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Decisões


Passaram-se alguns dias. Foram muitas reuniões entre Magneto e Xavier. Algumas brigas feias com vozes e ânimos exaltados. Em muitas delas os demais x-men nem estavam presentes. Magneto tentou convencer Xavier... inutilmente.

Professor: Você já deveria saber que seu latim não me convence, Eric.

Essa foi a última frase que Eric Lengsherr ouviu de Charles Xavier antes de deixar a mansão dos x-men. Ele passou rapidamente pela sala com raiva, seu magnetismo chegou a derrubar alguns objetos metálicos das estantes.

Bobby: Quebra a casa inteira! Não é tua mesmo!

Nesse instante, uma faca voou e fincou-se sozinha na parede com toda a violência! Passou bem perto de Bobby Drake. Sua reação instantânea foi transformar-se em gelo.

Tempestade: Pela Deusa! É um perigo ter esse homem aqui em casa!

Vampira: Onde ele vai?

Tempestade: Ao que tudo indica, ele vai embora.

Scott: Já estava na hora. Não sei porque insistiu tanto, ele já deveria saber que Xavier se negaria a formar um grupo vingativo. Nem mesmo contra aqueles que nos prenderam.

Tempestade: E como se desse para descobrir quem eram todos! E quais os verdadeiros envolvimentos, até onde cada um chegou.

Silêncio na sala. Vampira levantou-se e começou a recolher os objetos metálicos que tinham caído no chão. Levou para as prateleiras mais altas algumas estátuas de ferro fazendo uso da sua habilidade de vôo. E lá em cima, flutuando e ajeitando as prateleiras, ouviu uma pergunta desconcertante vinda de baixo.

Bobby: Cadê o Gambit, hein, Vampira?!

Vampira: Acho que está no quarto... Ele tem andado estranho ultimamente.

Tempestade: Alguém já reparou que agora ele só fala ao telefone em francês?

Bobby: E as estranhas saídas para Manhattan?! Às vezes de madrugada escuto a moto roncando portão a fora.

Vampira põem as mãos na cintura e desce ao chão irritada.

Vampira: Vocês estão querendo insinuar que ele tá com alguma vagabunda nova?!?!

Tempestade: Não, criança... Eu acho que Remy está com problemas... E dessa vez não me parece mulher.

A sulista tenta não transparecer, mas fica bastante intrigada.

Nesse mesmo instante, volta à sala um Magneto sem suas vestes vermelhas, sem seu capacete e capa suntuosa. Estava vestido normalmente, como Xavier sempre faz. Ele estava pronto para deixar a mansão sem chamar a atenção, sem precisar voar, parecendo um homem normal. Mística estava atrás dele ajudando Noturno a descer as escadas.

Vampira: Que isso?! O Noturno vai com vocês????

Mística: É meu filho... Vai onde eu vou.

Vampira: Seu filho... maior de idade.

Mística: Desmemoriado.

Vampira: Não interessa! Você sabe que antes dele perder a memória, ele nunca aceitaria fazer parte desse grupo insano! - Vampira segurou na manga do casaco de Kurt Wagner - Kurt! Não vvá! Você não faria isso antes! Eu sei que você não lembra, mas eu juro que você se negaria a fazer parte disso! Não precisa nem lembrar... É só pensar que eles vão assassinar pessoas e criar uma outra guerra contra nós mutantes. Violência gera mais violência... O ódio não vai parar nunca.

Magneto: A retirada da memória de Noturno é apenas uma das abominações que eles fizeram contra os mutantes... contra nós, Vampira. Pelos testes feitos por Fera, Noturno e Forge sofreram uma espécie de lobotomia. Perderam parte do cérebro... Na certa era uma experiência para que eles perdessem os poderes. Não deu certo, mas os danos ficaram. Mas vocês... Vocês querem dar flores e beijos em quem fez isso com Noturno! Naqueles que te abusaram! Naqueles que atiraram em Fera! Naqueles que fizeram Jean perder um filho! Naqueles que mataram Sam envenenado por gás e queimaram seu corpo! ...

Emma: Talvez eu mande ursinhos carinhosos para vocês no próximo Natal! Vocês são todos muito meigos! - Disse Emma que também descia as escadas. Ela já havia decidido fazer parte do grupo de Magneto e Mística.

Scott: Não seja ridícula, Emma! Nós não vamos esquecer o caso! Estamos lutando de outras formas! Não queremos que esses crimes continuem impunes!

Magneto: Então esperem deitados, para não cansar. 

