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DECISÕES


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Na sala da mansão X, Fera estava com Tempestade no colo.

Tempestade: Ela não controla os poderes... É só com o Gambit que isso ocorre...

Ororo Munroe desmaia, Fera a segura com mais jeito e força.

Vampira: Tempestade! – Coloca as mãos no rosto. – Ai, deixei ela em coma???

Fera: Acho que sim...

Gambit: Amour, não foi sua culpa.

Fera segurou Tempestade toda molenga por um braço e em cinco pulos chegou ao Lab Med, onde internou Tempestade na aparelhagem Shiar. Vampira não ouviu o que Gambit disse e voou atrás de Fera. Chegando ao laboratório horrorizou-se por ver a amiga toda cheia de tubos e respiradores, como já acontecera com Gambit várias vezes.

Vampira colocou a mão sobre o uniforme de Tempestade.

Fera: Ela ficará bem, Vampira. Foram apenas alguns segundos de sucção.

Vampira: Olha só pra ela!

Fera: Calma... Não se culpe, foi ela quem te tocou.

Vampira: Porque eu disse que controlava meus poderes!

Fera: Você disse que achava que controlava, ela imprudentemente foi averiguar a sua suspeita.

Naquele instante Fabrizio invadiu o Lab Med com um grande chute na porta. Pulou em cima de Vampira!

Vampira: Ahhhhhhhhhhhhhhhh!

Fabrizio: Por que você fez isso com ela?!?!

Vampira: Cara, não foi de propósito! – Jogou Fabrizio contra um armário de utensílios médicos. – E como é que você sabe? Nem tava na sala!

Fabrizio: Eu tenho acesso ao mundo dos mortos, sei quando as pessoas se aproximam! Você aproximou Tempestade desse mundo!!! Eu senti!

Fera: Calma, Fabrizio... O poder da Vampira é assim mesmo, leva as pessoas ao coma. Mas a sucção não durou mais que três segundos, coisas piores já aconteceram. Tempestade não vai morrer.

Fabrizio: Você não sabe! Ninguém nunca sabe! – Saiu da sala médica derrubando aventais e máscaras no chão.

Novamente o silêncio reinava no Lab Med.

Vampira: Cara, que maluco!

Fera andou em direção a Vampira e colocou a mão na barriga dela, era uma mão tão grande que ocupava a barriga inteira. Perguntou:

Fera: Tudo bem com eles?

Vampira: Ta... Nada demais.

Naquele momento Scott Summers e Remy Lebeau entram no laboratório médico. Ciclope focalizou aquela mão na barriga de Vampira, pensou na estranha razão de só Gambit estar imune a sucção de poderes e força vital da mutante Vampira. Cruzou os braços musculosos.

Scott: Posso saber o que está acontecendo?

Vampira: Eu tô grávida.

Gambit: Mon ami, desfaz essa cara porque até Xavier gostou!

Ciclope caminhava para o lado da maca de Tempestade.

Scott: Xavier sabe? – Acariciou rapidamente a mão de Ororo com pena, quase ninguém percebeu.

Fera: Todos os telepatas sabem e eu também.

Scott puxou Gambit pelo braço e deu um abraço nele.

Vampira: Ih, Emma ta te fazendo bem!

Scott: Sem essa, Vampira! Vocês sempre foram meus amigos. Desejo toda felicidade! Mas...eu sou o líder! – Ele riu. – Eu tenho o direito de ficar preocupado!

Vampira: São gêmeos. Um menino e uma menina.

Scott sorriu e balançou a cabeça vagamente no ar em sinal de positivo.

Scott: Um menino e uma menina...ótimo! Eu tenho um casal, é ótimo. O parto da Rachel eu não vi porque foi um susto, uma temeridade, nasceu no gueto mutante. Mas o Christian eu filmei aqui no Lab Med.

Silêncio no laboratório, só os aparelhos de Tempestade apitavam seus índices. Scott encabulou-se com o que disse, abaixou o rosto. Ninguém sabia o que dizer.

Scott: Digamos que seja bem difícil descobrir que ele não é meu. Mas, vamos ao que interessa! O que você supõe sobre Gambit estar imune aos poderes de Vampira, Fera?

Fera: Eu ainda não fiz nenhum teste, mas já tenho minha teoria. Vocês conhecem eritroblastose fetal?

