Nome vulgar: Peixe mosquito ou gambúsia
Nome cientifico:
Gambusia affinis
Origem: Continente americano. Introduzido em
Portugal e quase todo o Mundo para tentar diminuir as populações de mosquitos
que transmitiam doenças como a malária, pois pensou-se que poderia alimentar-se
das larvas de mosquito.
A sua introdução foi em parte bem sucedida, mas como esta espécie
embora seja pequena, é uma espécie muito voraz que se alimenta de muitos
organismos aquáticos, tornou-se um predador dos alevins e ovos de outros
peixes. Esta espécie é muito comum principalmente em lagos, charcos, albufeiras
e barragens, mas também aparece em rios nas zonas de menor corrente. Em
Portugal aparece em quase todo o País, mas principalmente na região Sul e
Centro.
Características: São pequenos peixes que medem 4-5 cm as fêmeas e 2 cm os machos.
Vantagens:
Foram introduzidos na Europa, primeiro com finalidades ornamentais e, depois,
na luta contra as larvas dos mosquitos (das quais se alimentam, e são ferozes
predadoras).
Desvantagens:
No entanto, como também destrói larvas de outras espécies (e mesmo as suas
próprias crias), a sua introdução trouxe prejuízos importantes para as outras
espécies piscícolas, e graves estragos que podem atingir as proporções de uma
verdadeira praga. Assim, procura-se exterminar esta espécie mediante a
introdução de outro peixe: o achigã, o que trouxe novas perturbações ao
equilíbrio biológico.
Nesta espécie distingue-se bem o macho da fêmea, a fêmea é maior e possui o ventre mais arredondado, enquanto que o macho é de menores dimensões e possui um corpo mais estreito e consegue ver-se o órgão copulador ou gonopodium.
Tal como as espécies tropicais pertencentes à sua família (Poecilidae), este peixe também pode ser mantido em aquário sem nenhum problema, reproduzindo-se facilmente, mas é mais agressivo e voraz que os peixes da sua família, os guppies, tão conhecidos nos aquários de todo o mundo.
Tal como estes últimos, também as gambúsias, têm um modo muito incomum de reprodução nos peixes, ou seja, são ovovivíparos, as suas crias nascem completamente formadas, mas são muito pequenas e indefesas, podendo ser comidas pelos próprios progenitores.