Areias do Tempo
Nada se move.
O lago não murmura como
sempre, Um caminho verde E o homem vai andando em seu
caminho Nada se cria.
Dos deuses Assim espero por outra noite Dos deuses nascerá as flores Nada se resolve.
O mar não se agita apesar da brisa,
O rio não corre apesar do declive,
A criança não mais sorri
Apesar do tempo que a faz inocente.
Corre ao longo do bosque
Num sem fim suave e semeador,
Onde caminha um homem
Que sua vida
Traz coisas ocultas,
Fechada pelas sombras da derrota.
Levando uma vida digna de sua lamentação.
Nascerá o amanhã,
De nossos instintos
As areias do tempo viajarão
Pelo mundo a procura do perfeito.
Que germina dentro de nós
Uma pequena luz
Que vai se apagando
Para dar lugar ao amor
Que se cria enquanto
Choramos o eterno adeus.
Que vivificam os campos e bosques
Transmitindo aos olhares
O amor pela existência.
Apenas se transforma.