Gambit: Mon Dieu! Não...

Fera: Bom, o princípio é parecido. Assim como o princípio da vacina. Mães com RH negativo, como sangue A-, O- ou B-, se tiverem filhos cujos pais tem RH +, podem ter seus bebês com sangue positivo também. O contato do RH positivo do bebê na corrente sanguínea negativa da mãe produz uma espécie de vacina. O segundo filho dela se for RH positivo será destruído pelo sistema de defesa da mãe, porque o RH + do antigo bebê foi considerado como um corpo estranho. O caso de Vampira é mais simples: o código genético de Gambit está dentro de Vampira, pois ele faz parte dos bebês. Dessa forma, o código genético de alguém que não podia encostá-la agora faz parte de Vampira! Assim, os poderes de Vampira não atacam Gambit, é como uma vacina. ...É o que eu acho!

Scott: E se fosse como no caso da eritroblastose fetal?

Fera: Como assim?

Scott: Se o corpo de Vampira atacasse o código genético de Gambit, como no caso do RH + em mães de RH -?

Vampira: Credo! – Botou a mão na barriga com olhos verdes desesperados.

Fera: Não... Isso não ocorre. O código genético dele não é incompatível com o corpo dela, como os Rhs - e + são incompatíveis. Entende? Não há conflito. Códigos genéticos entre seres da mesma espécie não são incompatíveis, mas diferenças de RH são! O corpo de Jean não atacou seu código genético, nem o código de Wolverine. No entanto, quando grávida de Logan, Jean tinha fator de cura. É algo semelhante ao caso de Vampira e Gambit. Gambit faz parte dela, assim, ela não o ataca.

Scott ficou silencioso.

Fera: Perdão, foi um exemplo infeliz.

Vampira: Eu vou poder tocar meus filhos?

Fera abaixou a cabeça.

Fera: Não sei.

Vampira abraçou a barriga.

Fera: Se os códigos genéticos dos bebês ficassem para sempre dentro de você como uma vacina: sim, você poderia tocá-los. E tocaria em Gambit também. ... Mas... isso não ocorreu com o Charles, filho do Joseph. Então...

Novo silêncio.

Fera: Perdão... Outro exemplo infeliz.

Vampira: Eu tenho esperança.

Fera: Ótimo. Ter medo agora é sofrer por antecipação.

Vampira: Mas entenda porque eu tenho esperança. No caso do Joseph...

Gambit: Mon Dieu! Vamos continuar falando de Magneto?!

Vampira: Fica quieto, Remy! Continuando, no caso do Joseph, ele podia me tocar. Tinha essa habilidade. Talvez por isso o meu corpo não tenha encarado aquilo como vacina.

Fera: Não faz sentido, meu anjo. Pela linha de raciocínio que eu estou seguindo, basta que o bebê deixe seu código genético como marca em você, como vacina, que você pode tocá-lo... Não importando se o pai podia te tocar ou não. Por essa linha de raciocínio, Charles não deixou o código dele impresso em você; como um RH+ deixa no corpo de uma mãe de RH-.

Scott: O jeito é esperar.

Fera: E fazer testes. Dorme aqui no Lab Med hoje, Vampira? Queria entregar esse relatório amanhã para Xavier.

Ela olhou para Gambit e fez beicinho, ele sorriu daquele jeito maravilhoso. Os dois se beijaram rindo.

Fera: Então?

Gambit: Fera estragou minha noite! – Abraçou Vampira.

Vampira: Se terminar no meio da madrugada eu volto, gato.

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Durante a madrugada, Fera colhia sangue de Vampira, que dormia numa maca, e monitorava a aparelhagem de Tempestade. Analisava o código genético de Vampira e Gambit em microscópios Shiar. Tinha vários livros de medicina abertos na bancada enquanto uma máquina escaneava o corpo de Vampira. Às vezes Vampira gemia.

Fera: Você não está dormindo bem, não é? Dormir aqui nunca é bom.

De repente ouviu barulhos na porta. Pulou as duas macas e caiu na porta, abriu-a. Era Jubileu.

Jubileu: Oi.

Fera: Olá. Isso são horas?!

Jubileu: Vim saber como está a perna. Aquela ossuda é uma infeliz.

Fera: Estou bem agora.

