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Decisões


Japão...

As cerejeiras estavam rosas de flor, formando um belo tapete na margem do lago, ao mesmo tempo que maculavam a pura água cristalina.

Wolverine andava pela beira do lado jogando as flores para fora da água com os pés, levava Rachel pela mão e Christian no colo. Estava levando as crianças para Yuki, a ninja ajudante. Yuki vigiaria os dois enquanto Jean ainda dormia, já que Logan não era do tipo que cuidava de crianças por mais de uma hora.

 A ruiva estava exausta, pois no dia anterior começara a ter treinamento ninja com Yuki, sendo sempre observada de perto por Wolverine. Ele não teve coragem de acordá-la tão cedo.

Jean Grey estava com um estranho pesadelo, tentava acordar e não conseguia. Ela tentou usar seus poderes psíquicos para sair do pesadelo, mas eram os seus próprios poderes que a prendiam ali dentro. Seus poderes queriam lhe informar algo através do sonho. 

Estava na mansão dos x-men. Mas não existiam paredes, nem teto, nem chão! Era como se os móveis estivessem pairando no espaço sideral. Entre Jean e a mobília, havia apenas as estrelas. Aquele cenário surreal preocupava a telepata.

Sua filha Rachel apareceu correndo pelo sonho, sumiu entre as estrelas e começou a chorar na escuridão. Jean pôs a mão no peito e sentiu que algo de ruim aconteceria a sua filha. Logo lhe veio a mente a idéia de Sinistro encontrá-la naquele lago japonês. Mas não conseguia entender porque o sonho se passava na mansão dos x-men, e não em um lugar próprio de Sinistro. Seus poderes  não a deixavam acordar, pois aquele pesadelo era uma espécie de visão telepata, de aviso prévio, um sofrimento que lhe traria o bem da informação. Ou melhor: a angústia da informação, mas que sem ela poderia ser muito pior. ... Agora Jean Grey sabia que teria que redobrar os cuidados com a filha.

Jean: Filha! - Ela gritou ao ver a menina voltar a correr pelo sonho, passando entre móveis e nebulosas espaciais.

De repente, Gambit e Vampira apareceram no sonho. O cajun pegou a menina no colo e se dirigiu a um buraco negro.

Jean: Remy! Você vai salvar minha filha de novo? Você e Vampira terão que ficar com ela de novo?

De Gambit só houve silêncio. Foi a própria Jean que tirou suas conclusões.

Jean: Proteja-a do Sinistro para mim!

E foi nesse momento que o pesadelo começou a ficar pior. Gambit, Vampira e Rachel sumiram na escuridão do buraco negro e só os gritos de horror de Rachel ecoaram pelo espaço, passando por entre planetas e meteoros; destruindo Jean por dentro. O quarto caiu no vazio, Jean começava a cair livremente pelo espaço, como quem perde o chão e perde tudo. Tudo era negro, entrecortado por luzes rápidas de estrelas que caíam junto com ela. Jean era mais uma estrela cadente.

Ela gritava de horror, tanto que fez Wolverine voltar correndo para a casa japonesa no meio do lago.

Jean: Scott, nossa filha! Nossa filha! Me ajude! Nossa filha! - Era o que ela gritava ainda adormecida e presa no sonhos.

Wolverine teve que sacudi-la com força para arrancá-la do mundo psíquico e trazê-la ao mundo real. Jean assustou-se ao abrir os olhos e encontrar seu rosto tão próximo do rosto de Wolverine.

Wolverine: Credo, guria! O que aconteceu?

Jean: Um aviso de meus poderes.

Wolverine: Desde o dia em que você conseguiu superar os poderes de Xavier, volta e meia é assustada por estranhas coisas que seus poderes ampliados podem fazer. ... Agora você prevê o futuro, ruiva?!?!

Jean: ... Não é bem isso... É como um sexto sentido, um sinal de alerta. Não consegui nenhuma informação precisa, só a sensação de que algo ruim pode acontecer com Rachel!

