MOTIVAÇÕES E
APLICAÇÕES
Um dos campos mais férteis é na ciência da
computação. Podem ser usadas em Progra- mação
de Lógica Paraconsistente, Inteligência
Artificial, na elaboração de sistemas espe-
cialistas. Sistemas Especialistas> Usando
técnicas de inteligência artificial, uma base
de conhecimento e programa de computador que usa
conhecimento e procedimento de infe- rência. As
técnicas de inteligência artificial utilizadas
dão especialmente aquelas desen- volvidas para
resolver problemas. A base de conhecimento
consiste de fatos e heurística, onde
"fatos" constituem o corpo da
informação que é de notório conhecimento
científico, público e geralmente de acordo com
o pensamento de peritos da área e
"heurística" (na maior parte
confidencial), que são regras de raciocínio
plausível, regras de bom senso ca-
racterísticos de uma decisão a
nível-especialista feita na área. Um sistema
especialista é composto de programas
sofisticados que manipulam a base de conhecimento
previamen- te adquirida de especialistas humanos,
e, usando procedimento de inferência,
heurística e incerteza, tem a capacidade de
oferecer ao inquiridor conselhos inteligentes ou
decidir in- teligentemente sobre o processamento
de uma função e também justificar sua própria
li- nha de raciocínio de maneira direta quando
inquiridos. Os problemas resolvidos por esses
sistemas são delimitados em uma área
específica do conhecimento humano, e necessa-
riamente são problemas que possam ser
simbolicamente representados. Os sistemas de
computação desenvolvidos, sejam em IA como de
modo geral, precisam e utilizam lógica para seu
desenvolvimento. A lógica que é utilizada (pelo
menos a mais utilizada) é a cha- mada
tradicional que aceita apenas dois valores:
verdadeiro ou falso. Contudo cada vez mais tem-se
necessidade de uma lógica que não represente e
aceite somente esses va- lores. Sistemas
especialistas e bases de conhecimento sobre um
domínio de D são usu- almente construídos por
programadores que em geral, tem pouco
conhecimento sobre D. Os programadores operam por
uma consulta de um grupo de domínio
especialista. Área Médica > Podemos imaginar
de uma forma bem simplificada que, um paciente
pode "en- trevistar-se" com um
determinado computador e, mediante perguntas e
respostas, o com- putador pode chegar a
diagnosticar e até mesmo medicar o paciente.
Para ele agir, cria -se um banco de dados
contendo opiniões dos diversos médicos, e é a
partir do que há nesse banco de dados que o
sistema vai derivar conclusões, valendo-se de
regras de algu- ma lógica. Devido ao fato que os
médicos possam ter opiniões divergentes, em
nosso banco de dados há duas proposições que
contradigam uma à outra, se o sistema operar com
a lógica clássica, pode ocorrer a dedução de
uma contradição, o que inviabiliza o sis- tema
como um todo, e isso traz conseqüências
imprevisíveis, posto que, "qualquer
coisa" poderia ser inferida (ou sugerida ao
paciente). Deste modo, se nós desejarmos
construir um sistema médico especialista
preocupado com o ácido base, então nós podemos
con- sultar vários médicos e induzir para
articular regras de manusear que eles usam em
diag- nósticos de pacientes. Para o tempo
presente, nós assumimos que cada destas regras
de manusear e/ou fatos que os médicos mencionam
podem ser expressados de uma for- ma adequada em
algumas lógicas. Infelizmente, o mundo não é
perfeito, e especialistas em qualquer campo de
estudo dado estão propensos para a
discordância. Por exemplo, dados os mesmos
sintomas observados, médico d1 pode acreditar
que o paciente tem, em toda probabilidade uma
infeção de vírus. Por outro lado, médico d2
pode concluir que o paciente tem uma reação
alérgica. Médico d3, que é muito conservador
pode dizer justo que o paciente tem qualquer
infeção viral ou uma alergia, mas não ambos.
Se nós tivés- semos usado as opiniões dos
médicos d1, d2 e d3 para criar nossa base de
conhecimen- to, então, nós estaríamos
aprovando uma inconsistência. O ponto importante
aqui é que esta inconsistência é natural.
Cientistas discordam por muitos bons motivos. E
de fato, isto é verdade em quase todas as
profissões. Muitas vezes, isto é importante
para relatar que cientistas tem opiniões
conflitantes sobre um problema particular ou
fenômeno. Igualmente importante é que o modo
mais comum de construir bases de conhecimento
(isto é, para construir os especialistas nos
campos de interesse) é seriamente propenso à
inconsistências. Após, devemos ter certeza que
a existência de inconsistência não alerta- rá
o usuário da base de conhecimento. Deste modo,
OLDKB é uma consistência, usual da base de
conhecimento médico, e alguns malícias
individuais introduzem dois novos fa- tos P and
Ø P em OLDKB para a forma NEWKB, então NEWKB é
desnecessário igualar ainda que (intuitivamente
dito) a inconsistência em que NEWKB tem
notação para fazer com a informação em OLDKB.
Robótica > Um grande problema que observamos
quando falamos de robôs inteligentes, falando a
grosso modo, é o fato deles, com o uso da
lógica tradicional, serem muito
"caxias", ficando longe do modo como
uma pessoa pensa. Por esse motivo tem se falado e
utilizado de lógicas não convencionais, como
esta que esta- mos apresentando. Um ser humano
consegue raciocinar com base em informações
con- traditórias e chegar a alguma conclusão.
Na matéria da Folha de São Paulo sobre o as-
sunto, o professor Jair Minoro Abe da Escola
Politécnica da USP e da Unip dá um exem- plo de
um dispositivo que se utilizaria de tal lógica.
O professor Abe e colegas desenvol- veram um
programa chamado ParaLog (corruptela de Prolog)
que reconhece as contra- dições. Outras >
Outras aplicações das lógicas paraconsistentes
foram encontradas em controle de tráfego em
aeroportos; na própria matemática , em física
nos conceitos de "complementaridade".
Exemplificando : "p é uma partícula"
e "p é uma onda". O que acon- tece é
que uma é a negação da outra. Para tratar da
lógica da complementaridade e me- cânica
quântica pode ser usada a lógica paraclássica,
que é um tipo de lógica paracon- sistente.
Outro tipo é a lógica paraconsistente
deônticas aplicada à Filosofia da Ciência e do
Direito. Podem ser aplicadas também: na ética,
nas relações entre certos aspectos da
dialética e a lógica, na questão da
aceitabilidade de hipóteses científicas, na
psicanálise, nos problemas oriundos da lógica
da crença, etc.
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