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:: São Paulo/SP -> Fronteira/MG - 550 KM ::



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:: 2o. dia - Segunda-Feira 16/12/2002
:: De Sumaré/SP até Matão/SP - Distância 190 Km
:: Tempo Gasto 8:30 horas - Velocidade Média 22,3 Km horários.

As 5:40 da manhã quando o relógio despertou, o forte barulho da chuva tirou um pouco o brilho dos nossos planos. Percebíamos que pedalar sob muita chuva era apenas uma questão de tempo. Voltamos a dormir mais um pouco até as 8:00 horas quando arrumamos nossas coisas e definitivamente saímos. Pedalamos até uma padaria próxima dali onde tomamos um reforçado café da manhã. Após nos alimentarmos, a chuva aumentou bastante, vestimos a capa de chuva e iniciamos nossa maratona. De volta a Bandeirantes, pedalamos por aproximadamente 2 horas sob fortes chuvas ininterruptas. Houve também bastante dificuldade em vencer os ventos laterais desde a cidade de Americana até a região de Limeira. Perto das 11:30 horas paramos para nos hidratarmos em uma simples e pequena lanchonete que vendia suco de laranja à vontade pela bagatela de R$ 1 real!!! Além do suco aproveitamos o momento oportuno e comemos algumas esfihas.

Poucos quilômetros à frente acessamos a rodovia Washington Luís onde seguiríamos por ela até São José do Rio Preto. Em todo o seu percurso o asfalto é de ótima qualidade, acostamento conservado em perfeito estado e boas sinalizações. Fora à estrada, o visual é de um verde abundante, muito plantio de frutas como laranja e limão, além de imensas áreas de pastos demarcadas por extensos cercados. Com esse cenário o passeio se tornava cada vez mais satisfatório e ajudava na disposição de vencer os quilômetros pela frente...

De Cordeirópolis até Santa Gertrudes o relevo se mantêm em planície, entretanto, após a cidade de Rio Claro as subidas ficam mais freqüentes. Essas condições se mantiveram até a região de São Carlos, onde paramos para almoçar no posto e restaurante GRAAL. Já se passavam das 14:00 horas e tínhamos que repor as energias para continuar nossa jornada. Sem a presença de chuvas a temperatura se elevou consideravelmente e já nos sentíamos um pouco mais cansados. Fizemos uma ótima refeição comendo saladas, carboidratos e proteínas. E enquanto o organismo aceitava água nossa obrigação era beber, beber e beber... Seguir uma boa alimentação e manter-se hidratado é condição básica para preservar a saúde e garantir que passeios desse tipo que envolvem muita atividade física terminem com êxito e sem nenhum prejuízo ao organismo.

Voltamos a pedalar perto das 15:30 horas, o sol permanecia quente e a estrada continuava como um “tobogã”, descidas e subidas sucessivas. Mais adiante avistamos a UFSCAR Universidade Federal de São Carlos, seu portão principal fica na beira da rodovia numa região bem arborizada.

Depois de muitas pedaladas chegamos na entrada para a cidade de Araraquara. Assim como Campinas, São Carlos e outras, Araraquara é uma cidade que abriga boas Universidades. Muitos jovens ambiciosos depois de formados por estas escolas de renome, migram para a cidade de São Paulo em busca de sucesso em grandes empresas. Essa é uma situação que se repete todos os anos no mercado de trabalho Paulista, onde atualmente a concorrência é algo fora do comum. Muitos candidatos para poucas vagas sendo cada vez mais altas as exigências! Mais isto é outra história...

Como estávamos pedalando sob elevada temperatura eu começava a acreditar que ter optado pelo bagageiro não tinha sido a melhor escolha. Por volta das 19:30 horas o sol estava se pondo e o anoitecer se aproximando. Ainda faltavam trinta quilômetros para nossa chegada na cidade de Matão. Cidade esta onde iríamos pousar até a manhã do dia seguinte. Queríamos ir além, mas o relevo deste trecho da estrada não permitia que andássemos com maior velocidade. As subidas são consecutivas e parece que nunca terminam!!

Quando efetivamente anoiteceu, acendemos os faróis e lanternas e passamos a pedalar admirando um forte brilhar de lua cheia. Enquanto pedalávamos, uma refrescante brisa batia em nossos rostos aliviando um pouco todo o calor que sentimos durante o decorrer daquele dia quente. É sempre um grande desafio pedalar na estrada à noite.

Para chegarmos em Matão tivemos que entrar a direita e acessar a SP326 Rodovia Brigadeiro Faria Lima, que liga a Washington Luís às cidades de Jaboticabal, Bebedouro e a muito conhecida Barretos, famosa por promover agitadíssimos rodeios todos os anos com sua tradicional festa de Peão de Boiadeiros. Com isso, tivemos que desviar da nossa rota 8 quilômetros até Matão, distância esta insignificante quando se está de carro, ônibus ou moto, mas bem diferente quando o assunto é bicicleta. Dependemos de nossas próprias forças para alcançar determinado destino.

Inicialmente encaramos uma longa subida e logo após, trechos planos e algumas descidas. Pensamos em saborear o jantar antes de iniciarmos a procura pela hospedagem da noite. Desta forma, já bem próximos de Matão encontramos um restaurante que ainda servia comida de boa aparência com muitas saladas. Decidimos então "forrar" os estômagos sem qualquer frescura.

Após o jantar encontramos uma boa pousada onde Paulo responsável pelo período da noite deixou que guardássemos nossas bicicletas bem próximas do quarto onde ficamos.

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