CATEQUESE - CONTEÚDO BÁSICO

Evangelização: Etimologia do termo evangelizar: Euaggelizein que significa anunciar a boa nova, ou o anúncio da mensagem escatológica.

1º sentido: Evangelizar, é anunciar a Boa Nova da salvação de Jesus Cristo a quem nunca ouviu falar. Boa Notícia - evangelho; novidade: Jesus Cristo ressuscitado 1º anúncio a quem nunca ouviu; onde ficam as massas de batizados sem fé? EVOLUÇÃO.

2º sentido: Evangelizar é o anúncio da salva-ção, realizada em Jesus Cristo, feito em Pala-vras a quem não ouviu e a quem já ouviu. O Anúncio feito em Palavras a quem já ouviu a Boa Nova e a quem não ouviu. É preciso evangelizar. E qual a importância da liturgia? e dos sacramentos? DO TERMO EVANGELIZAÇÃO

3º sentido: Evangelizar é o anúncio de Jesus Cristo, feito em palavras e gestos sacramentais, a quem já ouviu e a quém ainda não ouviu. ð A liturgia e os sacramentos são verdadeiro anúncio, evangelização; A Igreja anuncia pela vida e pela oração.Mas e a caridade? e a promoção humana?

4º sentido: Evangelizar é o anúncio de Jesus Cristo, feito em palavras, gestos sacramentais e não sacramentais, em vista da libertação do ho-mem todo e de todo o homem. A perspectiva da evangelização é a libertação do homem; A promoção humana é verdadeiro anúncio, evangelização.

Evangelizar, para a Igreja, é levar a Boa Nova a todas as parcelas da humanidade, em qualquer meio e latitude, e pelo seu influxo transformá-las a partir de dentro e tornar nova a própria humanidade. (...) Não haverá humanidade nova, se não houver em primeiro lugar homens novos, pela novidade do ba-tismo e da vida segundo o Evangelho”. Evangelizar é o “Primeiro anúncio do Evangelho ou pregação missionária pelo ‘kerigma’ para suscitar a fé”. “A opção pela evangelização, como ‘graça e vocação própria da Igreja’ (Evangelii Nuntiandi nº 14), emerge em grande parte exigida pelas condições mudadas da nossa sociedade, não mais caracterizada pela unanimidade de pertença e de adesão ao cristianismo, como fato cultural e religioso. A ruptura da uni-dade ideológica, o advento do pluralismo social e cultural, a nova consciência da liberdade pessoal são fatos que tornam inexeqüível o processo quase automático de socialização religiosa tradicional. Daí, a necessidade de recolocar em vigor, em todos os níveis da vida eclesial, a função evangelizadora, a fim de que a conversão pessoal e amadurecimento da fé voltem a ser o verdadeiro critério decisivo de pertença e de participação à missão da Igreja. De-cidir colocar-se em estado de evangelização é uma opção densa de conseqüências, cujo alcance nos permite falar de mudança histórica.” Catequese: Etimologia do termo catequese: provem do verbo “kathcew” que significa fazer ressoar, fazer ecoar. “A Catequese é um processo dinâmico e abrangente de educação da fé, um itinerário, e não apenas uma instrução. Na Igreja primitiva, já encontramos essa concepção de Catequese no catecumenato, onde o ensino da “Doutrina dos Apóstolos” está unido a uma vivência comunitária, à liturgia e uma pro-longada iniciação à vida cristã em diversas etapas.”