Wolverine: Ah! É isso?! Isso você sente sempre que pensar em Sinistro... Não é nenhuma novidade.

Jean: Mas não consegui entender os sinais... Gambit veio ajudar e mesmo assim Rachel chorou na escuridão...

Wolverine: Foi só um pesadelo, guria. - Ele chegou perto demais dos lábios dela, tinha uma voz de quem queria confortá-la. Mas Jean virou o rosto em outra direção. - Se arruma aí, nós vamos para o treino ninja com Yuki! Quero ver alguém fazer algo de mal com tua guriazinha! - Emendou sem jeito, como quem não percebeu a rejeição...


Enquanto isso na mansão dos X-Men, Scott Summers sente uma forte dor visceral. Põe a mão no abdome e no peito, e começa a suar de dor.

Scott: Jean?!?!

Nesse instante, Bishop e Fera entram em se quarto.

Bishop: Pronto para irmos à Polícia Federal?

Fera: Esse raro momento mereceria uma foto que o eternizasse: nós três de terno e gravata!

Bishop: Todo casamento tem foto de todos nós vestidos de terno, Hank. Não é nada do outro mundo...

Os dois perceberam que Scott não estava com uma cara boa, nem tirava a mão do corpo.

Bishop: Está passando mal? Não vai iniciar os depoimentos do inquérito na polícia conosco?

Fera: Dessa vez Xavier até cogitou usar um pouco da sua persuasão psíquica para fazer o inquérito andar na linha certa e na velocidade certa.

Scott: Não é isso... Já estou me sentindo melhor... Por um instante eu senti uma forte dor. Acho que Jean tentou se comunicar comigo. Uma angústia perturbava-a de tal maneira que pareceu-me um pedido de ajuda.

Todos ficaram em silêncio. Era constrangedor falar de Jean na frente de Scott ou ouvi-lo falar dela. Bishop pensava que Ciclope não quisesse mais nem tocar no nome de Jean, e no entanto, ele sentiu a dor dela. O elo psíquico entre os dois continuava, mesmo que enfraquecido e perturbado. E a preocupação de Scott por ela continuava, por mais que ele quisesse negar ou esquecer.

Tempestade passou pelo corredor e entrou no quarto ao ouvir a voz dos três. Ela estava com a mão enfaixada.

Fera: Minha Deusa do Ébano!!! Como ficou a mão? Melhor?

Tempestade: Está doendo um pouco menos agora... Obrigada pelo curativo e pelos medicamentos raros.

Fera: Tecnologia Shiar, minha cara! Nossa patrocinadora do Lab Med!

Scott: Eu vou ter uma conversa séria com Jubileu, Ororo. O que ela fez com você é injustificável e inaceitável.

Tempestade: Não é preciso... Eu mesma vou conversar com ela. 

Ororo Munroe voltou para o corredor e caminhou até o quarto de Jubileu. Bateu na porta e ouviu um "o que é  irritado vindo de dentro do recinto. Tempestade entrou. Jubileu ficou muda fazendo beicinho. Ororo sentou-se na cama ao lado dela. Os olhinhos puxados da menina perceberam que a mão de Tempestade estava machucada dentro daquele curativo branco.

Jubileu: Se veio me mostrar a mão, desculpa... Na hora eu não tive a intenção de te machucar. Estava com raiva.

Tempestade: Eu sei... O pior não foi isso. ... É claro que todos nós sabemos que não podemos usar nossos poderes uns contra os outros, mas...

Jubileu: Todo mundo faz quando briga! Vide Scott e Wolverine, Magneto e Gambit, etc.

Tempestade: Pois é... Nenhum de nós nessa casa é santo. Não vim aqui brigar com você. ... Mas estou preocupada. O pior de toda essa história é que você quis ir junto com Magneto e companhia.

Jubileu: Qual o problema?! Eu ainda quero! ... Aqui nessa casa ninguém faz nada! Acontece tudo de ruim com a gente e ninguém faz nada!

Tempestade: Você quer vingança contra os humanos?! Assim como Magneto sempre quis?