Fera não queria muito papo com ela, por mais que olhasse para um rosto angelical, sempre lembrava das pessoas que ela ajudou Magneto a matar.

Jubileu: Olha, eu queria te dizer que eu subi aquele elevador para te ajudar.

Fera: Eu imaginei.

Jubileu: Não quero que você imagine, quero que tenha certeza. Eu não podia arrancar o osso da sua perna e ficar ao seu lado seria menos produtivo que subir e lutar contra Emma e Medula.

Fera: Eu sei, Jubileu. Conheço seu coração, sei que tem seus graus de arrependimento por tudo o que fez e também seus graus de orgulho por ter nos enfrentado e mostrado a sua posição de revolta claro a tudo que os mutantes passaram. Eu não concordo com a violência e te ver voltar para o meu lado é muito bom.

Jubileu abraçou Fera.

Jubileu: Então você me perdoa? Era isso que eu queria ouvir.

Fera: É claro, meu anjo. Vá dormir agora e pare de chorar.

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Enquanto isso, Vampira continuava com seu sono agitado. Desde que se descobrira grávida e não sabia se poderia tocar os filhos ou se os mataria no parto, ela tinha alguns pesadelos. A lembrança de seu bebê Charles lhe era muito forte.

Veio-lhe a imagem de Edward Northon rindo, Vampira estremeceu de horror. O odiado anti-mutante corria atrás de seus filhos crianças e os incinerava num forno! Vampira não podia tira-los das chamas porque não podia tocá-los.

Fera percebeu que Vampira deu um chute enquanto dormia.

Novamente lhe veio a lembrança do parto e do filho morto. Ouviu a voz dos anti-mutantes dizerem que queriam esterilizar todos os mutantes. “Mas você não, Vampira... Você já é estéril”, ela ouviu eles dizerem.

Vampira gemeu na maca, Fera resolveu chamar Gambit para levá-la para o quarto. Pegou o telefone do Lab Med e chamou o quarto de Gambit.

Gambit: Oui?

Fera: Sei que está tarde, Remy, mas você já pode vir buscá-la. Ela está com um sono muito agitado, você pode acalmá-la.

Gambit: Estou indo.

Vampira sonhava com seus filhos chorando de fome numa calçada sem que ela pudesse lhes dá de mamar. Chorava junto com eles. Gambit foi ajuda-la, mas tocou-a e entrou em coma!

Aberração.

Monstro.

Estéril.

Intocável.

Infanticida.

Essas eram as palavras que ouviu na cabeça. Lembrou que Edward Northon e seus guardas quiseram esterilizá-la com o pior estupro grupal que conseguissem fazer. Lembrou das imagens implantas por Emma em sua cabeça, mas que não ocorreram de fato: o estupro consumado. Estava grávida mas era violada por diversos homens. Sua barriga mexeu e disse “mãe!”.

Vampira: AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!

Vampira levantou da maca num grito assombroso e voou para fora do Lab Med destruindo a parede! Varou tijolos, cimentos e vigas!

Fera: Minha santa Aquerupita!!! – Ele estava chocado.

Gambit: CHERE!!!! – Gambit havia acabado de entrar no Lab Med para buscá-la.

Scott que estava no quarto tentando dormir, escuta o barulho do buraco na parede se abrindo e vê Vampira voando para longe, quando põe a cabeça para fora da janela. Aperta o comunicador do uniforme e fala com Gambit.

Fera: Gambit, vá atrás dela! Nessas condições tudo pode acontecer!

Gambit pega a moto e corre atrás de vampira sempre olhando para o céu, viu-a cair mais adiante em cima de um grupo de árvores. Ele estava com uma seringa calmante na mão, foi Fera quem lhe deu. Explicou que aquilo a acalmaria e em meia hora já lhe poria dormindo. Gambit chegou nas árvores e percebem que estavam a 10 quarteirões de distância da mansão. Escalou-as e encontrou Vampira chorando lá em cima.

Gambit: Chere, o que houve? Por que está chorando? Por que saiu da mansão daquela forma?

Vampira: Foi tão real...

Gambit: O que foi tão real?

Vampira: Meu pesadelo.

Gambit foi abrindo espaço entre os galhos e colocou-a nos ombros, desceu a árvore até o chão.

Gambit: Com o que você sonhou?

Vampira: Que eu não podia te tocar... – Estava no colo dele com os olhos fechados.

