Os tubarões são cercados por mistérios que despertam a curiosidade do homem.

Cada vez mais tubarões estão sendo mortos por causa da sua carne, seu couro, óleo ou simplesmente por esporte.

Muitos encaram os tubarões como uma ameaça, uma implacável máquina de comer, dotada de inteligência mínima, além do impulso de fincar suas enormes mandíbulas em seres humanos.

As espécies de tubarões variam de 15 centímetros a 18 metros de comprimento, e em peso, de 28 gramas até 15 toneladas.

Cerca de 90% das 375 espécies de tubarões existentes, inclusive a maior de todas, não apresenta ameaça alguma para os humanos, apenas 30 já atacaram o homem pelo menos uma vez. Destas 30 apenas 5 são considerados os mais perigosos:

- Tubarão Branco
- Tubarão Tigre
- Tubarão Cabeça Chata
- Tubarão Mangona
- Tubarão Galha Preta

Os tubarões são valiosos, desempenhando um papel crucial na limpeza dos oceanos, tragando animais mortos e refugos.

A U.S National Marine Fishiries, agência que cuida da vida marinha, nos EUA, publicou um plano para que protejam tais peixes.

Os tubarões são peixes cartilaginosos, que possuem esqueleto flexível, ao contrário dos peixes ósseos.

O tubarão é conhecido como um animal de extintos muito aguçados, possuem um verdadeiro império de sentidos.

São os animais mais capacitados sensorialmente, tem uma capacidade fantástica de perceber estímulos de todos os tipos, é capaz de perceber uma gota de sangue em um milhão e meio de gotas de água a uma distância de 30 metros. O olfato é fantástico, e a sua audição e a linha unilateral estão relacionadas e funcionam como radares para perceber vibrações na água. São dotados de sensores elétricos e por isso são capazes de perceber a sua presa pelos impulsos elétricos, que todo corpo possui em volta de si, e os tubarões são capazes de percebê-lo. A sua visão no escuro chega a ser melhor que a de um gato.

A característica mais impressionante do animal é o seu conjunto de órgãos sensoriais, entre eles, as ampolas de Lorenzini, que captam sinais elétricos.

A linha lateral é um órgão sob a pele, contém centenas de células sensores, que captam de longe vibrações criadas na água por animais, homens ou objetos.

Para se mover, os peixes, em geral, ondulam o corpo inteiro. Os tubarões usam apenas a barbatana traseira (as outras servem para dar o equilíbrio).

O tubarão branco e o Mako, os mais velozes, chegam a 60 Km/h.

As ampolas de Lorenzini sentem um campo elétrico até 20.000 vezes menores que 1 volt, equivalente à batida do coração de um peixe.

Os tubarões costumam caçar perto do leito de focas, são atraídos pelas baixas vibrações emitidas em baixo d’água.

A idade média dos tubarões são de 60 ou 80 anos.

No Brasil existem mais ou menos 80 espécies diferentes de tubarões das 375 existentes em todo o mundo. Inclusive o Tubarão Branco – onde é muito raro – mass é encontrados em toda a costa brasileira principalmente no Rio de Janeiro. No Brasil 17 dentre as espécies estão ameaçadas de extinção.

O Brasil abriga 3 das espécies de tubarões consideradas perigosas ao homem, são os maiores responsáveis pelos ataques na costa do nordeste e sudeste. O Tubarão Branco, o Tubarão Tigre e o Tubarão Cabeça Chata, pois se alimentam de mamíferos.

A ameaça de extinção está relacionada com a maturidade tardia alcançada pelas espécies. A captura geralmente acontece quando eles ainda não se reproduziram.

Estes animais tem uma reprodução lenta – às vezes dando à luz apenas dois filhotes por ano – Assim não conseguem proliferar tão rapidamente quanto destruído.

A estimativa da ONU é de que morrem 100 milhões de tubarões a cada ano. O homem consome sua carne a muito tempo, mas o grande terror a essas espécies não são o sabor de sua carne e sim o valor de suas nadadeiras. Mais de 70% dos tubarões capturados no mundo são mortos por pescadores que arrancam as suas nadadeiras e os lançam de volta no mar. As nadadeiras são comercializadas porque delas se faz uma sopa – de barbatanas – tida como afrodisíaca que faz parte da culinária oriental.

Talvez se surpreenda de saber que o fígado é o maior órgão de alguns tubarões e é responsável por cerca de 10% de todo o seu peso. Já foi visto tubarões com fígado de 1,5m de comprimento, e quase 1m de largura.

Pendurados ao sol para deixar escorrer seu precioso óleo, rico em vitaminas, são necessárias cerca de duas semanas para se extrair todo o óleo. No entanto, caso se empregue o cozimento, o tempo é muito abreviado. Alguns pescadores preferem fazer isto em um lugar isolado, devido ao mau cheiro. Em média, os fígados de tubarão deste tamanho produzem de 28 a 38 litros de óleo.

A pele de tubarão é coberta de sulcos microscópicos paralelos que percorrem o corpo do tubarão. Tais sulcos, chamados de "dentes", reduzem o arrasto do tubarão quando ele nada, assim poupando-lhe energia. Testes iniciais, utilizando "dentes" projetados por computador num veículo experimental, indicaram uma possível redução do arrasto em até 3%. A aplicação similar a uma aeronave poderia resultar em considerável economia numa indústria em que um aumento de eficiência de 0,5% é vital. A empresa British Maritime Technology tenta achar formas de aplicar tal descoberta a hélices, lâminas de turbinas, submarinos e aeronaves. Fonte: Daily Telegraph, Grã-Bretanha.

Quanto a seus hábitos, é interessante imaginar uma criatura que passa a vida toda nadando, e que para dormir simplesmente reduz o metabolismo e continua nadando, tem um senso de navegação super desenvolvido, sabendo-se que não enxergam muito bem, em contrapartida, são extremamente sensíveis a vibrações, principalmente algumas espécies menores com o tubarão azul.

Interessante é que o tubarão e o cação são biologicamente a mesma coisa. A única diferença está em que come. Se é o homem quem come, a sua presa é um cação, se é ele que come o homem é considerado um tubarão.