Jubileu: Não.... Eu quero vingança só contra aqueles que fizeram tudo de mal contra nós. E Magneto também só quer vingança contra esse grupo. Não é contra os humanos em geral. Você sabe disso!

Tempestade: Existem muitos humanos que não participaram do extermínio dos 400 mutantes, nem participaram da prisão dos mutantes, ou da fabricação dos chips inibidores de poderes, que nem ao menos sabiam o que estava acontecendo conosco; mas que mesmo assim, aplaudiriam tudo de ruim que foi feito conosco... Você se vingaria dessas pessoas também?!

Jubileu: Não... dessas não.

Tempestade: São pessoas que não fizeram nada de errado, nada de mal. Mas podem vir a fazer. Podem votar em vereadores, senadores e presidentes anti-mutantes. Podem fazer doações em dinheiro para novos projetos anti-mutantes. ... Você acha que Magneto em sua busca pelos responsáveis diretos, vai encontrar também esse tipo de gente?!

Jubileu: Vai, claro! Eles existem aos montes.

Tempestade: E o que você acha que Magneto vai fazer com essas pessoas preconceituosas e desumanas, porém inocentes?!

Jubileu: ... Não sei...

Tempestade: Talvez fosse melhor não darmos motivos para que esse grupo de gente aumentasse. Para que esse enorme grupo preconceituoso não se radicalizasse... Quem sabe até diminuísse... Nos aceitasse como somos... ... Para que isso aconteça, não podemos matar humanos como se fôssemos a lei e a justiça divina! Esse tipo de ato burro e impensado só aumenta o ódio dos dois lados. Se buscamos a paz e o entendimento, devemos agir dentro dos acordos que os dois grupos consideram legais. Scott, Bishop e Fera vão agora mesmo a polícia federal.

Jubileu: Por que só eles podem ultrapassar a linha e nos ferrar?! Enquanto nós devemos responder de cabeça baixa e andando na linha?!

Tempestade: De cabeça baixa não! De cabeça alta! Os injustiçados somos nós, não temos motivos para abaixar a cabeça. Talvez você ainda não entenda, mas o ato de barbárie que eles fizeram contra nós, respondido de forma legal e pacificadora por nossa parte: só fortalece os mutantes. Faz com que tenhamos a razão! ... Se respondermos na mesma moeda, perderemos a razão! 

Jubileu: Levamos porrada e calmamente procuraremos nossos direitos na justiça? Como se fosse uma coisa corriqueira e simples... Fácil de lidar.

Tempestade: Responder com essa sobriedade e magnitude a um ato de barbárie, mostra o quanto somos dignos de respeito. Nos fortalece e enobrece diante dos olhos de todo o mundo. Compreende?

Jubileu ficou em silêncio. Tempestade levantou-se em direção a porta. Antes que ela saísse, Jubileu lhe fez uma pergunta.

Jubileu: Tempestade, é verdade que houve outro massacre de mutantes anos e anos atrás?!

Tempestade: No túnel dos Morlockes?!

Jubileu: É... Esse mesmo. O que houve?

Tempestade: Houve sim. Isso foi ha 10 ou 11 anos atrás. Muitos de nós nem estávamos aqui na mansão X. Os Morlockes eram mutantes com aparência física muito diferente dos humanos, por isso viviam escondidos nos em túneis subterrâneos da cidade. Tinham medo de serem massacrados. Um dia, todos eles foram mortos. Não se sabe ainda quais foram os mandantes da matança, se foram humanos anti-mutantes ou outros mutantes rivais... Talvez o próprio governo.

Jubileu: Fiquei sabendo que teve um mutante responsável por muitas mortes.

Tempestade: É possível...

Jubileu: Como pode um mutante fazer isso contra outro mutante?

As duas ficaram em silêncio. Tempestade resolveu mudar de assunto.

Tempestade: Vamos trocar de roupa agora no quarto de Vampira. Colocar os uniformes para o treinamento na Sala de Perigo, enquanto os rapazes vão à delegacia.