“A Catequese é um processo de educação comunitária, permanente, progressiva, ordenada, orgânica e sistemática da fé”. “Catequizar é levar alguém, de certa maneira, a perscrutar o Mistério de Jesus Cristo em todas as dimensões: “expor à luz, diante de todos, qual seja a disposição divina, o Mistério... Compreender, com todos os santos, qual seja a largura, o comprimento, a altura e profundidade... conhecer a caridade de Cristo, que ultrapassa qualquer conhecimento... (entrar em) toda a Plenitude de Deus” “A catequese ‘que consiste na educação ordenada e progressiva da fé’ (Mensagem do Sínodo de Catequese, 1) deve ser atividade prioritária na América Latina, se quisermos conseguir uma renovação profunda da vida cristã e, com esta, uma nova civilização que seja participação e comunhão de pessoas na Igreja e na sociedade”. A catequese “não é simples ensino, mas é transmissão de uma mensagem de vida, como jamais será possível encontrar em outras expressões do pen-samento humano, mesmo sublimes.. Quem diz ‘mensagem’, diz algo mais do que doutrina. Quantas doutrinas de fato jamais chegam a ser mensagem! A mensagem não se limita a propor idéias: ela exige uma resposta, pois é interpelação entre pessoas entre aquele que propõe e aquele que responde.” O documento sobre a Catequese de Medellin elenca uma série 4 (quatro) tarefas ‘complexas e difíceis de conciliar, que cabem à catequese: & “Promover a evolução de formas tradicionais da fé, próprias de uma grande parte do pvo cristão, e também suscitar novas formas. & Evangelizar e catequizar massas inumeráveis de pessoas simples, freqëntemente analfabetas: e, ao mesmo tempo, responder às necessidades dos estudantes e ds intelctuais que são os grupos mais vivos e dinâmicos da sociedade. & Purificar, quando é necessário, formas tradicionais de presença; e, ao mesmo tempo, descobrir uma nova modalidade de estar presente nas formas contemporâneas de expressão e comunicação numa sociedade que se seculariza. & Assegurar, por fim, o conjunto destas tarefas, utilizando todos os recursos atuais da Igreja; e, ao mesmo tempo, rejeitar formas de influência e atitu-des de vida que não sejam evangélicas.” “A catequese é aquela forma de ação eclesial que leva os indivíduos e as comunidades cristãs à maturidade da fé” Ensino religioso escolar: “A dimensão religiosa do ser humano é elemento imprescindível para a sua realização como pessoa. O desenvolvimento da mesma exige uma educação qualificada. “O ensino religioso deve assegurar o cultivo dos valores éticos que brotam das razões i\íntimas e transcendentais que definem a pessoa na sua verdade mais aguda. A abertura para o transcendente é fonte de cultura e força para o homem assumir seu engajamento na história, oferecendo-lhe critérios na busca de um mundo solidário. Sem cultivo dessa dimensão, falta o espaço para o pleno exercício da consciência de cidadania e participação política” (Dom Vital Wilderink, bispo responsável pelo ERE na 24ª reunião da C.E.P. set/1989). “Se é verdade que as instuições católicas devem respeitar a liberdade de consciência, isto é, devem evitar influenciá-la do exterior, mediante press~es físi-cas ou morais, especialmente no que diz respeito aos atos religiosos dos adolescentes, elas têm não obstante o grave dever de propor uma formação reli-giosa, adaptada às situações freqëntmente muito diversas dos alunos e também o dever de lhes fazer compreender que o apelo de Deus a servi-lo em espírito de verdade, segundo os mandamentos do mesmo Deus e os preceitos da Igreja, sem cnstranger o homem não deixa de o obrigar em consciên-cia. Mas eu penso também nas escolas não confessionais e nas escolas públicas. E quero exprimir votos ardentes para que, em correspondência a um direito bem claro da pessoa humana e das famílias e no respeito pela liberdade religiosa de cada um, se torne possível a todos os alunos católicos progredirem na sua formação espiritual, com a contribuição de um ensino religioso que depende da Igreja, mas que, conforme os países, pode ser proporcionado pela escola ou no quadro da escola, ou ainda no quadro de um acordo com os poderes públicos sobre a programação e horários escolares, no caso de a catequese ser ministrada somente na paróquia ou noutro centro pastoral. Com efeito, mesmo naquelas partes onde exitam dificuldades objetivas, por exemplo, quando os alunos são de religiões diversas, é necessário combinar os horários escolares de modo a permitir aos católicos aprofundarem a sua fé e a sua experiência religiosa, com a ajuda de educadores qualifi-cados, sacerdotes ou leigos.” “Um ensino religioso que respeite a sua autêntica função dentro da escola pode ser caracterizado como enfoque educativo e cultural do fato religi-oso, tomado na na concretez das suas realizações históricas e na multiplicidade das suas dimensões, em conformidade e sintonia com o projeto educati-vo e cultural da própria escola. Trata-se, pois, de um ensino ou de uma área temática semelhante às outras disciplinas incluídas no curículo da escola, um ensino que não exclui nenhum aspecto importante da problemática religiosa, mas que conserva presentes tanto as exigências atualizadas da metodologia didática, quanto as condições reais e os direitos dos alunos”

Possivel Conceito, o ensino religioso é a atividade pedagógico-escolar pela qual se educa a dimensão religiosa natural da pessoa, a fim de que possa dar respostas adequadas às grandes perguntas existenciais sobre a origem e o sentido de sua vida, o sentido da morte e da transcendência e, assim, conheça a sua identidade mais íntima e se realcione consciente, crítica e maduramen-te com o mundo, com o outro e com o transcendente.

