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ATUALIDADES

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A CÚPULA DO ISOLAMENTO

O presidente Bush recebeu uma cartada ruim dos outros. Bagdá se recusou a cooperar ativamente, de modo a permitr que as inspeções tivessem uma conclusão rápida e bem sucedida. A França criou problemas imensos pela relutância em apoiar inspeções com prazos mais apertados e uma ameaça possível de força.

Porém, a administração Bush, errática e muitas com uma absurda diplomacia fez com que as coisas piorassem terrivelmente. Várias vezes trocando seus objetivos, do desarmamento à uma mudança de regime para a transformação mais ampla do Oriente Médio, e os argumentos das armas da al-Qaeda aos direitos humanos, a Casa Branca fez com que muitos países ficassem mais preocupados com os motivos da América do que com as armas do Iraque propriamente. A reviravolta pública de aliados como Turquia e México reverteu como os repetidos ataques a Hans Blix, um dos dois inspetores chefe da ONU.

Só nesta semana que passou, o secretário de Defesa Donald Rumsfeld, na verdade, deixou implícito que Washington não necessitava da ajuda militar inglesa,e os diplomatas da administração evitaram um apoio a uma proposta de compromisso britânico e o secretário de estado, Colin Powell, mais adiante subestimou os esforços de Londres para conquistar os membros indecisos do Conselho de Segurança, sugerindo que Washington poderia  retirar a resolução pendente sem um voto.

Mesmo agora, a diplomacia poderia ser ressuscitada se a administração fizesse um esforço para buscar um amplo consenso em torno do conceito britânico de desarmamento específico, e prazos realizáveis. Este esforço exigiria muito mais uma enorme vontade americana para negociar prazos realistas e mecanismos verossímeis para avaliar o cumprimento irquiano do que se viu até agora.

No entanto, a administração Bush agora dá toda a impressão de seguir os movimentos diplomáticos como um favor a Blair, sem realmente acreditar neles. Ao permitir que esta percepção cresça, Bush se acha a ponto de embarcar no caminho incerto de uma guerra e da construção de uma nação em um dos lugares mais perigosos do mundo e uma das regiões mais complexas, com uma aliança muito estreita para ser confortável.

Editorial do The New York Times

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