Origem da Mata Atlântica (por Neoambiental)
"Sem o lirismo das orquídeas,
Sem o charme decorativo das samambaias,
Nua de liquens e bromélias do litoral,
A mata da Caratinga, protegida dos ventos,
Espera de nós
A proteção maior contra o machado,
A serra mecânica, o fogo."
Carlos Drummond de Andrade
A Proteção da Mata Atlântica:
Parques Nacionais e Estaduais
A progressiva redução dos ecossistemas e a
ameaça de extinção
de inúmeros vegetais e animais têm tornado, no país, cada vez mais
importantes os diferentes tipos de áreas de proteção do meio ambiente.
Chamadas genericamente de Unidades de Conservação, elas, por força da legislação
ambiental, impedem o desenvolvimento de diversos tipos de atividades econômicas
e protegem áreas onde existe um patrimônio natural significativo, com animais,
vegetais e
outros recursos de interesse científico, educativo e recreativo.
A grande separação
De um lado, ficou a África. De outro, a América
do Sul. No início era
apenasum e imenso continente, o Gondwana, que levou mais de 150
milhões de anos para se dividir, começando pelo sul há cerca de 220
milhões de anos e terminando pelo norte há 60 milhões. No meio, o
Oceano Atlântico.
O solo, uma imensa e espessa placa de rochas pré-paleozóicas, também chamada complexo cristalino, com aproximadamente 600 milhões de anos. Sobre ela se sobrepuseram diversos tipos de rochas sedimentares mais recentes e depósitos formados pelo vulcanismo.
O vulcanismo, depois da grande separação,
teria se intensificado,
influenciando a paisagem atual da Mata Atlântica. Derrames de lavas
fluidas seriam lançadas vezes e mais vezes, numa extensão de mais de um milhão
de quilômetros quadrados, cortando todo o pacote de
sedimentos até então depositados.
Formações, paisagens
Ao longo do litoral, esse fenômeno daria
origem a bacias relativamente pequenas, depois preenchidas por vários tipos de
sedimentos. Em outros locais, a espessura dos derrames chegaria
a mais de 1.500 metros, e nestes os processos erosivos acabariam por formar
paisagens espetaculares, como as cataratas do Iguaçu
e de Sete Quedas, os canyons de Itaimbezinho, as escarpas da Serra Geral, os
penhascos de Torres e o maciço de Itatiaia.
As serras do Mar e da Mantiqueira, por sua vez, seriam formadas por grandes falhamentos iniciados possivelmente no período Cretáceo, alternados por episódios isolados de vulcanismo. Os falhamentos atingiriam a plataforma continental, causando, em algumas regiões, deslocamentos verticais que dariam origem às escarpas das montanhas costeiras que vão do Espírito Santo a Santa Catarina. É nessas regiões que a mata atlântica se encontra mais preservada, protegida pela topografia acidentada e por algumas das maiores altitudes do país.
Ao longo da costa, do Rio de Janeiro ao Pará, se formariam os tabuleiros grandes extensões de planaltos que terminam junto às praias em falésias abruptas, às vezes com mais de 20 metros de altura. A parte mais expressiva da Mata Atlântica do Nordeste viceja sobre estes tabuleiros.