Jubileu: Não quero treinar. ... Aqui as pessoas só treinam e mais nada!

Tempestade respirou fundo com ar de desolada... Jubileu não tinha entendido nada do que ela dissera.


No quarto de Vampira, as mutantes trocavam de roupa para colocar seus uniformes. Dessa vez até Ângela, a anja trazida da prisão por Warren, ganharia o seu uniforme. Tentaria descobrir se tinha algum poder mutante e mesmo que não tivesse, era preciso ao menos aprender o treinamento básico de defesa corporal.

Vampira: Vocês querem saber?! Pelo menos eu tô contente que a vaca da Emma Frost não está mais nessa casa!

Tempestade: Eu também... Ela trazia muitos problemas.

Todas riram e ficaram felizes. Gambit ouviu muitas vozes femininas vindas do quarto de Vampira e resolveu averiguar do que se tratava aquela reunião. Chegando lá, encontrou todas elas apenas vestindo roupas íntimas e fazendo guerrinha de travesseiro. O queixo de Gambit caiu ao chão. Ele ficou embasbacado com aquela cena.

Gambit: Mon Dieu! Que maravilha! Mulheres de calcinha e sutiã fazendo guerrinha de travesseiro!

Todas elas gritaram, menos Vampira.

Tempestade: Gambit! Sai daqui agora! Não está vendo que não estamos vestidas adequadamente?!

Gambit: Para mim vocês estão perfeitas desse jeito. Se quiserem tirar mais, vão ficar melhor ainda. - Sentou-se calmamente numa poltrona para continuar apreciando o espetáculo.

Ângela: Ai, meu Deus... Por que não colocamos logo o uniforme antes de alguém chegar??? ... - Disse envergonhada enquanto vestia o uniforme atrás da cortina do quarto.

Gambit foi levantado da poltrona a tapas por Vampira. Ela o enxotava do quarto com tapas e perguntas.

Vampira: Nós pensávamos que não tinha mais nenhum homem em casa!

Gambit: Xavier está sempre em casa, chere...

Vampira: O professor Xavier é uma pessoa decente, Remy! Ele não aparece aqui sem avisar! ... Por que você não foi à Polícia Federal com Scott, Bishop e Fera????

Gambit: Tive que resolver alguns problemas, mon amour.

Vampira: Sei... você e os seus segredinhos! Espero que você não faça nenhuma besteira, Gambit! Espero! - Vampira fechou mais ainda o semblante e deu mais um tapa nele. - Dá para tirar os olhos da Tempestade?!?!

Gambit: Pardon! Pardon! - Disse saindo do quarto enquanto sorria ddaquele seu jeito irresistível.

Todas elas pararam de se esconder atrás do travesseiro. Estavam vermelhas de vergonha. Vampira estava vermelha de raiva. 


Magneto tinha uma base de treinamento na Antártica, na qual arregimentava muitos mutantes enraivecidos pelo ódio recebido dos humanos. Eram mutantes dispostos a vingarem-se e dominarem o mundo. Mas dessa vez Magneto não queria exterminar toda a espécie humana, ele tinha um grupo certo de pessoas a aniquilar.

Emma Frost observava como Magneto havia construído uma casa de características bem próximas a mansão X em cima do enorme complexo antártico. A diferença é que do lado de fora da janela não havia um jardim com piscina, mas muita neve e gelo. Era uma paisagem entre o branco e o azul. A calefação da casa era algo espantoso, não se sentia o frio que todos esperavam sentir.

A Rainha Branca olhava pela janela enquanto tomava champagne. Estava comemorando o primeiro ato de sucesso do grupo formado por Magneto. Ela gostava da paisagem antártica, combinava com ela. Mas Magneto parecia preocupado.

Magneto: A operação deu certo?

Emma: Deu. Noturno acabou com ele. ... Aquele coronel já era. E já foi tarde.

Magneto: Então, logo encontrarão o corpo... ... E uma guerra vai começar.

