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Livro resgata a trajetória de personagens dos
anos 30, 40 e 50, época de ouro do cinema nacional
Eliane, protagonista perfeita em
Caiçaras (1950), de Adolfo Celi, mora hoje em Alfenas, no Sul de Minas, e diz ter gostado
muito de Central do Brasil. Fada Santoro, a estrela, ao lado de Oscarito e Grande Otelo,
de Barnabé, tu és meu (1952), de José Carlos Burle, e Nem Sansão, nem Dalila (1954),
de Carlos Manga, vive no Rio, tem três filhos e nunca mais sequer foi ao cinema.
"Apresentei até uma segunda-feira o Noite de gala. Na quinta-feira, casei",
conta Fada. O programa de auditório da TV Rio, transmitido ao vivo dos estúdios da
emissora em Copacabana, nunca mais foi o mesmo depois da sua saída. Fada largou a
carreira para casar. Seu último filme foi O capanga (1957), de Alberto Severi. Eliane
também teve três filhos. Mas saiu do cinema por força do fechamento da Vera Cruz. Já
era casada na época com Tom Payne, diretor de Ângela (1951) e Sinhá Moça (1953), dois
dos quatro filmes da atriz. "A empresa quebrou, fiquei sem emprego e nunca mais
voltei", conta. Seu último trabalho foi Ravina (1957), de Rubem Biáfora.
Nem todas essas histórias estão no livro que presta homenagem a diretores, atores e
técnicos da fase mais próspera do cinema brasileiro, mas a trajetória básica de cada
um dos retratados pode dar a visão do glamour que caracterizou o período. "Foi
nessa época que houve a maior integração com o público, as maiores bilheterias",
afirma Eduardo Giffoni Flórido, contratado para escrever os textos do livro, que tem
versão em inglês. O plano inicial era que As grandes personagens da história do cinema
brasileiro tivesse 128 páginas. Chegou a 184.
A fase de ouro foi escolhida para inaugurar a série que pretende dar conta de toda
história do cinema no Brasil. Os outros dois volumes, ainda a ser escritos, vão abranger
as fases de 1897 a 1930 e de 1960 até os anos 90. "A idéia é lançarmos um por
ano", prevê a editora Sylvia Fraiha, responsável pela série.
A publicação de luxo, que destaca algumas fotos inéditas dos grandes astros da época,
vem se somar a uma parca bibliografia sobre o cinema brasileiro. No prefácio, o professor
de cinema João Luiz Vieira lembra a escassez de títulos, apontando algumas fontes a mais
de pesquisa disponíveis, como o Dicionário de cineastas brasileiros, de Luiz Felipe
Miranda, o Quase catálogo 3, que lista as estrelas do cinema mudo de 1908 a 1930, e a
Enciclopédia do cinema brasileiro, de Fernão Ramos e Luiz Felipe de Miranda.
Fonte: Jornal do Brasil- Rio de Janeiro ( 29-10-99)
Copyright (c) 1995,
1999, Jornal do Brasil
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