Gambit: Mas você pode. – Gambit deu um beijo no nariz dela e lhe fez um carinho. Enquanto isso preparava a seringa.

Vampira: Que meus filhos morreram.

Gambit: Não vão morrer.

Vampira: Que eu não podia tocá-los.

Gambit: Vai poder. - Injetou o calmante na mão dela.

Vampira gemeu um pouco, Gambit beijou a mão dela ao final e apertou-a contra o corpo.

Vampira: Que eu fui estuprada ... – Essa frase ela disse bem sonolenta.

Gambit limpou seus olhos vermelhos que umedecerem ao ouvir aquelas frases e encostou o rosto no rosto dela.

Gambit: Nós viemos ao mundo para sermos feliz. Eu vou te mostrar que dá, chere. Apesar de tudo...

Foi difícil dirigir a moto com Vampira no colo, mas ele conseguiu, bem devagarzinho. Colocou-a na cama de casal de seu quarto e lhe deu um beijo. Percebeu que a meia hora já tinha passado, ela dormia profundamente.

Gambit: Parece que te fiz esperar demais, minha bela adormecida.

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Três dias depois, quando Ororo acordou do coma, os x-men fizeram uma festa dupla: pela saúde de Tempestade e pelos bebês de Vampira.

Tempestade: Pela Deusa! Você está grávida, Vampira!

Jubileu era a mais empolgada com a gravidez. Fez questão de comprar bolas de encher e fazer um bolo de chocolate. A única que fez falta foi Jean Grey.

Passa-se uma semana. Scott treinava os x-men na sala de perigo todos os dias, até mesmo Vampira, mas sentia falta de Jean no grupo. Jubileu saía dos treinos encharcada de suor.

Jubileu: Ai, sem Tempestade e sem um único telepata fica difícil até contra projeção holográfica!

Scott: Tempestade ainda está de repouso.

Jubileu: Na piscina?! Também quero!

Scott: Repouso é isso mesmo, não se cansar e relaxar. Não foi você que ficou em coma por três dias.

Gambit também saiu da sala de perigo arfando.

Gambit: Mon ami, Jean não disse que viria aqui pelo menos para treinar? Aquela pedra que caiu na minha cabeça, ela teria desviado com telecinésia!

Wolverine: Pelo visto a Ruiva não quer ver a cara do caolho nem pintada de ouro. – Logan passou sem uma gota de suor ao lado deles. O treino não lhe parecera tão difícil.

Vampira: Nem a dele, nem a tua, Wolverine.

Wolverine: Fica na tua, guria.

Tempestade aparece enrolada numa canga branca vestindo um bikini dourado.

Tempestade: Telefone para você, Scott. É a Emma.

Scott: Você pode dizer que eu estou ocupado, Ororo?

Tempestade: Vem você dizer isso.

Duas horas depois Scott aparece de terno na sala conduzindo professor Xavier igualmente bem arrumado.

Professor: Quem mais vai?

Tempestade: Eu. – Usava um vestido tubinho branco e um colar de pérolas.

Vampira: Tempestade hoje está “a lá” Emma Frost. – Vampira riu. – Eu também vou. – Usava calça social e mantinha o cabelo bem preso num rabo de cavalo alto.

Tempestade: Mas eu estou indo a um julgamento na Suprema Corte. Emma vai ao brejo com esse tipo de roupa.

Professor: Não, você não vai, Vampira.

Vampira: Por quê?

Gambit: É melhor mesmo, chere. Por que se aborrecer nesse julgamento que vai demorar horas, é massacrante, humilhante, frustrante, estando grávida?! Eu fico aqui com você.

Scott: Tempestade também não deveria ir.

Tempestade: Eu estou bem. E o Fabrizio vai comigo.

Fabrizio apareceu na sala vestindo um terno todo negro, inclusive com a camisa negra. Jubileu assoviou, ele riu.

Bobby Drake: Ganhou pra hoje, hein, Tempestade?!

Uma descarga elétrica pequena saiu de uma tomada na parede bem no braço direito de Bobby Drake.

Bobby Drake: Aiiii! Pô, Tempestade!!!

Jubileu correu para não levar um choque.

Saíram no Pássaro Negro rumo ao julgamento Scott, Xavier, Tempestade, Fabrizio e Fera.

Vampira: Bom... já que eu fiquei, vou na piscina! Jubileu?!