Emma Frost parou de olhar a neve que caía sobre o chão de gelo, lançou um olhar para o rei do magnetismo. Ele jogava xadrez consigo mesmo com peças metálicas que se mexiam sozinhas a uma certa distância.

Emma: E você está com medo?

Magneto: Não... Talvez um pouco preocupado.

Ela voltou a olhar pela janela. Com seus olhos azuis perdidos no nada, deu mais um gole no champagne. Continuou paralisada e disse:

Emma: Esse sujeito foi um dos homens que me estuprou. Eu lembro de todas as coisas que ele fez. Ainda sinto a mão dele nos meus seios.

Magneto estremeceu de repugnância e indignação ao ouvir aquela frase horrível. Olhou para trás com certa pena, tentou confortar Emma Frost.

Magneto: ... Emma... Quando escolhi esse coronel como primeiro alvo, não sabia que ele havia sido um dos... ... Apenas sabia que ele havia comandado a abertura do gás que matou os 400 mutantes. ... Como se vê, as barbaridades dele foram muitas e das mais diversas! ... O mundo não perdeu nada de valor!

Emma: Eu sei disso melhor do que você... Esse monstro já esteve dentro de mim. Sei do que ele era capaz. ... Não se espante se ouvir nos noticiários que algo nele está faltando...   

Magneto: Como assim?

Emma: Pedi para Noturno arrancar e trazer o coração dele para mim.

Dessa vez os dois ficaram com os olhos perdidos no nada.


Enquanto isso no Japão, Jean Grey treinava Kung Fu com Yuki na pequena plataforma onde ficava a casa flutuante no lago. Ela também aprendia o andar e o respirar ninja. Mas a ruiva não tirava os olhos verdes dos filhos que estavam dentro de uma canoa com Wolverine, que pescava tranqüilamente. Por essa distração, acabou levando um golpe violente que a derrubou no chão.

Yuki: Presta atenção! - Disse a ninja em japonês. Jean não entendeu nada.

Jean: Logan! Presta mais atenção na Rachel que ela está quase caindo na água!

Wolverine: Tá nada! Relaxa, guria! Rachel está se divertindo com as minhocas que eu peguei para isca.

Jean teve um pouco de nojo.

Jean: Não vai deixar Christian colocar isso na boca!

Wolverine: Já comi coisa pior. Meu filho vai gostar dessas coisas...

Voltou a treinar. Estava muito suada e muito cansada, além dos vários roxos que trazia nas pernas e nos braços. Já estava exausta de apanhar de Yuki. Quando foi olhar para os filhos mais uma vez e ia tomar outra porrada por causa disso, resolveu usar seus poderes de telecinésia e fez com que Yuki voasse vários metros acima dela. A japonesa ficou parada no ar gritando de horror. Suas pernas balançavam lá em cima. Jean também fez com que o bambu que Yuki carregava voasse bem longe! Só depois fez Yuki descer lentamente. A ninja foi embora resmungando coisas que a telepata não entendeu.

Wolverine: Jeannie... O ponto em aprender kung fu é justamente trazer no corpo a habilidade de se defender e atacar apenas com o corpo. Não era para você usar poderes...

Jean: Vou tomar banho, Logan. Esses treinamentos estão mais pesados do que a Sala de Perigo!

Wolverine: Só porque lhe é proibido usar seus poderes. E era só isso que você fazia na Sala de Perigo!

Jean: E eu sempre me virei muito bem apenas com meus poderes e treinamentos básicos de luta.

Wolverine: Pois sendo ninja e telepata, quero só ver no monstro letal em que você vai se transformar!

Jean: ... Não quero ser um monstro letal...

Ela pegou outra canoa e se dirigiu para um ponto distante do lago, que ficava escondido entre árvores e arbustos. Tomaria banho e relaxaria um pouco.