Scott se enfureceu!

Scott: Vocês querem usar poderes! Ótimo! Nós também podemos usar poderes sem precisar de violência! Acham que nenhum dos criminosos será julgado?!?! ... E se Xavier usar seus poderes para convencer o juiz?! Para fazer com que os policiais busquem pistas com mais afinco?! Para que advogados de defesa tenham péssimo desempenho?! Para que jurados pensem o que Xavier quiser que eles pensem?! Que tal? ...

Os olhos de Magneto brilharam.

Magneto: Isso já seria um grande começo! Xavier sempre foi o mutante com a melhor bênção que uma mutação poderia dar, mas ele nunca usou seus poderes como podia ter usado. Mais um motivo para que estejamos assim! ... Convença aquele velho a se desfazer de sua ética rígida em relação a manipulação mental... Eu só o vi fazer isso em raríssimas vezes. Se fosse eu, o mundo já estaria em minhas mãos.

Tempestade: Nós sabemos disso, Eric... Nós sabemos...

Magneto: Emma Frost está comigo. Não vou usá-la para manipular cabeça de juizes e jurados, mas já vai ser uma mente telepata de grande serventia para outros trabalhos. 

Então, saem na direção do jardim : Magneto, Mística, Emma Frost e Noturno.

Jubileu desceu as escadas correndo, carregando desajeitada uma mala na mão.

Jubileu: Me espera, Magneto!

Tempestade segurou-a forte pelo braço.

Tempestade: O que é isso, criança?!?! Ficou maluca???

Jubileu: Não, Tempestade! Eu só quero vingar a morte de um amigo meu! Não quero ficar aqui sentada enquanto eles riem dos 400 mutantes que mataram! Entres eles, Sam!

Tempestade: Você não vai!

Jubileu: Me larga, Tempestade! Eu faço o que eu quiser e vou onde quero! Você não pode me impedir!

Bobby: Jubileu, como você pode querer nos deixar?!

Jubileu: Movida por indignação, Bobby! Uma indignação que deveria estar em todos nós! Um sentimento de que não devemos deixar as coisas impunes!

Scott: E não vamos deixar, Jubileu! O que você sente, nós sentimos também!

Bobby: Jubi! Lá você só vai conviver com gente péssima! Emma Frost, que você tanto odeia! A falsa da Mística, o doido do Magneto! Até Noturno está desmemoriado! Imagina os outros maus caráter que eles vão arregimentar para formar o grupo! ... Melhor você ficar!

Tempestade estava fazendo uma enorme ventania que mantinha Jubileu dentro da casa, ela não conseguia sair para o jardim. Por mais que fizesse força, não conseguia caminhar! Por fim, cansada de lutar, soltou fogos de artifícios que queimaram a mão de Tempestade!

Tempestade: Ai!

Vampira: Jubileu!

Jubileu: Estou cansada de ver vocês não fazerem nada! Cansada! Nós precisamos tomar uma decisão!!!! ... Quem será o próximo a morrer por causa da nossa falta de ação!?!? Quem será??? Ninguém faz nada e tudo o que aconteceu fica por isso mesmo! Que ódio!!!

E saiu correndo de volta para o quarto chorando.

Bobby: Machucou muito a mão, Tempestade? Melhor ir no Lab Med para o Fera ver isso...

Scott: ... Por essa eu não esperava.

Vampira: Ela arrasou com a gente! 

Tempestade: ... Ela não deixa de ter razão... Mas eu não podia deixá-la ir.


Vampira voou janela afora e conseguiu encontrar o grupo dissidente ainda dentro do jardim, perto do portão da rua. Ela queria pedir para Magneto nunca aceitar Jubileu no grupo, caso ela fosse procurá-lo.

Vampira: Eric!

Ele voltou-se para trás ao ouvir a voz dela.

Vampira: Queria te pedir uma coisa... - Magneto chegou mais perto. - Se um dia Jubileu pedir para entrar no seu grupo, não aceite ela. Jubileu é muito nova para ser envenenada dessa forma.

Magneto: Ao menos alguém dessa casa ainda consegue se indignar com as injustiças do mundo!

Vampira: Todos nós conseguimos, Eric... Ou você acha que esqueço o que fizeram comigo?! E com os demais também!

Magneto: Você vem conosco?

Vampira: O que???

Magneto: Vem comigo?

Vampira: Claro que não! Meu lugar é aqui! ... Meus tempos de grupo vingativo com a Mística eu quero esquecer. Não faço mais isso.