Jubileu: Oi?! – Gritou achinesa do segundo andar.

Vampira: Põe um bikini aí e vem também!

Gambit: Ah, Mon Dieu! Minha mulher de bikini! Que visão do paraíso!

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Chegando na porta do imponente palácio da Justiça, Scott sentiu um frio na barriga ao ver Jean Grey linda num vestido preto, atravessando a rua.

Professor: Minha filha! – Deu um largo sorriso.

Jean: Eu não podia deixar de vir. – Deu dois beijinho em Xavier.

Scott: Claro. – Estava um pouco abobalhado.

Deu um aperto de mão em Scott e abraçou Tempestade.

Scott: E as crianças?

Jean: Estão com uma babá.

Scott: Jean... – Ele passou a mão no cabelo. – É confiável?

Jean: Sinistro morreu, lembra?

Entraram no palácio da Justiça e o julgamento se iniciou. Ainda era cedo, mas a sessão só terminou meia noite e meia. Nos três intervalos durante todo o dia, Tempestade queria saber novidades e Scott ficava calado olhando para Jean.

Ao final, todos os julgados foram sentenciados a prisão perpétua, menos aqueles que era senadores e deputados; que tinham direito a foro especial. Esses ainda aguardariam outro julgamento.

Fera: Que ódio. Esses são os piores! Os do governo!

Professor: Calma, a hora deles também vai chegar. Um dos que foi julgado aqui hoje sabe de muita coisa dos senadores, ele vai participar do programa de delação premiada para ver se reduz a pena de perpétua para vinte anos. Ele é novo, vai tentar.

Jean: Contar tudo o que sabe... Bom, eu posso ler a mente dele em voz alta para o juiz e para os jurados.

Professor: Não adianta... – Ele sorriu. – Eu me ofereci a fazer isso, mas isso não é considerado prova. Eles não tem como saber se nós estamos mentindo.

Fera: E é uma invasão ilegal.

Scott: Mas com mandado de Justiça grapeia-se até telefones!

Fera: Você quer um mandado de Justiça para leitura de mentes! – Fera gargalhou. – Maravilhoso! Mas é como Xavier disse, isso não é considerado prova. O telepata pode estar mentindo, é isso que o da mente invadida vai alegar.

Jean: Eu posso projetar a mente dele para fora, como um filme, uma projeção holográfica que todos vêem.

Professor: Isso ainda é considerado suspeito pela Justiça. Não adianta, meus filhos... Temos que ver o dia de hoje como uma vitória. Depois vamos ganhar outras. E uma vitória sem sangue!

Fera: Pena que alguns dos julgados de hoje já tenham sido assassinados.

Professor: Nem comente sobre isso que eu não quero ouvir.

Scott: Parece que a Justiça e a Polícia estão na busca dos membros do grupo de Magneto por essas mortes.

Professor: Tenho pena da polícia.

Jean: Isso inclui Emma Frost? – Jean perguntou olhando para Scott.

Scott: ... Inclui. – Scott falou com voz baixa, com quem denotava certa vergonha.

Fera: E Jubileu também.

Do lado de fora da sala de audiência, num lindo hall do palácio de Justiça, Scott segurou Jean pelo braço; ela já dirigia-se para casa.

Scott: Jean... Eu queria ver Rachel.

Jean: Eu não pude ir à mansão nessa semana, mas apareço lá semana que vem.

Scott: Eu queria ver hoje.

Jean: São meia noite e meia.

Naquele instante todos reparam que Emma Frost está sentada numa cadeira do hall do palácio, esperando pelo final do julgamento. Ou esperando por Scott. Ela levanta-se irritada com duas coisas: seu vestido é quase igual ao de Tempestade; e Scott está conversando com Jean Grey.

Emma: Oi.

Scott: Que você está fazendo aqui, Emma? Nesse palácio? Não sabe que está sendo procurada pela polícia?

Emma: Eu controlo mentes. Esqueceu? Para todo mundo que eu queira, eu sou uma desconhecida loira na rua. Euzinha nunca serei presa estando na posse de meus poderes. ... E ela?! – Olhou para Jean. – O que ela está fazendo aqui?

Jean: Eu vim assistir ao julgamento, Emma. Diferente de você que veio ver Scott.

Jean Grey saiu do prédio e entrou num táxi, Scott ficou olhando para ela.