Logan ficou ainda um tempo parado na canoa com a vara de pescar na mão... Pensando se deveria fazer o que estava com vontade. Foi remando a canoa lenta e silenciosamente para onde Jean tinha ido tomar banho. Deixou as crianças na canoa à beira do lago e começou a andar pela margem escondido entre os arbustos. Viu Jean tomando banho por entre as folhas das árvores. Chegou a perder a respiração por um estante, como quem fica surpreso e maravilhado. Como se fosse a primeira vez... E era a primeira vez que via aqueles contornos a luz do dia. De todas as outras vezes, a noite fôra sua testemunha ocular.

Jean não percebia que Logan a observava. E continuava a nadar calmamente pelo lago. Logan foi insensato o suficiente para também tirar toda a roupa, na tentativa de também entrar no lago para tomar banho com ela. Os dois estavam nus, mas bem distantes um do outro. Ele ainda não saía de trás dos arbustos.

De repente, Christian começou a chorar! Jean levou um susto e olhou para a margem do lago, viu alguém atrás do arbustos! Ela tentou cobrir o corpo e foi ver o que era. Encontrou Wolverine nu e tomou um susto maior ainda!

Jean: O que você estava fazendo?!?! Onde estão meus filhos?!

Ao ver as crianças sozinhas na margem, ela ficou horrorizada.

Jean: Irresponsável! No que você estava pensando?! Em entrar no lago e me agarrar?!

Wolverine: Estava pensando que talvez nós pudéssemos fazer isso!

Logan deu um beijo em Jean. Ela não usou poderes, nem usou o kung fu que estava aprendendo. Empurrou-o com as próprias mãos como fazem mulheres normais. Depois deu um daqueles tapas estalados bem no meio da cara do canadense.

Jean: Eu não pensei que tivesse que passar por isso!

Pegou as duas crianças no colo e foi embora pela mata, assim, nua mesmo. Os dois pareciam Adão e Eva no paraíso, só que em greve de sexo e com dois filhos para criar.


Na Polícia Federal, Scott, Bishop e Fera (que usava indutor de imagem) davam os seus relatos sobre todos os acontecimentos da prisão de mutantes. Descreviam rostos, davam nomes e apelidos que leram ou ouviram falar. Contavam relatos horríveis e apontavam os possíveis cabeças de toda a operação.

Scott: É claro que um dos cabeças de toda a ação foi o falecido Edward Northon.

Delegado: Sei... Que pelo o que vocês nos contaram, cometeu suicídio na frente de uma moça chamada Lebeau e de seu marido Remy Lebeau?

Scott: Exatamente... Ele  deu um tiro na cabeça. Meus amigos chegaram a ter os rostos cobertos por sangue e massa cinzenta desse sujeito.

Fera: Mas nós percebemos que existiam outros vários cabeças em toda a ação. Um deles era chamado de Coronel Russel, ele era alto e careca. Não era gordo nem magro, mas bem encorpado. Um sujeito grande e imponente. Temos certeza de que foi ele quem mandou seus subordinados abrirem o gás que matou mais de 400 mutantes. Talvez ainda a mando de alguém acima dele...

O delegando franziu o cenho... Tirou umas fotos da gaveta.

Delegado: Sei... Coronel Russel... Alto e careca... Você que tanto querem incriminar o coronel, teriam algo a ver com isso aqui?!?!

Ele botou na mesa as fotos que mostravam um sujeito alto e careca, fardado. Estava morto e com o peito visivelmente aberto. Seu corpo estava dentro de uma enorme lixeira num beco imundo. Os x-men se chocaram.

Delegado: Saibam que está faltando algo nesse corpo: o coração.

Scott: Nos ofende que o senhor faça esse tipo de pergunta. É óbvio que nós não temos nada a ver com essa barbaridade.

Delegado: Encontramos grande quantidade de enxofre em toda a cena do crime. Você têm enxofre em casa, ou talvez seja algo que mutantes expelem do corpo imundo e deformado...

Scott: Não nos faça esse tipo de acusação.

Delegado: Também ao lado do corpo nós encontramos esse panfleto colado no muro sujo de sangue. Ao que me consta, Magneto é um mutante como vocês, não é?!

E lá estava o panfleto que dizia: Magneto estava certo.


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