      Alguns comentários sobre os conceitos descritos

“A primeira evangelização teve como instrumentos privilegiados homens e mulheres de vida santa. Os meios pastorais foram uma incansável pregação da Palavra, a celebração dos sacramentos, a catequese, o culto mariano, a prática das obras de misericórdia, a denúncia das injustiças, a defesa dos po-bres e a especial solicitude pela educação e promoção humana. Os grandes evangelizadores defenderam os direitos e a dignidade dos aborígenes e censuraram ‘os atropelos cometidos contra os índios na época da conquista’ (João Paulo II, Mensagem aos indígenas, 12 de outubro de 1992, 2). Os bispos, por sua vez, em seus concílios e outras reuniões, em cartas aos Reis da Espa-nha e Portugal e nos decretos de visita pastoral, revelam também essa atitude profética de denúncia, unida ao anúncio do Evangelho.”

“A Nova Evangelização tem como ponto de partida a certeza de que em Cristo há uma ‘riqueza insondável’ (Ef. 3,8) que nenhuma cultura, de qualquer época, extingue, e à qual nós homens sempre poderemos recorer para enriquecer-nos (João Paulo II, “Discurso Inaugural”, 6). Falar de Nova Evangelização é re-conhcer que existiu uma antiga e primeira. Seria impróprio falar de Nova Evangelização de tribos ou povos que nunca receberam o Evangelho.

Na Améri-ca Latina, pode-se falar assim, porque aqui se realizou uma primeira evangelização nos últimos 500 anos. Falar de Nova Evangelização não significa que a anterior tenha sido inválida, infrutuosa ou de curta duração. Significa que hoje novos desafios, no-vas interpelações se fazem aos cristãos e aos quais é urgente responder. Falar de Nova Evangelização, como advertiu o Papa no Discurso Inaugural desta IV Conferência, não significa propor um novo Evangelho diferente do primeiro: há um só e único Evangelho do qual se podem tirar luzes novas para problemas novos. Falar em Nova Evangelização não quer dizer reevangelizar. Na América Latina, não se trata de prescindir da primeira evangelização, mas de partir dos ricos e abundantes valores que ela deixou para aprofundá-los e complementá-los, corrigindo as deficiências anteriores.

A Nova Evangelização surge na América Latina como resposta aos problemas apresentados pela realidade de um Continente no qual se dá um divórcio entre fé e vida, ao ponto de produzir clamorosas situações de injustiças, desigualdade social e violência. Implica enfrentar a grandiosa tarefa de infundir energias ao cristianismo da América Latina.

Nova Evangelização é algo atuante, dinâmico. É, antes de tudo, chamado à conversão e à esperança que se apóia nas promessas de Deus e que tem como certeza inquebrantável a Ressurreição de Cristo, primeiro anúncio e raiz de toda evangelização, fundamento de toda promoção humana, prin-cípio de toda autêntica cultura cristã. É também um novo âmbito vital, um novo Pentecostes em que o acolhimento do Espírito Santo fará surgir um povo renovado, constituído de homens livres, conscientes de sua dignidade e capazes de forjar uma história verdadeiramente humana. É o conjunto de meios, ações e atitudes aptos para pôr o Evangelho em diálogo ativo com a modernidade e o pós-moderno, seja para interpretá-os, seja para deixar-se interpelar por eles. Também é o esforço por inculturar o Evangelho na situação atual das culturas de nosso Continente. ...”

“A catequese deve conservar sempre seu caráter dinâmico e evolutivo. A tomada de consciência da mensagem cristã se faz aprofundando cada vez mais a compreensão autêntica da Verdade revelada. Contudo, esta tomada progressiva de consciência cresce no ritmo do surgir das experiências humanas, individuais e coletivas. Por isso, a fidelidade da Igreja à Revelação tem que ser e é dinâmica. A catequese não pode, pois, ignorar em sua renovação as mudanças econômicas, demográficas, sociais e culturais sofridas na América”.

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