Ocorrência de Cetáceos na Costa Brasileira |
Baleia, nome
comum de qualquer um dos mamíferos marinhos que constituem a
ordem dos Cetáceos. Diferenciam-se do resto dos mamíferos
porque passam toda a vida na água, desde que nascem até
morrerem. O termo "cetáceo" é usado para denominar,
de modo geral, as 78 espécies de baleias, delfins e toninhas que
existem. Em geral, as espécies que têm mais de 4 m de comprimento são
chamadas baleias, enquanto as espécies menores formam o grupo
dos delfins e das toninhas. A maioria das baleias pequenas, dos
delfins e das toninhas pertence à subordem das baleias com
dentes. O restante das espécies pertence à subordem das baleias
com barbatanas. São assim caracterizadas porque de sua
mandíbula superior pendem placas córneas chamadas barbatanas,
que usam como filtro para capturar o plâncton ou o krill que
constituem sua dieta. Na atualidade, existem cerca de 40
espécies de baleias e metade delas é considerada rara. Por
outro lado, a maioria das espécies com valor comercial é
considerada ameaçada. A causa principal da diminuição dessas
espécies é a caça excessiva, que faz com que o número de
baleias capturadas seja maior que o de baleias nascidas.
CARACTERÍSTICAS - A adaptação das baleias à vida aquática tem sido de tal magnitude que sua aparência lembra por completo a de um peixe. As extremidades anteriores evoluíram até se converterem em nadadeiras. A cauda é grande, disposta num plano horizontal, e constitui o principal órgão propulsor de deslocamento da baleia. O corpo é coberto por uma camada de gordura que ajuda na flutuação do animal e a manter o calor e também funciona como meio para armazenar energia. A audição é o sentido mais importante das baleias. Sabe-se que produzem ao menos dois tipos de sons: os que intervêm em seu sistema de ecolocalização e as vocalizações. Os sons de ecolocalização funcionam como uma espécie de sonar biológico, enquanto as vocalizações são as conhecidas canções das baleias, que parecem ser um meio de comunicação entre os membros da mesma espécie.
Classificação científica: as baleias, os delfins e as toninhas pertencem à ordem dos Cetáceos.
Esta ordem é subdividida em duas subordens: os Odontocetos, ou baleias com dentes, e os Misticetos, ou baleias de barbatanas.
1.Baleia-azul ou rorqual-azul ou gigante, é a maior espécie de
baleia que existe e também o maior animal existente na Terra.
Pode superar um comprimento de 30 m. O corpo é cinza, com
manchas pálidas, cuja disposição é um caráter distintivo de cada indivíduo, como as
impressões digitais dos seres humanos. A tonalidade azul aparece
quando está submersa e o dia é ensolarado. Costuma caçar em
pares e se alimenta de plâncton e peixes. De maneira semelhante
ao resto das baleias com barbatanas, abre a boca para deixar
entrar a maior quantidade de água possível, força a água para
que passe pelas barbatanas e o alimento fica preso. Esse cetáceo
foi muito caçado entre 1930 e 1960 e, em conseqüência, a
espécie esteve a ponto de extinguir-se; agora, está
rigorosamente protegida.
Classificação científica: família dos Balenopterídeos, subordem dos Misticetos, ordem dos Cetáceos. Recebe o nome científico de Balaenoptera musculus.
2. Baleia-cinza, espécie de baleia de tamanho médio que atualmente habita somente a zona norte do oceano Pacífico. É um dos mamíferos que realiza uma das migrações mais longas, pois percorre uma distância 10.000 km desde as baías do norte do México, onde a fêmea pare sua cria no inverno, até o norte do mar de Behring, onde se alimenta, no verão, de invertebrados que filtra com suas barbatanas. Sua pele, salpicada de cor negra, cinza e branca, forma um desenho característico que permite diferenciar cada indivíduo.
Classificação científica: é a única espécie vivente da família dos Escrictídeos, subordem dos Misticetos, ordem dos Cetáceos. É a espécie classificada como Eschrichtius robustus.
3.Baleia-franca, mamífero marinho, também chamada baleia-verdadeira, pertence à família dos Balenopterídeos, subordem dos Misticetos (baleias de barbatanas). É, entre os cetáceos que freqüentam os mares do Brasil, um dos mais fáceis de se observar, pois aproxima-se da costa à distância de até 100 m, na época de reprodução e criação dos filhotes, que vai geralmente de junho a novembro. Dóceis e lentas, foram caçadas até quase a extinção. Atingem 18 m de comprimento e 60 t de peso. Existe uma população do hemisfério Sul e outra setentrional (ver Baleia). Classificação científica: É a espécie Eubalaena australis. Alguns especialistas consideram distinta a espécie do hemisfério Norte, que seria Eubalaena glacialis.
4.Baleia-jubarte, também chamada baleia-xibarte, é a
baleia mais bem conhecida de todas as existentes. Realiza
migrações entre as águas polares e as subtropicais; nas
primeiras é onde se alimenta no inverno, enquanto nas outras dá à luz
a sua única cria, denominada baleote. Pode alcançar 15 m de
comprimento e o dorso é arqueado ou corcunda (daí seu nome).
Costuma saltar no ar, por cima da água, deixando visível todo o
seu corpo. Lançam-se sobre grandes concentrações de suas
presas (invertebrados e peixes), abrindo a boca e engolindo
toneladas de água junto com elas. Depois, empurram com a língua
a água pra dirigi-la com força até as barbatanas, que atuam
como uma grande peneira, retendo o alimento e expulsando a água.
Classificação científica: família dos Balenopterídeos, subordem dos Misticetos, ordem dos Cetáceos. É classificada com o nome científico de Megaptera novaeanglia.
5. Beluga, mamífero aquático de cor branca
que pertence ao grupo das baleias dotadas de dentes. Tem aletas
curtas e se movimenta em bandos ou manadas. Pode emitir muitos
tipos de sons. Além disso, emite ultra-sons, pois tem um sonar.
Também chamado golfinho branco, é originário das regiões
árticas.
Classificação científica: família dos Monodontídeos, subordem dos Odontocetos, ordem dos Cetáceos. Classifica-se como Delphinapterus leucas.
6. Cachalote, a maior baleia dentro do grupo dos cetáceos com dentes (Odontocetos). Vive em todos os oceanos, exceto na zona ártica. Os cachalotes são migratórios; dirigem-se para o equador durante a época de reprodução e vão para latitudes mais elevadas para alimentar-se. São facilmente reconhecidos: têm uma cabeça retangular enorme. Apresentam dentes cônicos e grandes apenas na mandíbula inferior; a aleta dorsal, que é ampla, baixa e parece uma corcova, está situada no terço posterior do corpo do animal. Emitem sons para comunicar-se (cada indivíduo apresenta uma seqüência diferente de cliques e portanto pode-se fazer o reconhecimento de cada um) que se podem ouvir a 10 km de distância.
Classificação científica: família dos Fisiterídeos, subordem dos Odontocetos, ordem dos Cetáceos. É a espécie classificada como Physeter catodon ou Physeter macrocephalus.