgar encontrarem-se anciões
com 90/100 anos a fazerem diáriamente as suas rotinas
Qigong nos parques municipais. É conhecido o facto do
organismo humano estar preparado para resistir até aos
120 anos de idade. Factores como o stress da vida
moderna, a má alimentação, a falta de exercício físico,
o tabaco, o alcool contribuiem para tirar "anos"
à vida, ou diminuir a sua qualidade.
A prática sistemática de actividades
como o Qigong, é uma excelente forma de prevenir o
aparecimento da osteoporose, problema que afecta grande
parte da população a partir de uma certa idade,
combater a tendência para a inactividade diminuindo a
sensação de isolamento, promovendo uma nova forma dos
mais velhos se relacionarem com o seu corpo.
Envelhecer é um previlégio não uma
doença! Saber envelhecer bem é sabedoria. Existem
certas limitações que o tempo inevitávelmente faz
aparecer, mas a maior de todas são os nossos pensamentos
que condicionam as nossas atitudes!
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