|
|
|
|
|
|
A juventude dos anos 90
Trouxe o livro "Noites Tropicais" do Nelson Motta da minha ultima visita ao Brasil. Li e gostei muito. Como livro de memorias, e muito melhor escrito e menos auto-centrico que o "Minhas Mulheres e Meus Homens" do Mario Prata (que foi o livro que trouxe na vez anterior).
Nunca fui muito com a cara do Nelson Motta (preferia a Paula Saldanha no Globinho aos comentarios dele no Jornal Hoje), mas ele escreve relativamente bem e, mesmo dando um desconto nas estorias, ele fala de muita coisa interessante da historia da musica brasileira desde os anos 60 ate hoje. Tem muita coisa que eu nao sabia a respeito do sucesso internacional dos interpretes da bossa nova, coisas que eu nao sabia a respeito de Caetano e Gil e Chico e outros velhos da MPB.
Recomendo mesmo.
E engracado como eu ja era
nascido na decada de 60-70, mas nao vivi e nao me lembro da coisa da bossa
nova, os festivais, o tropicalismo, a repressao politica, etc.
Logico que tem muito saudosismo
quando se conta de tempos passados, mas eu nao consigo pensar em muitas
estorias interessantes pra contar da minha juventude na decada de 80...
Teve o "diretas-ja" (que era mais uma comemoracao do retorno da democracia que propriamente o povo exigindo a dita cuja) e os planos economicos. No cenario internacional teve o fim da guerra fria, mas nada que desperte o romance e a saudade das estorias dos 60 e 70s.
O mesmo para a musica... ficamos ouvindo os velhos Chicos e Caetanos ou os poucos grupos de rock nacional mencionaveis.
Ou fomos uma juventude insipida numa epoca insipida ou somos pessimos contadores de estorias ou, talvez, daqui a 20 anos a gente consiga romantizar a Marina Lima e o Legiao Urbana e contar as estorias das Diretas Ja com o mesmo saudosismo.
Beijo na mulerada.
|
|
|
|
|
|