Magneto: Você seria excelente para os nossos propósitos. Precisamos de mutantes como você... e não como Jubileu. ... Se bem que a força do espírito de Jubileu parece ser mais forte do que a sua.

Vampira: Nós não vamos ficar parados. Vamos prender um a um na cadeia.

Magneto: Para que eles saiam tempos depois, como saiu Edward Northon?! E você viu o que ele fez depois de solto! ... Você só fica aqui por causa dele: Gambit!

Vampira: Mentira! Eu não sou presa a um homem, sou presa à princípios! Mesmo que Gambit não estivesse aqui, eu não iria com vocês!

Magneto: Será?! ... É uma decisão que você precisa tomar.

Vampira: Pode ter certeza! ... Nós... Nós nem podemos nos tocar mais. E mesmo assim, não quero ir.

Magneto: Pois é... Ia te propor uma nova vida. Uma vida de muita ação, ao invés dessa letargia. E uma vida de muitos toques. Esperava que você fosse se tocar!

Vampira: Eu já me toquei! Eu quero é ficar!

Vampira segura os braços de Magneto. Nele, ela podia tocar!

Vampira: Magneto, eu nunca abandonaria os x-men. Não concordo com seus métodos. E isso não faz de mim uma mosca morta! Não tenho sangue de barata! Também estou revoltada! ... Mas não quero partir para a vingança violenta e assassina.

Magneto concorda com um inclinar de cabeça e sai do jardim com o seu grupo dissidente. Eles somem metros a frente, virando uma esquina.

Vampira ainda diz um "Tachu, Noturno", antes que eles sumissem por completo. Era difícil ver uma pessoa querida perder a memória e esquecer quem é você, do quanto você gostava dela... Noturno era um irmão de criação. Pelo que parecia, nunca mais lembraria de seu passado anterior a prisão. Jubileu e Magneto estavam certos, a letargia e a inação não poderiam continuar! Aquilo tudo não podia ficar impune!


Vampira voltou para a mansão e subiu para o quarto. Encontrou Gambit ao telefone. Realmente, nesses últimos dias, ele só falava em francês ao telefone. Com quem seria? O que estava escondendo?

Gambit: À quel étage habite lui? ... Oui... Le troisième étage? Bien sur! [ Em qual andar ele mora? Sim. No terceiro andar? Tudo bem.]

Ela ficou atrás dele escutando a conversa. Entendia uma  palavra ou outra, mas não o motivo de tanto segredo.

Gambit: Bon... Elle est rousse et mince. Oui... elle est grande aussi. Non! Non! Il n' est pas grand! Il est petit et il a les cheveux brun. Oui... Ce son des enfants. Une fille et un garçon. Oui... Japon. Je cherce la fille. [Bom... Ela é ruiva e magra. Sim, ela é alta também. Não! Não! Ele não é alto. Ele é baixo e tem o cabelo escuro. Sim... São duas crianças. Uma menina e um menino. Sim... Japão. Eu procuro a menina. ]

Foi quando Gambit percebeu que Vampira estava atrás dele. Desligou logo o telefone.

Gambit: Je t'appele demin. Salut. [Te ligo amanhã. Tchau]

Vampira: Quem é ruiva, hein Gambit?!

Gambit: Hein?!

Vampira: Quem é ruiva?! Elle est rousse, ouvi você dizendo. Rousse é ruiva. Você sabe que eu sei algumas coisas! Pode começar a falar! Quem é ruiva?!

Gambit: Anda me vigiando agora, ma cherie?! Pourquoi?

Vampira: Tem alguma mulher nessa história!

Gambit: Não tem... Eu estava conversando com velhos amigos de Nova Orleans... Eles estavam comentando dos estragos que o furacão Katrina fez... Da situação horrível que...

Vampira: Sei... e a ruiva?!

Gambit: ... Não falei de nenhuma ruiva.

Vampira: Menos de uma semana sem que eu possa te tocar e você já procura outra, Remy?!

Gambit: Non! ... Eu estava exatamente tentando arranjar uma forma de fazer você tocar as pessoas! Tocar em mim e em todo mundo! Esse é o motivo das minhas ligações. É uma decisão que eu já tomei.

Vampira: Você pode ser mais preciso?

Gambit: Não posso.

Remy Lebeau saiu do quarto colocando um baralho no bolso do sobretudo. Vampira ficou com a pulga atrás da orelha. Ia descobrir quem era a ruiva. nem poderia imaginar que se tratava de Jean Grey e de algo que Gambit teria que esconder muito bem.


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