Emma: Ei!

Scott: Hum?

Emma: Vamos a um restaurante? Aposto que a comida daqui é um lixo!

Scott: A essa hora? Não tem nenhum aberto.

Emma: Eles servem no meu apartamento, bobinho. Tem uma equipe inteira a nossa espera. Dinheiro sempre me foi muito útil.

Emma beijou Scott e conduziu-o a uma limusine parada na porta do prédio. Scott não parava de pensar em Jean.

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No dia seguinte, Scott vestiu-se e voltou para a mansão. Teve que tirar uma marca de batom 24 horas que Emma deixou na sua barriga. “Meu tanque”, ela dizia. Ele não conseguia tirar nem com água, deixou pra lá. Ninguém veria sua barriga mesmo.

Chegando na mansão, viu Fabrizio ao longe, na colina dos túmulos, revirando terra. Tempestade o observava de longe.

Scott: Você está permitindo isso?

Tempestade: Calma, ele não está abrindo os túmulos. Está só fazendo um buraco novo.

Scott: Por quê?

Tempestade: E quem o entende? Estou esperando o professor acordar para tentar trabalhar esses poderes dele. Me lembra o sofrimento de Jean na adolescência.

Ouviu o nome de Jean mais uma vez. Entrou na mansão e apoiou-se no parapeito da grande varanda do segundo andar. Ficou olhando o bonito dia que fazia dentro da mansão, naquela manhã fria de outono em toda Nova York. Tempestade sempre controlava aquele micro-clima.

Wolverine apareceu com uma cerveja na mão e sentou numa espreguiçadeira.

Wolverine: Me contaram que Jean tava lá ontem. Viu meu filho?

Scott: Não...

Wolverine: Merda. Eu vou atrás dessa guria!

Scott: Você também, não é?!

Wolverine: Eu o quê?

Scott: Sente falta daqueles pequenos.

Os dois se olham. Wolverine tinha um olhar triste, o de Ciclope não era possível ver pelo óculos, mas era possível imaginar igualmente triste.

Wolverine: É... tá foda.

Scott caminhou para o quarto e começou a trocar de roupa. Naquele instante o alarme da mansão começou a soar. Descalço e só de calça comprida, ele correu para o jardim. Lá fora já encontrou todos os x-men que olhavam para o portão da rua.

Medula estava do lado de fora.

Vampira: É a tal ossuda.

Medula: Ossuda é a tua mãe!

Vampira: Ih, mas que mocréia mais abusada! - Vampira já estava voando na direção dela quando Gambit a segurou pelo braço.

Gambit: Chere, e se ela resolve enfiar um osso na sua barriga? Lembra da perna de Fera?

Tempestade: O que você quer?

Jubileu olhava para ela em silêncio.

Medula: Eu quero passar uns tempos aí.

Jubileu: Nunca!

Medula: Isso não é uma escola?!

Jubileu: Pelo o que você fez com Fera e tentou fazer comigo, aqui você não entra!

Medula: Acho que é o bonitão de beijo na barriga que decide esse tipo de coisa, pentelha! E não você!

No mesmo instante todos olharam para a barriga de Scott. Ele ficou branco de vergonha.

Bobby Drake viu aquele beijo e já imaginou Emma Frost nua beijando Scott inteiro. Bobby sempre achou Emma Frost a mais gata de todas as gatas, e a mais insuportável de todas. Mas veio nele uma pontada de inveja.

Bobby Drake: Caraca! Noite boa, hein, Scott?! E isso desce? – Apontou para a marca de batom.

Scott Summers fechou o rosto.

Bobby Drake: Desculpa. (Claro que desce, Bobby pensou passando a mão no rosto.)

Scott: Tempestade, vem comigo falar com Xavier. Vamos ver o que ela acha da entrada de Medula na mansão.

Medula: Ei, diz pro careca que Magneto me expulsou depois do que eu fiz com a imbecil da Emma Frost.

Scott e Tempestade entraram na mansão. Jubileu se aproximou do portão e disse:

Jubileu: Vai embora, monstro!

Medula tirou um papel do bolso.

Medula: Fiz um desenho seu, pentelha.

Jubileu pegou o desenho e ficou admirada com a perfeição.

Jubileu: Some daqui.

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Continua Aqui.

Continua Aqui!